quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

"RETALHOS D'ALMA & ESTOU EM CHAMAS por GÉSNER LAS CASAS = RELATOS DE UMA VIDA POR INTEIRO -

QUEM É GÉSNER LAS CASAS BRITO: FILHO DO SEBASTIÃO LAS CASAS de BRITO & DA DONA ARACY BELIZÁRIO LAS CASAS. NASCIDO EM MARÍLIA, INTERIOR de SÃO PAULO, ESTUDOU E SEMPRE TRABALHOU PARA SER ÚTIL AOS SEUS SEMELHANTES. ESCREVEU OS RELATOS VIVIDOS NESTA VIDA QUE NUNCA FOI TÃO FÁCIL COMO PODE PARECER. MAS AFIRMA QUE SEMPRE FOI DELICIOSAMENTE INTENSA E CHEIA DE DORES, LUTAS ININTERRUPTAS E REPLETAS DE OBJETIVOS IDEALISTAS E AMORES MARAVILHOSOS QUE MARCARAM SUA ALMA EMPEDERNIDA PELO MENOSPREZO DE SEUS FAMILIARES MAIS QUERIDOS. POR ESSA ATITUDE DE FALTA DE CONSIDERAÇÃO “ELE” (GÉSNER LAS CASAS) ENTENDE QUE É COMO SE O CULPASSEM  POR TER FICADO COM UMA LIMITAÇÃO QUE O FRAGILIZA DIANTE DOS OLHARES DE PESSOAS INCULTAS E DESPROVIDAS DE SOLIDARIEDADE E AMOR FRATERNO. ISTO FEZ SEU CORAÇÃO SER DE MATÉRIA FLEXIVEL CAPAZ DE PULSAR VIDA E HUMANIDADE AO SEU REDOR. O QUE MAIS SINTIU FOI SAUDADE DAQUELES QUE AMOU COM FERVOR, AMA COM SAUDADE E TRISTEZA POR NÃO VÊ-LOS E FINALMENTE POR SABER QUE MORRERÁ SÓ, E QUE SERÁ LEMBRADO COM SAUDADE DOLOROSA E REPLETA DE REMORSO PELOS INGRATOS, QUE HORA NÃO O SABEM AVALIAR. UM DIA "ELES" VISITARÃO SUA "CAMPA" E DIRÃO COMO QUE SE “ELE” (GÉSNER LAS CASAS) PUDESSE OUVÍ-LOS, QUE FOI BOM, APESAR DE SE ENVERGONHAREM DE SUA CLAUDICÂNCIA. O QUE SENTE É APENAS MÁGOA E TRISTEZA POR UM DIA TER SIDO CHAMADO DE ALEIJADO POR TER UMA LIMITAÇÃO QUE DIFICULTA SEUS MOVIMENTOS E LHE CAUSA GRANDE DOR ININTERRUPTA. MARCADO PELA SUBNUTRIÇÃO, MAUS TRATOS, O GRANDE ESFORÇO PARA DEIXAR O LEITO E TRABALHAR EM PRÓL DO CONFORTO DA FAMÍLIA QUE GÉSNER LAS CASAS AINDA AMA, APESAR DE TUDO. DEU-LHES CASA E COMIDA E O MAIS IMPORTANTE, LHES DEU A OPORTUNIDADE DE ESTUDAREM E ASSIM CADA UM SER MELHOR DO ELE MESMO FOI. AUSENTE? NÃO, DIZ QUE APENAS TREABALHOU DIUTURNAMENTE PARA SUSTENTAR SUAS NECESSIDADES, COMO: SEGURANÇA; ESTUDOS; ALIMENTAÇÃO; DIVERSÕES; E ESPERAVA SER AMADO À DISTÂNCIA QUE O TRABALHO LHE IMPUNHA. O QUE NUNCA TEVE FOI UMA DEFENSORA DETERMINADA QUE AMANDO- O, DEFENDESSE E DIVULGASSE SEU EMPENHO TOTAL À FAMÍLIA QUE CONTINUOU AMANDO APESAR DE ESQUECIDO E COMPLETAMENTE ABANDONADO. NO SENTIDO INVERSO FOI ESPEZINHADO E HUMILHADO, ALÉM DE ACUSADO DE INVERDADES QUE JAMAIS PRATICOU. ELE CONTA SUA HISTÓRIA NO LIVRO RETALHOS D'ALMA, PARA QUE ALGUNS ENSAIOS POSSAM SER ACESSADOS NOS SEUS BLOGS, E ASSIM ALGUNS DESCONTENTES COM SUAS ACERTIVAS TENTEM IMPEDIR QUE AS PUBLIQUE, TORNA PÚBLICOS ESTES TRECHOS.
"http://lascasasgesner.blogspot.com & http://cafehistoria.ning.com/retalhos_dalma_estou_em_chamas

 

 RETALHOS D'ALMA (1º) & ESTOU EM CHAMAS do Original de Gesner Las Casas Brito

 

 
HOJE, UM DIA DEPOIS DO DIA DO AMIGO, QUANDO FUI ESTIMULADO PELA IDÉIA DE QUE AS PESSOAS SÃO BOAS. QUE ESTE MUNDO É MARAVILHOSO, FUI ATRAIÇOADO COVARDEMENTE POR PESSOAS À QUEM EU DARIA A PRÓPRIA VIDA PARA SALVÁ-LAS DE UM PERIGO QUALQUER. ESTOU MUITO TRISTE, AO PONTO DE PODER CHORAR. SÓ QUE NÃO CONSIGO. QUE MERDA!                                                                            AQUI APENAS UM ENSAIO DE MINHAS RECORDAÇÕES MAIS SENTIDAS. NAS DEMAIS ANOTAÇÕES AS DEMONSTRAÇÕES DOS RELATOS DE UMA VIDA COMPLETA DO LIVRO: RETALHOS D'ALMA,... Sem fim,...
Não queira me entender. Se o fizer enlouquecerá no desvario de suas próprias recordações,... 
                                                       
@X@X@X@X@(MEU ESPÍRITO LIBERTÁRIO)
São Paulo, 14 de dezembro de 2.008, domingo=século XXI, neste dia, talvez pouco importe a Você, mas foi agora que iniciei passar a limpo ou digitar em meu computador as anotações que venho fazendo em cadernos de capa dura desde que entendi que o que restará de uma pessoa, serão apenas suas memórias e seus pensamentos que sejam anotados em linguagem compreensível a todas as demais pessoas. Tudo que aqui relato é a mais pura verdade de uma Vida, vivida com intensidade, se constituindo no extrato de uma existência imutável. Talvez não possa e não consiga me expressar com clareza e me fazer entender por completo, mas tentarei. Eu que senti a angústia de viver cercado de incertezas, e medos pavorosos ensimesmados por lendas terríveis geradas pela ignorância de pessoas mentirosas e completamente analfabetas, sempre pretendi superar àquela fase estudando e procurando informações que venham de pessoas honestas e plenamente esclarecidas. Quando entendi que posso desfrutar do “Banquete da Vida oferecido por DEUS”, me tornei uma pessoa em busca da libertação pessoal, através do conhecimento. Impedido pelas adversidades, conseqüentes da perversidade e ignorância dos circunstantes, terminei por ser um atormentado. Você nem pode imaginar o verdadeiro sentido da palavra “SAUDADE" de um tempo de vida entre uma época muito feliz e os instantes tenebrosos tão marcantes que jamais poderei esquecer. Pode ser contraditório, mas foi uma vida que desfrutei em toda a sua plenitude, já que os bons poucos momentos eram saboreados como a água fresca vinda da bica, fluindo suavemente entre pedras em meio as Palmeiras num Oasis no centro ao deserto inóspito e repleto de feras bestiais, além de Víboras peçonhentas e traiçoeiras que palmilharam minha existência. Os bons poucos momentos foram tão marcantes que fizeram valer a pena passar pelas agruras da vida até poder superar os traumas, os medos e alcançar entendimento e cultura que me possibilitam perdoar nosso algoz que é, sem dúvida, a ignorância e a doença causada pelo uso descontrolado do álcool. As boas recordações me atormentam por saber que jamais voltarei a viver àqueles momentos magníficos que se foram e se tornaram especiais para mim, aos quais sobrevivi. Especiais e únicos para mim que vivi naquela época intensamente cada instante de um tempo que jamais se repetirá. O dia de Sol e calor intenso era superado com enormes dificuldades. A fome, a perversa fome, às vezes controlada com pitadas de sal de cozinha e um pouco de açúcar, com um copo d’água fresca, começou a ser interrompida com os pequenos golpes contra os galinheiros, pomares e hortas das proximidades, uma vez que nossos próprios Pais não tinham imaginação suficientemente desenvolvida para encontrar uma saída para escaparem da miséria absoluta em que nos encontrávamos. E por outro lado, os parentes abastados e plenos em cultura geral, desconheciam qualquer princípio de solidariedade, nos negando qualquer tipo de ajuda. O desprezo era evidente e cruel, nos fazendo nos sentirmos envergonhados em nos aproximarmos deles. E com o tempo, a busca pela pesca e caça nas matas de Dois Córregos, se repetia diariamente onde com certeza fomos submetidos a extremos de tortura e crueldade, sem nos contagiarmos com estas perversidades humanas de nossos próprios parentes que desaprovavam o casamento do Tango e da Aracy. A grande responsável pela minha busca da libertação da ignorância que nos envolvia, foi a minha doce culta Mãezinha, a dona Aracy, que sem falhar um dia sequer reunia os filhos e lhes falava da vida prática, das teorias filosóficas, das religiões e dos dogmas que eram tabus para nos escravizarem e dos meios usados pelos bárbaros das políticas vergonhosas e escravagistas. Percebendo meus medos e a angústia que antecediam os momentos terríveis de espancamentos absurdos, minha Mãe me revelou com sobriedade que não deveríamos nos apavorar, uma vez que a maldade dos outros sobre nós, não pode ultrapassar a nossa própria morte que ocorrerá uma única vez. Ninguém pode mais do que lhe é permitido pelos nossos merecimentos, e do que poderemos suportar. E nos disse várias vezes, alguém perverso só nos poderá matar uma única vez, e não mais que isso. A tortura e o sofrimento só podem nos atingir até o instante e que suportarmos seus efeitos, que podem ser alucinantes, mas, que deixarão de nos atormentar quando formos arrebatados e nossa essência for arremessada aos confins do Universo. Entendendo àqueles ensinamentos, e ainda hoje chego a ter vergonha de pessoas ambiciosas e desprovidas de qualquer sentido que lhes faça controlar as próprias ações. Se estas pessoas, nossos próprios Familiares consangüíneos tivessem apoiado e ajudado os meus Pais, o Alfaiate Sebastião Las Casas Brito (o Tango), não teria se embrenhado pelo vício que o fez perder a noção sobre sua própria razão. O que desejo dizer é que me envergonho por “ELAS”, pessoas do meu sangue, diante das quais que podem em qualquer tempo testemunhar e entender suas canalhices. Desejo destacar que não omitirei fato algum que me venha à lembrança, pois guardo como troféus, de uma guerra pela vida, as marcas profundo em meu caráter, às vezes angustiado, perturbado e confuso. Em meio ao deserto inóspito e selvagem de uma vida adversa, perversa e cruenta, às vezes um Oasis se podia vislumbrar em raras ocasiões. Uma única vez, numa segunda-feira de mil novecentos e quarenta e cinco meu Pai, depois de muitas promessas trouxe uns dois ou três quilos de bisteca de Vaca, com alguns outros adereços para um bom churrasco. Depois de deixar tudo marinado num molho especial “vinha- d’alho” com vinagre Castello, alho roxo, cebola, orégano, tomates cereja, noz-moscada ralada, salsa, cebolinha, três folhas verdes de loro, e uma boa pitada de colorau, a carne foi espetada em varetas de bambu, especialmente preparadas.  As chamas foram aguçadas no nosso fogão a lenha, e com espetinhos de Bambu, distribuiu as Chuletas entre nós, os seus filhos e minha Mãe. Fomos para a beira do “Borralho” e conversamos sobre um provável futuro feliz. Comemos as carnes assadas, e esperamos outras sendo preparadas, bebemos limonadas e outros sucos de frutas da Fazenda de meu Avô. Numa outra oportunidade três anos depois, que me pareceram séculos, meu Pai preparou uma “Rabada de Vaca com Grão de Bico”. Parecia que um batalhão inteiro de oitenta homens famintos iria comer da panela de ferro de cerca de dez litros. Junto com o arroz, farinha de Milho amarela, em cinco pessoas normais comemos tudo em pratos rasos, nas duas refeições no mesmo domingo e na hora do almoço. As recordações conturbadas me reportam ao "marmeleiro" da casa da tia Guiomar, irmã de minha Mãe e casada com o tio Feliciano. Esse nosso tio Feliciano, entendia de armazenamento siliar e beneficiamento de cereais, e acabou sendo encarregado de um laticínio e pasteurização de leite, de onde éramos agraciados com produtos nunca antes sonhados por nossa Família. Mesmo se dizendo “Ateu” o tio FELICIANO era uma pessoa diferente das demais. Isto é, era solidário e muito bom, por ser desprendido dos bens materiais que poderiam alimentar e melhorar a vida de outras pessoas. Principalmente crianças. O Pai da Mirlei de Lourdes e da MARI ajudava as outras pessoas e praticava solidariedade, indiferente a quem fosse ser beneficiado com suas atitudes de ajuda humanitária. Ainda havia as nossas idas ao canavial da Chácara e ao Pomar da casa de meu Avô Doutor José Belizário Filho, onde inúmeras vezes matamos a fome cruenta que fazia doer o estômago e latejar as têmporas. Meu Avô determinara o plantio de bananeiras entre dois grupos de tipos de Café, separando os Cafezais por um espaço de cerca de duzentos metros aproximadamente, até alguns quilômetros de comprimento. O feijão Roxinho e o Carioquinha eram plantados entre as leiras de Café, bem como o milho, tanto o comum para fazer Fubá e farinha; para  as galinhas e o gado Bovino e Suíno, assim como o de Pipoca. Como a produção de milho era sempre superior ao esperado, o Doutor Belizário vendia o excedente para o seu Mazieiro, um Homem bom com um forte sotaque Italiano, que era o dono do Monjolo, onde se fazia o fubá de milho. As Bananas podiam apodrecer nos pés, a Laranja e as Mangas, bem como outras frutas saborosas, eram proibidas para nós sem autorização expressa dos mais velhos. E muita coisa se perdia, pois além de não termos coragem de pedir, minha Mão nos proibia de praticarmos o que considerava uma humilhação. De outra parte, ninguém nos oferecia coisa alguma, portanto só me restando me apropriar das dádivas de DEUS. A minha Avozinha dona Francisca Camargo Belizário, tinha de nos favorecer com alimentos apenas quando o meu Avô doutor Belizário se ausentava de casa para suas reuniões Políticas e da Maçonaria, ou nas reuniões da Irmandade de São Benedito. Isto por que Ele não permitia favorecer o Genro detestado, que era meu Pai o Bêbado do Tanguinho, como Ele denominava seu próprio genro. A “Vó Francisca”, quando em raríssimas ocasiões, vinha nos visitar sozinha e trazia uma cesta enorme de bambu trançado cheia de carne de sol, lingüiça, queijos e manteigas. Além disso, nos trazia duas armações de marmitas com muito arroz e feijão, macarrão, carnes de frango, de vaca e peixes, que eram comprados numa pensão no caminho entre a Casa Grande da Cidade de Dois Córregos e o Sítio onde morávamos. Minha Avó Francisca e minha Mãe Aracy, nunca falavam dessas coisas diante de nós crianças, mas a gente ouvia as duas conversarem baixinho e por meio de metáforas. A gente entendia tudo e a minha Mãe tinha de nos orientar para saber o que dizer se meu Avô viesse, a saber, da ajuda que fora nos oferecida às escondidas. No Rio da Cachoeira e do Monjolo, onde bem a baixo se formara um grande lago de águas límpidas e na sua entrada tombara uma Árvore, cuja casca se assemelhava as costas de um Jacaré, Eu e meus Irmãos tomávamos banho nas tardes quentes e ensolaradas de Dois Córregos. Além de caçar, apanhar frutas no pé, ovos e galinhas (furtar) no Sítio dos meus Avós e de alguns vizinhos, também nós aprendemos rudimentarmente pelo improviso a pescar Camarões, Cascudos, Traíras, Bagres, Lambaris e a caçar nas matas próximas.  Mas tínhamos de agir rapidamente e sorrateiramente, uma vez que qualquer fruta, legume, ovos e aves que apanhássemos deveriam ser escolhidos por alguém adulto que sempre se arvorava em dono da “coisa” ou do direito de escolher o que, e que quantidade poderíamos utilizar. Eu entendendo que algumas pessoas são mesmo assim. São hipócritas, perversas, prepotentes e despóticas ao ponto de se julgarem com autoridade para se permitirem determinar quem pode sobreviver neste mundo. Ainda hoje sinto os efeitos da indiferença de parentes próximos, amigos íntimos e dos apenas conhecidos, que convenientemente se mantiveram afastados naquelas horas amargas e tão difíceis. Foram momentos desesperadores, com grande sofrimento moral, sentimental e material. Acredito que de todas as torturas, a mental é avassaladora e inesquecível, perdurando para sempre em nossas lembranças perenes. No entanto, não é fácil tentar perdoar todos os que nos magoaram de uma forma ou outra. Mesmo assim, alguns de nós somos bafejados com as bênçãos de DEUS, e acabamos sendo Espíritos, com memória excelente e nos recordamos das inúmeras benfeitorias entre  as suas grandes maldades. O destino une e separa as pessoas, mas nenhuma força é tão grande para nos fazer esquecer pessoas que, por algum motivo, um dia nos fizeram felizes ou nos socorreram nas horas de angústias e fome cruel! Hoje, passo por um processo semelhante que me causa grande dor e sofrimento pela ausência de meus entes queridos mais próximos, que parecem ignorar a passagem inexorável do tempo que quer nos punir por nossas sandices e irreverências, ignoradas por nós mesmos. Quando as horas soturnas se aproximam, ou quando os fantasmas do passado dominam meu espaço noturno, mesmo à luz da Lua, a nostalgia invade minha consciência, invadindo meu subconsciente que domina todo o meu corpo e as marcas que dilaceraram minhas carnes parecem doer e arder como na hora em que foram chicoteadas injustamente. A dor maior invade lentamente minhas lembranças consumindo minhas entranhas, causando a sensação horrorosa de abandono eterno. Não fosse a minha Fé e DEUS, Eu me perderia na imensa solidão das noites indormidas, onde se pode ouvir o próprio coração e a pulsação do sangue quente fluindo rapidamente pelas minhas veias dilatadas além do normal. O suor salgado e frio escorria pelas minhas têmporas e testa banhando o pescoço e o tórax, deixando finalmente a velha camisa branca encharcada. A maior tortura desta vida é a mental, depois da financeira. A solidão me traz as recordações de uma vida absurda e tenebrosa, fazendo as batidas de meu próprio coração parecerem passos assustadores que podem nos conduzir ao sofrimento mental extremo, pela expectativa angustiante de um sofrimento físico e mental. A expectativa da dor profunda é sempre pior que o espancamento injusto e cruel. Ingratos e insensíveis filhos e filhas que o meu desejo jovem com emoção controlada  educacionalmente, estimulada em meus sentimentos de amor e carinho para uma procriação apropriada no tempo adequado e envolvimento consensual das partes engajadas na ligação amorosa, e me ofereceu a satisfação de viver com responsabilidade de Pai. Hoje me abandonam sem me dar o direito de contemplar seus sorrisos ainda jovens. Nunca abandonei a qualquer um de vocês a fome horrível que enfrentei em minha infância cheia de espancamentos e de um terror inominável. Era um absurdo ter medo e pavor indescritíveis daquele que deveria nos defender com a própria vida, se necessário fosse. Nunca obriguei qualquer um de meus cinco filhos e cinco filhas a casarem contra sua vontade. Apenas os ensinei a assumirem responsabilidades por seus atos materiais e atitudes emocionais, qualquer uma que fosse. Com este ensinamento, Eu não os obrigo. Eles se obrigam! E desconheço as razões de tentarem controlar minha vida sentimental, e ao mesmo tempo fazem tudo ao seu alcance para explorarem os meus ganhos pessoais, exceção feita a quatro ou cinco deles que nunca me pediram nenhum valor que fosse emprestado. Porém, ainda assim se metem em minha vida como se tivessem o direito de controlar toda a minha vida,.......  
 Gésner Las Casas
Radialista, Escritor & Jornalista
Em 30 de julho de 2010 13:43, GESNER LAS CASAS BRITO