sexta-feira, 13 de novembro de 2009

RETALHOS D'ALMA ( PROJETO= 2º)

                                           RETALHOS D'ALMA
                                                                            ORIGINAL   de Gésner Las Casas Brito
 Nestas pedras, que foram tocadas pelos meus pés descalços, quando ainda criança Eu me senti liberto um dia em minha meninice inocente. A espuma branca formada pela água repleta de seiva vegetal, oxigênio e óleos naturais de animais aquáticos e anfíbios, nos oferecia alimento fresco pescado com peneiras e anzóis improvisados, tudo batido pela torrente, com esmero, desde a Cachoeira do monjolo.
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São Paulo, 14 de dezembro de 2.008, domingo=século XXI, neste dia, talvez pouco importe a Você, mas foi agora que iniciei passar a limpo ou digitar em meu computador as anotações que venho fazendo em cadernos de capa dura desde que entendi que o que restará de uma pessoa, serão apenas suas memórias e seus pensamentos que sejam anotados em linguagem compreensível a todas as demais pessoas. Tudo que aqui relato é a mais pura verdade de uma Vida, vivida com intensidade, se constituindo no extrato de uma existência imutável. Eu que senti a angústia de viver cercado de incertezas, e medos pavorosos ensimesmados por lendas terríveis geradas pela ignorância de pessoas mentirosas e completamente analfabetas, sempre pretendi superar àquela fase estudando e procurando informações que venham de pessoas honestas e plenamente esclarecidas. Você nem pode imaginar o verdadeiro sentido da palavra “SAUDADE" de um tempo de vida entre uma época muito feliz e os instantes tenebrosos tão marcantes que jamais poderei esquecer. Pode ser contraditório, mas foi uma vida que desfrutei em toda a sua plenitude, já que os bons poucos momentos eram saboreados como a água fresca vinda da bica, fluindo suavemente entre pedras em meio as Palmeiras num Oasis no centro ao deserto inóspito e repleto de feras bestiais, além de Víboras peçonhentas e traiçoeiras que palmilharam minha existência. Os bons poucos momentos foram tão marcantes que fizeram valer a pena passar pelas agruras da vida até poder superar os traumas, os medos e alcançar entendimento e cultura que me possibilitam perdoar nosso algoz que é, sem dúvida, a ignorância e a doença causada pelo uso descontrolado do álcool. As boas recordações me atormentam por saber que jamais voltarei a viver àqueles momentos magníficos que se foram e se tornaram especiais para mim, aos quais sobrevivi. Especiais e únicos para mim que vivi naquela época intensamente cada instante de um tempo que jamais se repetirá. O dia de Sol e calor intenso era superado com enormes dificuldades. A fome, a perversa fome, às vezes controlada com pitadas de sal de cozinha e um pouco de açúcar, com um copo d’água fresca, começou a ser interrompida com os pequenos golpes contra os galinheiros, pomares e hortas das proximidades, uma vez que nossos próprios Pais não tinham imaginação suficientemente desenvolvida para encontrar uma saída para escaparem da miséria absoluta em que nos encontrávamos. E por outro lado, os parentes abastados e plenos em cultura geral, desconheciam qualquer princípio de solidariedade, nos negando qualquer tipo de ajuda. O desprezo era evidente e cruel, nos fazendo sentirmos envergonhados em nos aproximarmos deles. E com o tempo, a busca pela pesca e caça nas matas de Dois Córregos, se repetia diariamente onde com certeza fomos submetidos a extremos de tortura e crueldade, sem nos contagiarmos com estas perversidades humanas de nossos próprios parentes que desaprovavam o casamento do Tango e da Aracy. A grande responsável pela minha busca da libertação da ignorância que nos envolvia foi a minha doce culta Mãezinha, a dona Aracy, que sem falhar um dia sequer reunia os filhos e lhas falava da vida prática, das teorias filosóficas, das religiões e dos dogmas que eram tabus para nos escravizarem e dos meios usados pelos bárbaros das políticas vergonhosas e escravagistas. Percebendo meus medos e a angústia que antecediam os momentos terríveis de espancamentos absurdos, minha Mãe me revelou com sobriedade que não deveríamos nos apavorar, uma vez que a maldade dos outros sobre nós, não pode ultrapassar a nossa própria morte que ocorrerá uma única vez. Ninguém pode mais do que lhe é permitido pelos nossos merecimentos, e do que poderemos suportar. E nos disse várias vezes, alguém perversos só nos poderá matar uma única vez, e não mais que isso. A tortura e o sofrimento só podem nos atingir até o instante e que suportarmos seus efeitos, que podem ser alucinantes, mas, que deixarão de nos atormentar quando formos arrebatados e nossa essência for arremessada aos confins do Universo. Entendendo àqueles ensinamentos, ainda hoje chego a ter vergonha de pessoas ambiciosas e desprovidas de qualquer sentido que lhes faça controlar as próprias ações. Se estas pessoas, nossos próprios Familiares tivessem apoiado e ajudado os meus Pais, o Alfaiate Sebastião Las Casas Brito o Tango, não teria se embrenhado pelo vício que o fez perder a noção sobre sua própria razão.O que desejo dizer é que me envergonho por “ELAS”, pessoas do meu sangue, diante das quais que podem em qualquer tempo testemunhar e entender suas canalhices. Desejo destacar que não omitirei fato algum que me venha à lembrança, pois guardo como troféus de uma guerra pela vida as marcas profundo em meu caráter, às vezes perturbado e conturbado. As recordações me reportam ao "marmeleiro" da casa da tia Guiomar, irmã de minha Mãe e casada com o tio Feliciano. Esse nosso tio Feliciano, entendia de armazenamento siliar e beneficiamento de cereais, e acabou sendo encarregado de um laticínio e pasteurização de leite, de onde éramos agraciados com produtos nunca antes sonhados por nossa Família. Mesmo se dizendo “Ateu” o tio FELICIANO era uma pessoa diferente das demais. O Pai da Mirlei de Lourdes e da MARI ajudava as outras pessoas e praticava solidariedade indiferente a quem fosse ser beneficiado com suas atitudes beneméritas. Ainda havia as nossas idas ao canavial da Chácara e ao Pomar da casa de meu Avô Doutor José Belizário Filho, onde inúmeras vezes matamos a fome cruenta que fazia doer o estômago e latejar as têmporas. Meu Avô determinara o plantio de bananeiras entre dois grupos de tipos de Café, separando os Cafezais por um espaço de cerca de duzentos metros aproximadamente, até alguns quilômetros de comprimento. O feijão Roxinho e o Carioquinha eram plantados entre as leiras de Café, bem como o milho, tanto o comum para as galinhas e o gado, assim como o de Pipoca. Como a produção de milho era sempre superior ao esperado, o Doutor Belizário vendia a produção para o seu Mazieiro, um Homem bom com um forte sotaque Italiano, que era o dono do Monjolo, onde se fazia o fubá de milho. A minha Avozinha dona Francisca Camargo Belizário, tinha de nos favorecer com alimentos apenas quando o meu Avô doutor Belizário se ausentava de casa para suas reuniões Políticas e da Maçonaria. Isto por que Ele não permitia favorecer o Genro detestado, que era meu Pai o Bêbado do Tanguinho. A Vó Francisca, quando em raríssimas ocasiões, vinha nos visitar sozinha trazia uma cesta enorme de bambu trançado cheia de carne de sol, lingüiça, queijos e manteigas. Além disso, nos trazia duas armações de marmitas com muito arroz e feijão, macarrão, carnes de frango, de vaca e peixes, que eram comprados numa pensão no caminho entre a Casa Grande da Cidade de Dois Córregos e o Sítio onde morávamos. Elas não falavam dessas coisas diante de nós crianças, mas a gente ouvia as duas conversarem baixinho e por meio de metáforas. A gente entendia tudo e a minha Mãe tinha de nos orientar para saber o que dizer se meu Avô viesse, a saber, da ajuda que fora nos oferecida às escondidas. No Rio da Cachoeira e do Monjolo, onde bem a baixo tombara uma Árvore, cuja casca se assemelhava as costas de um Jacaré, Eu e meus Irmãos tomávamos banho nas tardes quentes e ensolaradas de Dois Córregos. Além de caçar, apanhar frutas no pé, ovos e galinhas (furtar) na Chácara de meus Avós e de alguns vizinhos, também nós aprendemos rudimentarmente pelo improviso a pescar Camarões, Cascudos, Traíras, Bagres, Lambaris e a caçar nas matas próximas. Mas tínhamos de agir rapidamente e sorrateiramente, uma vez que qualquer fruta, legume, ovos e aves que apanhássemos deveriam ser escolhidos por alguém adulto que sempre se arvorava em dono da coisa ou do direito de escolher o que, e que quantidade poderíamos utilizar. Eu entendendo que algumas pessoas são mesmo assim. São hipócritas, perversas, prepotentes e despóticas ao ponto de se julgarem com autoridade para se permitirem determinar quem pode sobreviver neste mundo. No Paiol de guardar Milho, Café e outras colheitas, dormia um Gato Bravo que só comia o que era dado por minhas mãos. Só que o Angorá de calda muito peluda não admitia ser tocado. Até Eu, se o tocasse ouvia sua voz esganiçada saindo apertada entre dentes a mostra. Era um “ssssschiiiiiiiii” prolongado e assustador. O bicho era desconfiado e só deixava Eu me aproximar um tanto faltando um palmo para minha mão alcançá-lo. Às vezes o "Bichano de cores Bege escuro e chocolate" desaparecia na mata ou pelas terras vizinhas, ficava alongado no mato como diziam os caboclos, sem deixar rastro por uns dias, e as Lagartixas e Ratos do mato faziam a festa. O mais interessante, é que o Bichano Angorá não matava e nem comia os Pintinhos e os filhotinhos das outras Aves Domésticas. Porém, Ele adorava comer Baratas e Borboletas, além dos Ratos, Lagartos e Lagartixas. Quando Ele retornava, a festa da Bicharada acabava e apareciam bichinhos vivos correndo em nossa casa, ou muitos mortos espalhados pelo quintal. Se a gente não recolhia logo os despojos da Batalha Felina e enterrava os Roedores, Lagartixas e Pássaros abatidos pelo ANGORÁ, ao término da matança, Ele voltava e comia um por um, e depois dormia deitado lá no alto d’uma viga embaixo do telhado do Paiol, depois de se lamber todo. Os Terreiros de secar os grãos de Café do tipo Conilon & Bourbon lá das Terras de meu Avô Dr. José Belizário Filho, em Dois Córregos, eram de uma cor avermelhada e seu cheiro era "agridoce" me parecendo com o doce de Cidra com Côco ralado em calda de açúcar mascavo que minha Mãe fazia como ninguém, tanto é que as meninas que visitavam as Terras do Vovô Belizário, faziam brincadeira de casinha e os Bolos de Mentirinha eram de da terra vermelha dos terreiros de secar Café. Fora da época da colheita as árvores de redor ficavam enfolharadas. E o chão duro não oferecia vida nem para o Capim Pé de Galinha. Mas, tinham de ser varridos todos os dias, duas vezes. Uma pela manhã e outra no fim da tarde. Se uma Galinha pisasse ali virava canja, mesmo por que galinha que acostuma invadir um terreiro sempre volta e busca de pequenos Insetos e também das pedrinhas coloridas que só elas avistam na terra ou na areia. Em meio às Árvores frondosas observávamos a Fauna e a Flora abundantes, das quais passamos a desfrutar com a venda de exemplares para as donas de casa das redondezas. Às vezes a gente colhia umas poucas Cidras e depois de deixá-las numa salmoura leve, quando raladas, por uns três dias, a minha querida Mãe fazia doce de Cidra com Coco ralado. A Cidra é uma espécie de Laranja muito azeda que tratada com técnica adequada e carinho fica deliciosa. Jamais vendemos Animais silvestres, mas as aves de maior porte a gente passava pelas armas e antes de comê-las pelas panelas de ferro fundido. Porém, as plantas, como Samambaias, Gravatás, Pendões e Orquídeas, também chamadas de “Parasitas”, e sementes frutíferas ou de árvores frondosas sofriam com nossa ação. Na busca de pequenas mudas, brotos novos e sementes para comercializar com as vizinhas lá de casa, não causávamos qualquer tipo de dano. Recordo-me de seus pais, enquanto pessoas doces e alegres que nos ensinavam acreditar no amanhã sem deixar de nos preparar para o futuro que é hoje. Eu ainda possuo uma foto do casamento dos Meus queridos velhos, já "skanneada". A minha História começou a ser escrita naquele dia oito de outubro de 1.938, quando meus Pais se casaram no Civil e no Religioso. O Sebastião Las Casas Brito, e a Aracy Camargo Belizário enfrentaram a oposição declarada de alguns parentes de ambas as partes, com as explicações mais estapafúrdias para justificar aquela opinião unilateral. Eles ainda suportaram por longos anos a oposição velada de um grupo menor de parentes mais próximos que se opunham a união deles com perseguições e mentiras escabrosas. Esses parentes, notadamente algumas mulheres de ambos os lados, agiam sorrateiramente infernizando nossas vidas. Durante o transcorrer desta narrativa alguns nomes irão aparecer e poderei deixar insatisfeitas algumas pessoas ligadas a possíveis casos citados por mim. Por isso mesmo alguns nomes deverão ser omitidos, uma vez que os falecidos não poderão se defender e talvez Eu não possa provar uma verdade imutável que nos envolveu ocasionalmente um dia distante no passado. Mesmo com a total falta de apoio dos mais abastados e melhor preparados para a vida o Casal "Las Casas Brito", criou cinco filhos, permanecendo juntos, aos trancos e barrancos, até a morte do primeiro deles. A mais bela recordação de minha infância se reporta a um tempo em que ouvíamos as recomendações de meu Pai, que eram sempre confirmadas pelas falas mais prolongadas de minha Mãe. E como Ela falava. Às vezes se tornava repetitiva, entendendo que não havíamos capitado suas orientações, o que às vezes ocasionava por reclamármos de sua falação, embora que muito suave, meiga e revestida de grande ternura. Um dia um de meus Irmãos solicitou, quase aos berros, que Ela lhe desse uma surra, mas parasse de falar. Aquela bronca gerou uma risada só e lá vieram novas explicações sobre seus propósitos educacionais, uma vez que não poderíamos contar a vida toda com sua presença. Deveríamos nos preparar para enfrentar as ocasiões complicadas desta vida, aprendendo naquele instante como fazê-lo. Havia plena sintonia entre “Eles” enquanto o Tango estava sóbrio. E uma ou duas vezes por mês a cachaça o transformava gradualmente. Nos primeiros anos Ele chegava ébrio com olhos vermelhos e bastava nos ouvir para desabar em lamentações e lágrimas. Éramos crianças muito pequenas que assustadas corríamos para oferecer apoio ao nosso herói. Depois vieram as bebedeiras com ranger de dentes, vômitos seguidos de choradeira e pedidos de desculpas por sua fraqueza. Então antes de respondermos ele adormecia profundamente e roncava como um trovão ribombando em nosso quarto de dormir. A fase pior veio depois dos meus cinco anos de idade com acusações, interrogatórios e graves ameaças, que logo foram se tornando realidade. Como os torturadores da Polícia e do Exército fizeram com “Ele” que fora acusado de insubmissão, passou a praticar comigo. Fazia perguntas e quando Eu ia responder me mandava calar a boca me chamando de “beiçudo e um bastardo filho de negros”. Embora Eu tenha olhos azuis, e pele muito branca com tonalidade rósea, meu Pai me adjetivava para ofender a honra de minha Mãe, insinuando uma traição conjugal. Imediatamente Eu me calava e inesperadamente ouvia aquela voz forte em tom de ameaça determinando que Eu dissesse a verdade. Tão somente a verdade. Palavras que eram acompanhadas de ameaças de morte e exibição de uma ponte-aguda faca de cozinha. Oh Senhor meu DEUS,... Como era torturante e assustador aquele instante insólito e inacreditável, uma vez que temíamos àquele a quem deveria nos proteger se necessário com a própria vida. Eu tremia da cabeça aos pés, mas agüentava firme, caso contrário quem sofreria as conseqüências seria minha Mãe. A tortura prosseguia indefinidamente com ordens de falar e calar, até que derrepente o foca da agressão mudava e tínhamos de procurar um documento ou uma roupa qualquer. Parecia loucura, não Dele o meu Pai, mas nossa, pois corríamos como baratas perseguidas por frangos famintos. Mas, estávamos felizes por nos distanciarmos de nosso Pai enraivecido. E bastava demorar um pouco e o Tango adormecia sentado junto à mesa, sendo preciso conduzí-lo até a cama onde terminava a noite com roncos e apnéia prolongados. Em uma ocasião Eu estudava num domingo junto a mesa velha e bem cuidada e de cor de Mogno, em nossa tosca cozinha de telhado muito baixo, quando meu Pai acordou e percebendo que não havia ninguém mais que nós, ainda sob os efeitos da grande quantidade de cachaça que havia ingerido veio até mim balbuciando ofensas. O que poderia lhe dizer senão a verdade? Fazia muito calor e o Sol incidia diretamente sobre as velhas telhas de barro produzindo um imenso calor. Nós estávamos sem camisas, enquanto o suor escorria pelos nossos corpos muito magros. A minha Mãe aproveitou que “Ele” entrara na escuridão do quarto de telhado baixo e janela muitíssimo pequena e fechada, apesar de ser ainda na hora do almoço, e fugiu com meus irmãos para a casa de uma vizinha. Minha Mãe nos obrigava manter a janela fechada, numa tentativa inútil de esconder nossa miséria e os escândalos em Família. A mulher que tudo testemunhava se apiedou da situação e serviu uma boa refeição, sem saber que em casa não havia o que comer, aos meus irmãos e minha Mãe que logicamente recusou. Enfurecido, ébrio e transtornado pela própria impotência em suprir nossas necessidades e controlar a todos, disse que me mataria enforcado pelo seu cinto de couro cru que imediatamente prendeu ao caibro enegrecido do velho telhado da cozinha. Eu pedi em voz alta que DEUS fizesse meu pescoço resistir ou que “ELE” mandasse um Anjo segurar a cadeira no lugar certo. No que Ele retrucou que se meu pescoço resistisse à correia de seu cinto de couro Eu seria esfaqueado. Eu fora obrigado a subir na única cadeira e com as mãos paralisadas pelo pavor, tive o pescoço preso pelo cinto de couro já preso ao caibro baixo do telhado enegrecido pelo fogão a lenha. O Tango gritou que e dava um minuto para ver minha Mãe e meus Irmãos entrando em casa para depois me enforcar chutando a cadeira sob meus pés. Nessa hora o pesado e velho portão de madeira de lei, em tabuas cruzadas em forma de xadrez foi destrancado e rangeu sobre as dobradiças enferrujadas. Eu, com a boca completamente seca, quase gritando disse rapidamente, engolindo o ar, que alguém estava chegando e o Tango arregalou os olhos, largando a faca e tirando o cinto de meu pescoço. Em seguida Ele retornou para o quarto e Eu fui ver quem era. Era a minha prima Mirlei de Lourdes, o Anjo que Deus mandou para me salvar daquela tortura e possível morte por enforcamento. Minutos depois a minha Família chegou e ninguém percebeu o que havia acontecido ali. Uma semana depois, a sós com minha Mãe lhe contei o episódio, e Ela disse acreditar que meu Pai nunca me faria mal algum, portanto deveria esquecer o fato para sempre. Desejo reafirmar meu amor e respeito pelos meus PAIS, que foram pessoas maravilhosas, embora despreparadas para os embates da vida como pessoas que geraram filhos. Por conta desses episódios de tortura e crueldade passei a dormir profunda e prolongadamente, sendo difícil alguém conseguir me acordar. Na minha ignorância de garoto Eu sabia que o sono e o sonho eram refúgios agradáveis, enquanto a realidade era bestial e repleta de tormento. O meu relato se tornaria enfadonho e tenebroso se Eu fizesse constar nestas páginas todos os episódios onde a tortura tenebrosa antecedeu sucessivas horas e dias de estrema penúria com carência de todos os bens materiais necessários para se viver dignamente. Portanto, quero relatar um período em que pude me presentear com a presença Paterna, levando o seu Tango, o Meu Pai Sebastião Las Casas de Brito para passear por este Brasil em busca de Reportagens para o Programa Flávio Cavalcante. Eu fretei o “OPALA Chevrolet amarelo” do Dejair Morilla, e o contratei como motorista. Nós visitamos várias localidades em vários Estados Brasileiros, nos divertindo muitíssimo. Meu pai sempre foi um bom contador de “causos e piadas” sobre a vida cotidiana. Esse o segredo dele para nos fazer rir de verdade com o inesperado no desfecho de cada história relatada com muita seriedade. As dificuldades e outras implicações de uma Reportagem Investigativa geram um “Stress” natural, que se dissipava ao longo do próximo percurso ouvindo seu Tango falar com naturalidade de coisas jocosas e aparentemente impossíveis de acontecerem, mas acontecem e têm um desfecho cômico e inesperado. Foram quatro ou cinco anos de convivência dentro de um carro confortável, de restaurantes exóticos, em Cidades lindas, em Bairros pobres e favelas em busca da verdade dos fatos esquecidos da Grande Imprensa. Às vezes a gente iniciava uma viagem falando muito, mas disparava numa cantoria gostosa que em algumas ocasiões terminou com meu Pai gemendo e reclamando com as mãos esticadas. Ao lhe perguntarmos de que se tratava a resposta só arrancava nossas risadas: “Tô Sentindo Uma Frescura,... Que Vem Da Janela Aberta Deste Carro Quente”. O trauma desapareceu, o vício da bebida ficou controlado e descobrimos que Pai e Filhos podem conviver juntos apesar de um passado conturbado e traumático. E não são necessárias grandes importâncias em dinheiro. Antes de tudo é preciso nos perdoar e aceitarmos a vida como uma dádiva que nos é oferecida sem mascaramentos ou tentativas de dourar a pílula de barro. O meu Pai lamentou pela primeira e única vez ter bebido tanta cachaça: “... filho parece que cheguei ao fim,... acho que não vai ter mais como sair dessa,... Eu não deveria ter bebido o tanto que encarquei prá dentro,... agora acho que é tarde demais.” Foi naquela a última vez que nos vimos no carro do Dejair Morilla, quando estávamos indo para o Hospital Beneficência Portuguesa para que os Médicos tentassem reverter um quadro de descompensação hepática causada pela ingestão de uma feijoada enlatada, que “ELE” comera um dia antes contra a vontade de minha Mãe. Quando minha Mãe me ligou às vinte e duas horas dizendo que o meu velho estava na cama impossibilitado de se locomover, acionei o Dejair e fomos em alta velocidade para a Rua Itamonte, de onde o removemos para o Hospital. Eu estava apreensivo, mas soube disfarçar diante de um quadro aparentemente muito grave, lhe expressando minha confiança em que Ele superaria mais esta dificuldade e voltaríamos inteiros para casa. Seus lábios estavam como seu queixo excessivamente pálido, as mãos frias e quase não havia domínio de suas próprias pernas, nos obrigando apoiá-lo firmemente até o “Opala amarelo” que Ele conhecia já há Cinco anos. A bebida alcoólica apenas enfraqueceu seu organismo, mas que o matou foi a feijoada enlatada, como a última gota de um forte veneno de efeito cumulativo. Meu Pai nos deixou às vésperas de um NATAL que seria farto e repleto de alegria, pois estávamos bem empregados e o Tango e a dona Aracy já habitavam na casa novinha em folha na Vila Medeiros. Nunca mais nos reunimos nas Festas de fim de Ano para as confraternização em Família. Hoje Eu sei que não guardo mágoas ou ódios de meu Pai, pois superei de verdade todos os traumas nunca relacionando o homem sóbrio e bom com o alcoólatra embriagado que nos atormentava. Mas, nisto tudo a grande artífice foi minha doce mãezinha que nos alertava que “Ele” não desejava nos fazer mau algum, pois nos amava muitíssimo. Apenas era um desesperado sem condições para nos oferecer o que merecíamos, já que nos dava todo o fruto de seu trabalho, que era insuficiente a uma Família de sete pessoas. Tanto é que ao começarmos a trabalhar e garantir todas as nossas necessidades, o velho Tango se libertou da cachaça. Mas, era tarde demais para “Ele” mesmo. Escrever é mais que uma terapia, é muito mais que um encontro com o passado e com os grandes Gênios da literatura. Escrever é uma arma poderosa que vai rasgando o presente e inserindo nele o passado imutável e o futuro improvável e incerto. Deixei o tempo passar lentamente, fazendo as emoções mais sentidas se acalmarem, distanciando do calor de cada episódio real e inevitável. Garanto que não guardo mágoas, ressentimentos, ódios e espírito de vingança de quem quer que seja que me feriu de forma a me fazer sofrer nesta vida que é única. Penso que quem consegue superar suas próprias tragédias ou sair de períodos tenebrosos em uma vida dificuldades e dores traumáticas, deixa de ser vítima para iniciar uma vida nova e liberta. Isto é mais que perdoar quem nos feriu inadvertidamente ou com perversidade proposital. É se perdoar plenamente, por ter sido vítima ocasional de uma situação inevitável. Quando cultivamos uma dor entranhada em nossa mente combalida, nos tornamos vítimas profissionais, assumindo o papel de mártires que esperam ser salvos por um herói qualquer. Ou ainda sermos aclamados como uma espécie qualquer de santo que fará milagres depois de morto. O rancor, o ódio, a mágoa e o ressentimento, só nos causam dor renovada a cada instante de uma vida sofrida. Um tormento que pode ser eliminado com o perdão verdadeiro. Não é preciso reconciliar, mas é necessário perdoar e se perdoar verdadeiramente, para nosso próprio bem. Esses sentimentos negativos de ódio e vingança não atingem quem nos feriu, mas sim a nós mesmos nos fazendo sofrer e adoecer gravemente. Se Você me entender, talvez seja um atormentado como Eu, ou um louco em busca de um caminho perdido, mas será um sobrevivente da dor que viverá feliz e saudável. Quando li vinte e dois volumes de Sigmund Froyd, sobre a psicologia da vida cotidiana humana, minha mente pareceu se abrir. Eu pude começar a entender o comportamento das pessoas, e controlar meus próprios impulsos, instintos e sentimentos. Eu percebi que meus gestos e as mais leves manifestações verbais, denunciam minhas intenções até mesmo desconhecidas de mim mesmo. Descobri que a maioria das pessoas são escravas de suas ambições materiais. Que pouco ou nada podem disfarças de suas ambições e desejos medíocres envoltos em atitudes covardes. Muitas dessas atitudes humanas encobrem vontades vergonhosas, desprezíveis e até crimes hediondos, que visam alcançar outras pessoas e dominá-las; manipular situações que lhes favoreçam financeiramente e até alcançar a dominação total do poder sobre todos ao redor de si. Depois li a “Terceira Visão de Lamg Zamp Hampa”, e aprendi coisas que não ouso revelar. Agora, e desde há muito tempo, Eu posso ver além das aparências. Se me dedicar inteiramente, mesmo não conhecendo pessoalmente alguém, posso entender quase tudo sobre seus sentimentos, e se souber o que pretende posso definir sua personalidade moral. Em síntese, sou enganado se quiser e geralmente, sou enganado por acreditar que alguém pode ser diferente e que todos devem ter uma chance de provar sua honestidade. Só não consigo interferir em suas ações, a não ser que aceitem meus argumentos, que podem adquirir grande importância. Basta saber que tais pessoas existem e o local onde estão, com detalhes, em qualquer parte e terei entendimento total da situação, mas sempre me deixei enganar pelos de más intenções ou por acreditar que poderiam melhorar seu procedimento ou ainda só pelo fato de Eu amar estas pessoas exploradoras e egoístas. Entendo que pensamentos são energia, e energia pode ser transformada em matéria, desde que bem direcionada a outra mente receptiva. Por ter sofrido na infância e pré-adolescência intensamente e padecido agressões me torturaram física e mentalmente, em certas horas posso ter passado por estados de confusão mental que causaram certas alucinações. Tanto é que aos dezessete anos de idade, portanto em Il novecentos e cinqüenta e sete, enquanto procedia ao polimento de um conjunto de dentaduras no Laboratório de Prótese na Praça Vista Alegre, e no Rádio Geraldo José de Almeida narrava uma partida Futebol, que se não era eliminatória era amistosa, de entre o Brasil e Suécia, um fato inusitado aconteceu. Derrepente a Luz elétrica foi cortada, o motor Nevonne de polimento, continuou girando pelo próprio impulso do rotor e todo o ambiente foi tomado por uma estranha vibração, que desestabilizava minha visão. Sem suportar ficar no ambiente que parecia se fragmentar ou ter suas formas distorcidas variando de forma e tamanho, fui para o terraço de onde avistei um objeto metálico, repleto de parafusos de cabeças arredondadas que uniam partes imensas de uma blindagem super brilhante. Ao observar o objeto, uma onda elétrica se desprendeu da parte inferior d’aquilo que parecia flutuar a poucos metros da mureta da área externa do laboratório, e a energia me atingiu entre os olhos. Minha calma voltou e me pareceu receber um estímulo mental ou cerebral que me deu forças para entender e aceitar como normal o fenômeno, até então, inusitado para mim, que nunca tinha ouvido falar em acontecimento semelhante. Daquele momento em diante comecei a me recordar que um dia em minha infância desejei ser Locutor, ou SPEACKER, como me disse na ocasião a minha querida Mãe dona ARACY. O difícil foi chegar à Rua Paula Souza, 181 no quarto andar, ali na região do Mercado Central da Cantareira. Eu conhecera o Rubens Moraes Sarmento num comício pró a eleição do Médico Doutor Adhemar Pereira de Barros, numa disputa eleitoral ferrenha com o Professor Jânio da Silva Quadros para Governador de São Paulo. Depois de me avistar com o Sarmento, falei um carro de besteiras no Microfone mais famoso do Brasil naquela ocasião. O que Eu ignorava era que o Diretor de Brodkasting estava nos ouvindo. Ele chegou sorridente e cheio de segurança. Mas, me ignorou inteiramente, pelo menos Eu pensava assim. O Henrique Lobo, Locutor-apresentador, Narrador-Redator e Diretor da Emissora que detinha setenta e cinco por cento da audiência Nacional e era Líder em São Paulo me submeteu a um teste de Narração e Locução me aprovando inteiramente. Muito sério me disse que só havia um problema: Eu teria de começar imediatamente. Isto é, iria apresentar e anunciar músicas, além de entrevistar O Compositor Adelino Moreira e o Cantor Nélson Gonçalves naquela mesma noite. Para me assustar, e me assustou, disse que os Diretores da Varig e da Rádio Bandeirantes estavam na escuta do Programa. Mas, Eu enfrentei o desafio e acabei sendo ajudado pelo meu novo Diretor. Foi muito bom, porém antes de começar a atender os ouvintes Eu tinha a camisa, as roupas íntimas e o meu par de meias molhadas de suor gelado. Na Rádio Bandeirantes “PRH9” Eu iniciei a viver a verdadeira felicidade entre amigos, com muita lealdade e confiança. O início foi em sete de setembro de 1.957, e em Dezembro daquele mesmo ano houve a festa de confraternização dos Funcionários da Emissora que já planejava ter um Canal Exclusivo de Televisão e já se sabia seria o “13”. A festa do Doutor João Jorge Saad, foi magnífica com distribuição de presentes para todos os Funcionários e seus Familiares. Tinha bebidas e muito que comer, numa variedade de fazer inveja aos mais abastados da época. Amigo é amigo e os melhores são àqueles dos quais não nos preocupamos em homenagear em primeiro lugar. Eles estão presentes e nossas memórias e no inconsciente coletivo, portanto podem ser citados em qualquer tempo sem nos preocuparmos de esquecê-los. Porém, é deles que buscamos ajuda quando necessitamos mesmo. ENTÃO: "Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes! Você vai ter que abraçar todo mundo que você conhece! Abrace seus parentes, amigos, inimigos, todo mundo! O abraço é meu sinal favorito de afeição e carinho. Ele pode significar tanto, e tantas coisas ao mesmo tempo. Pode significar um sinal de amor, de amizade, de conforto ou tudo junto, além de desejo de ter àquele Alguém junto de teu corpo e talvez para sempre em teu coração! Eu em especial me sentia em casa conversando alegremente com o Morais Sarmento, com o Lourival Pacheco, com o Silvio da Silva, com o Getúlio Alves, o Muybo Cury, o Jhony Saad, o Doutor Alberto Saad, o José de Souza, o Humberto Marçal, o Natal Calina, o Alexandre Kadunke, o Samir Razuk, o Renato Galon, o Henrique Lobo, o Teodoro Baptista, o Ronaldo Baptista, o Atilío Ricó, o Mauro Pinheiro, Fernando Solera, o Geraldo Bretas, o Moacyr Bombike, o José Barbosa, o Pedro Luiz, o Antônio Pimentel de Carvalho, o Luiz Carlos Las Casas de Brito (meu Irmão carnal), o José Carlos Romeu, o Enzo de Almeida Passos, o Sérgio Galvão (o Sérgio Antônio Brandão Galvão), o José Simões, o Emídio da Paz Libório e dezenas de outros companheiros que certamente estarão em minha lembrança para sempre. O grande destaque é e será sempre para o contabilista e colega da Direção Administrativa o Altílio de Oliveira, que organizou tudo desde os convidados e seus presentes, as bebidas, os pratos para um almoço especial e até os salgadinhos para os retardatários. Nós éramos uma verdadeira Família na Comunicação no Rádio que surgia muito forte em São Paulo. Quero afirmar que fui muito feliz naquela época, e que admito ter conhecido a verdadeira felicidade entre aqueles amigos, que foram mais que colegas. Eram todos membros de minha Família no Rádio Profissional. Esse amigos e Colegas jamais me humilharam sobre minha condição física, financeira, cultural e origem Familiar. Sempre me ofereceram muita simpatia, orientação, apoio, além de me estimularem nos estudos e determinação em alcançar a perfeição em minhas funções atrás dos microfones.
”ESSE AÍ DA FOTO SOU EU NO DIA 17/09/1957, quando iniciei na RÁDIO BANDEIRANTES. Note na foto que era noite por volta de 23horas. Era o início de uma carreira que me torna muito feliz. O PROGRAMA: VARIG É DONA DA NOITE. Ali conheci os Nomes mais famosos das Artes, Música, Teatros, Política, Policiais, Bandidos, Religiosos e as mulheres mais lindas desta Terra toda. Rede Bandeirantes de Rádio ou Rádio Bandeirantes (PRH-9) é uma rede de emissoras de Rádio do Brasil, com sede na cidade de São Paulo, e foi inaugurada no dia seis de maio de 1937. Foi na voz de Joaquim Carlos Nobre que a Rádio Bandeirantes São Paulo, a Cabeça da Rede, entrou no ar pela primeira vez: "Boa Noite, Senhoras e Senhores. Está no ar a Rádio Bandeirantes, a nova e esperada Emissora de São Paulo". “O Rádio tem sido a minha vida e me formei RADIALISTA, ESCRITOR E JORNALISTA, a partir daquele Instante Mágico em que HENRIQUE LOBO me ouviu e resolveu que Eu servia para a vaga de Locutor-Apresentador.” Onze anos depois, ás treze horas de um dia muito claro e quente, o mesmo objeto, ou semelhante, pairou sobre o Rio Tietê na altura de Manoel Feio, e foi visto por mais de dez pessoas que estavam paradas na Rua Apiaí, na Vila Bartira, em Itaquaquecetuba. Este episódio que não foi o último em minha vida, serviu para me tranqüilizar, uma vez que comprovou que muita coisa em minha vida não foi alucinação, mas sim e possivelmente ocorrências de fenômenos verdadeiros que de uma forma imperceptível para muitos, influíram em minha forma de pensar e raciocinar (consciente e subconscientememte) sobre nossa existência.
Em 18 de setembro de 1950, por iniciativa do Jornalista Paraibano (o CHATÔ o Rei do Brasil) Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, era inaugurada a PRF-3 TV Tupi-Difusora de São Paulo, primeira emissora de televisão do Brasil e da América Latina. E Eu Gésner Las Casas Brito (aos dez anos de idade), meu Pai Sebastião, minha Mãe Aracy e os meus tios Cinésio Mingante Enedina Camargo Mingante, estávamos lá no Sumaré, Cidade do Rádio para testemunhar e assistir um Espetáculo inédito até então. Eu já era um Locutor, isto é, Eu nasci Radialista, e só não estava oficializado como tal, embora já tivesse atuado como Narrador na Rádio Cultura de Dois Córregos um ano antes. Depois de poucos meses de treinamento, alguns Radialistas escolhidos por Chatô lançaram-se à aventura de fazer TEVE. Os estúdios eram amplos, mas pequenos para a Televisão que se iniciava; o equipamento precário era de segunda mão adquirido nos Estados Unidos, mas o nascimento da TV Tupi foi solene. Assis Chateaubriand, que doze anos depois se tornou meu patrão, presidiu a cerinômia que contou com a participação de um Frei Cantor mexicano, o José Mojica, que entoou "A Canção da TV", hino composto especialmente para a ocasião. Um balé de Lia Marques e uma declamação da poetisa Rosalina Coelho Lisboa, nomeada madrinha do "moderno equipamento", fizeram parte do show. A jovem atriz Yara Lins foi convocada especialmente para dizer o prefixo da emissora - PRF-3 - e o de uma série de rádios que transmitiam em cadeia o acontecimento. Ela iniciou dando os prefixos de todas as Rádios dos Diários e Emissoras Associadas do Brasil. Muitos anos depois, um dia peguei um taxi no Alto do Sumaré e fomos direto para o Aeroporto de Congonhas. De lá Eu seguiria de Avião para Belo Horizonte, em busca de um acontecimento envolvendo um Menino que tivera um curativo retirado pelo Médico que o fez, por seu Pai não ter dinheiro para pagar a pequena cirurgia. No taxi estávamos rodando na faixa de asfalto certa quando de repente um carro preto literalmente saltou do estacionamento no espaço à nossa frente. O motorista do taxi pisou no freio, deslizou e escapou de abalroar outro carro por um triz! O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar palavrões para nós. O motorista do meu taxi apenas sorriu e acenou para o cara de boca suja. E eu quero dizer que ele o fez bastante amigavelmente. Assim eu perguntei: 'Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital! Foi quando o motorista do taxi me explicou o que eu agora chamo “A Lei do Caminhão de Lixo". Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por aí carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, e de desapontamentos. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um Lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente que está mais próxima. Não tome isso pessoalmente. Apenas sorria, acene, deseje-lhes o bem, e vá em frente. Não pegue e nem espalhe o lixo delas sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas. Desde o princípio, isso é que pessoas bem sucedidas não deixam os seus caminhões de lixo estragar o seu dia. A vida é muito curta para se levantar pela manhã com remorso ou arrependimentos. APENAS AME as pessoas que te tratam bem. Ore pelas que não o fazem. A vida é dez por cento do que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe! Trocando e miúdos: Você recebe de volta o que oferece aos outros. Cuidado alma endemoniada, a tua maldade em tentar usar o poder da mente para atingir teu semelhante, pode destruí-la e fazê-la sofrer muito e por longo tempo. A advertência é válida para todos os que se propõem a fazer tentativas de viajar nas asas do pensamento. A coisa que Você pretende, pode se virar contra Você. Por outro lado, se prepare com as boas orações, para se proteger das invasões vindas indiretamente através da maldade dos mundos paralelos. Enquanto alguém dorme, alguém pode usar de suas fraquezas espirituais para bombardear tua vida material, usando energias que envolvem tua matéria física. Sei que não se pode enriquecer usando esta força, mas se pode destruir e ser destruído com forças do mau. Portanto o caminho é o Amor, a Solidariedade e o respeito aos direitos das outras pessoas. Princípio apregoado por JESUS CRISTO, quando nos ensinou o “PAI NOSSO” e garantiu que a maior força é o AMOR. Em matéria de Amor, quem não tem para onde ir, todos os caminhos são caminhos. Mesmo porque a maior prova de amor é a renúncia. Cercado de imperfeições humanas tem sido muito difícil ser diferente, ou fazer a diferença tão natural e constante no MESTRE. Mas, há que se tentar, uma vez que na condição Humana, Jesus Nazareno, suportou as tentações, as humilhações, o sofrimento atroz e entendeu as fraquezas alheias e aceitou morrer para nos dar um Verdadeiro Caminho para a Vida Eterna. No entanto, não é fácil tentar perdoar. É muito difícil e até mesmo chega a ser impossível em algumas ocasiões. Aceitar os erros e as más intenções de nossos semelhantes perversos é uma atitude do ser evoluído, mesmo por que não se tendo a determinação de JESUS perante DEUS, não se consegue entender e nem perdoar. Sei que é possível viver na Lei, mas isso depende de grande sacrifício e desprendimento total dos bens materiais e das ambições e desejos humanos. Mesmo assim, alguns de nós somos bafejados com as bênçãos de DEUS, e acabam sendo Espíritos Encarnados Vivos, com memória excelente, visão especial das coisas e entendimento que possa fazer um bem maior que a simples Justiça necessária. Nunca pretendi ser como Rosbispierre de Mello, que amaldiçoou o próprio leite materno, ou Michael Jackson, que desmoralizou a educação paterna que recebeu, mas, pouco ou nada tenho a defender da Família que tive. Com exceção de minha Mãe, dona Aracy, os demais membros dos “LAS CASAS”, demonstraram ser pessoas tão infelizes e cruéis tanto quanto os selvagens ignorantes, que eliminam seus parentes nascidos com defeitos físicos ou mentais. E até desprezam ou ignoram os que tiveram a desgraça de se tornarem limitados em gestos, e para “ELES” deficientes. O destino une e separa as pessoas, mas nenhuma força é tão grande para nos fazer esquecer pessoas que, por algum motivo, um dia nos fizeram felizes! Hoje em dia, muitas pessoas que receberam aprendizado CRISTÃO, tratam seus parentes com “LIMITAÇÕES” com respeito e muito carinho, porém, sinto que ainda persiste certa reserva quanto a mim no seio da FAMÍLIA. Desejo destacar que em momento algum deixei de amar, me preocupar, respeitar e temer meu próprio Pai, sabendo que se tratava de uma pessoa dependente e extremamente doente. Premido pelas dificuldades da vida, pela própria insegurança proveniente da falta de esclarecimento sobre como ser um verdadeiro líder, um marido para dona Aracy e Pai para nós, o seu TANGO, nos momentos de dificuldades se embriagava, e assim foi levado à dependência química. Depois de tomar o primeiro gole nunca mais deixou de beber até sua morte anos depois. E ainda entendo que por questões genéticas meu Pai nasceu alcoólatra, por isso se trata de alguém doente. Sendo assim nunca deixarei de amá-lo. Eu só poderia amar e respeitar aquele homem responsável pela minha vida material. Uma vez que Ele era completamente doente e dependente do álcool e de alguma anfetamina, não poderia ser classificado como uma pessoa perversa. O seu Tango se viciara em perventin desde o tempo do Exército, onde era escalado para os plantões da Guarda nas entradas do Quartel do Parque Dom Pedro II. Sem o álcool e alguma segurança financeira, era como já disse antes, o melhor Pai do mundo. Sim, fui marcado pela limitação física, causada por uma infância de subnutrição, espancamentos contínuos e tortura mental diários, me deixando com a perna direita mais curta que a outra cerca de sete centímetros e artrose na articulação do fêmur direito. Imagine viver sem ter o que comer diuturnamente e receber ameaças de morte constantemente e ao final do dia iniciar um período aterrorizante de horas noturnas. A nossa miserabilidade era tão grande que não havia dinheiro para nada, e não tínhamos a quem recorrer. Então, o estômago doía, causando contrações musculares intensas e a imaginação começava dar asas aos desejos de possuir uma mesa farta. Os nossos corpos exigiam alimento para podermos continuar crescendo, causando insônia, que era interrompida pela ingestão de uma pequena porção de Sal de cozinha e açúcar na proporção de três por um e de um copo d’água. Paralelamente, o medo de sermos espancados nos atemorizava de tal forma, que dormíamos em poucos segundos. Foi desde os primeiros anos de minha vida que esse comportamento se repetia diariamente, com poucas variações. Isto é, às vezes, umas poucas vezes tínhamos uma mesa farta com legumes, saladas, frutas, carne de primeira e muita felicidade. Mas, isto era muito raro, e quando se avizinhava uma dessas noites de tortura e espancamentos, tremíamos e soluçávamos até que o portão de madeira se abrisse ruidosamente. Naquele instante se fazia silêncio total, ouvindo-se apenas os paços firmes de meu Pai, fazendo os saltos de couro cru dos seus sapatos tamborilarem contra o piso duro do chão. Em algumas vezes o meu Pai, o meu herói, abria a porta empurrando a cadeira ruidosamente nos chamando para saborear alguma coisa que trouxera. Se não estivesse embriagado! Nós descíamos de nossas velhas camas e corríamos esfregando os olhos ao entrarmos no ambiente muito claro da cozinha, contrastando com o quarto de dormir que não tinha luz alguma. Se estivesse embriagado, mesmo com a porta encostada por uma cadeira, o seu TANGO exigia que alguém fosse abrir a velha e apodrecida madeira que servia de entrada para a cozinha de teto baixo, com um fogão de lenha, uma mesa de madeira de lei, com quatro cadeiras de mesma qualidade e já bastante envelhecida e desgastada. Era tudo muito limpo contrastando com o telhado baixo de telhas de barro cozido, apoiadas em caibros de lenha escurecida pela fuligem e pelo picumã que é uma espécie de lã cinzenta do “borralho” que aquecia a chapa de ferro do fogão com um antigo forno de ferro fundido. Minha Mãe mantinha tudo muito limpo e as velhas panelas de ferro areadas e brilhantes. Naquelas horas de medo intenso, Eu me encorajava e levantava, quase me arrastando, tamanha a lentidão de meus gestos. Geralmente o relógio da Matriz de Dois Córregos, fazia soar o carrilhão das vinte e três horas, ou onze da noite. Aos gritos “Ele” me perguntava onde estava minha Mãe. A resposta vinha entrecortada pelo enorme medo das ameaças e espancamentos que deveriam acontecer como sempre. A minha Mãe sofria de varizes e ulceras varicose, que lhe causavam câimbras violentas. Aí Eu tinha de esquentar o jantar de meu Pai e servir a mesa com o que houvesse disponível. Parecia loucura ouvi-lo pedir aos berros feijão com arroz e uma mistura feita com carne que já fazia vinte dias que a gente não comprava no empório de seu Magalhães. Ainda me vejo com seis anos de idade, trêmulo como coelho acuado diante de uma Onça faminta: “Pai, não temos nada. Acabou tudo e o senhor não comprou mais.” Talvez por ouvir uma criança chamá-lo de Pai, com tom de lamúria ao lhe dizer que nada havia para comermos, seu semblante se modificava completamente. Enquanto seu olhar vagueava pelo ambiente de extrema pobreza, seus dentes se cerravam num rito de raiva extrema numa manifestação de bruxismo alcoólico. Meu DEUS, como eram terríveis aquelas poucas horas até que os exageros alcoólicos de seu dia o fizessem sentir sono. Bêbado,... embriagado até o último fio de cabelo nos fazia acreditar que o roubávamos, e que éramos uma despesa exagerada e inútil para sua vida de homem trabalhador e honesto. A tortura começava com um simples interrogatório de o que havíamos feito durante o dia. Quando iniciávamos um relato de nossos afazeres, nos mandava calar a boca ou nos cortaria o pescoço. Se dissesse que não fizéramos nada, sua voz baixava de tom e com gravidade assustadora proferia ofensas terríveis. Naquela casa de paredes com o reboco caindo, buracos entre os tijolos causados pela erosão, chão de terra batida, porta com tábuas de madeira ressequida apresentando vãos entre si, só havia uma, e janelas muito pequenas, vivemos até iniciar os estudos do “Primário”. Ao mencionar o “primário”, me recordo que meu Pai gritava enraivecido contra minha determinação de estudar. Sua voz de tão esganiçada pela violenta emoção parecia muito rouca, uma vez que era bastante máscula para parecer um trovão ribombando por sobre a ventania de uma tempestade com muita chuva. Voltando à “Tapera” ou àquela casa precária e um velho imóvel que expunha inteiramente nossa intimidade a quem quisesse olhar pelas aberturas na porta, janelas e nas paredes. Em mil novecentos e quarenta e sete fomos morar no Sítio de meus Avoz, onde iniciei o exercício de caçar e pescar para nos alimentarmos. Com meus pés descalços, calça curta e se camisa iniciei incursões pelos arredores da casa grande e amarela, que se constituía na sede da Fazenda do Doutor José Belizário Filho. Encontrei um maravilhoso pomar com frutas maduras, e uma plantação de mandiocas entre as árvores numa extensa área. Ao seu lado um galinheiro com milhares de galinhas, tanto é que havia cerca de dois mil pintinhos rescém-nascidos. Havia perus, galinhas de Angola, patos, gansos e até cabritas. Logo mais adiante havia um chiqueiro com enormes porcos, chamados de cachaços e leitoas com centenas de filhotes. Entre o chiqueiro e o curral das vacas havia uma grande área cercada com grossos morons cortados nas matas das terras que agora nos abrigariam pelos próximos dois ou três anos. Tudo ali era muito grande e provido de uma fartura indescritível. Aos poucos fui me embrenhando no terreno e ganhei a mata entrelaçada por cipós e trepadeiras e enormes árvores que deixavam cair às folhas mortas formando um tapete de mais de trinta centímetros de espessura. Era comum encontrar em meio às folhas espinhos, principalmente um chamado de bico de pato, que devido sua conformação permanecia sempre com o espeto para cima. Aquela flecha de mais de três centímetros espetavam nossos pés, deixando uma pequena e aguda agulha numa profundidade só alcançada por uma agulha bem manipulada por minha mãe. Como não tínhamos sapatos tínhamos de arrastar os pés entre as folhas, e mesmo assim ocasionalmente um espinho penetrava em nossos dedos causando a mesma inflamação e dor idêntica. A Mata e seus elementos pareciam sentir meus sentimentos. Antes de Eu me adaptar ao ambiente e iniciar a desfrutar racionalmente dos favores da natureza, tudo silenciava quando Eu punha meus pés na orla da Floresta. Os pássaros deixavam de cantar, os animais como Esquilos, Jaguatiricas, Pombas, Periquitos, Lagartos, Borboletas e até as Cobras ficava invisíveis aos meus olhos, permanecendo em silêncio absoluto. Eu podia ouvir minha própria respiração ofegante e as batidas do meu próprio coração, enquanto o suor escorria pela minha testa, encharcando minha camisa branca. O farfalhar ao vento das Árvores gigantescas e das raras Palmeiras, silenciava abruptamente, como numa advertência contra a minha insólita invasão. Eu tinha consciência que era errado praticar a apropriação de frutas e animais ou aves do Sítio, embora fossem de meus Avós, pois não havia uma liberação explicita para tal atitude. Era errado no conceito de minha Mãe e na total indiferença de meu alcoolizado Pai. Porém não havia alternativa, senão pegar o que se encontrava à mão para comermos, pois era a Lei da sobrevivência. Se não comessemos ficaríamos doentes, fracos, raquíticos e poderíamos ter morrido de subnutrição e inanição. Então o meio ambiente me aceitou ou o meu medo se esvaneceu, e os sons permaneciam quando Eu iniciava uma jornada pela trilhas que passei a usar depois de conhecer cada palmo daquele terreno que de sombrio passou a ser agradável e parecia falar comigo. Essa mudança me favoreceu grandemente, pois até as próprias Abelhas me conduziam aos seus habitats que se encontravam repletos de um Mel saboroso, perfumado e acredito até medicinal. Os espinhos não mais nos feriram os pés e as cobras e outros animais tidos como predadores como as Cobras, Jaguatiricas e Onças pareciam nos evitar propositalmente. Mas, se deixava ser vistos e observados por nós. O que ficou difícil de verdade foi estudar, principalmente e dias de chuva, já que eram vários quilômetros de área descampada a percorrer entre nossa casa e o Ginásio Estadual, onde minha tia Edna era funcionária. A gente não poderia de forma alguma contar para Ela ou para qualquer outra pessoa sobre nossas necessidades prementes, proibidos que estávamos por nossa Mãe. Na verdade, acredito que “Ela” sabia de minhas andanças pela Mata, Represa, Rio, Hortas, Pomares, Galinheiros e Canaviais. Quando Eu chegava carregado de alimentos, os olhos de meus Irmãos e da minha Mãe brilhavam como que tivessem adquirido Luz própria. A tortura e os espancamentos prosseguiram, então com um espaçamento maior, pois o seu Tango demorava mais tempo fora de casa, pela distância entre a sua Alfaiataria e a Casa Grande do Sítio. Diversas vezes desejei morrer, ou ter forças para fugir levando meus irmãos e minha Mãe para muito longe daquele inferno. Aos dez anos de idade, meu Pai se mudou sozinho de Dois Córregos para o Bairro do Canindé em São Paulo. Ele foi trabalhar com seu irmão Benedito, também Alfaiate e que colocou um limite em suas intermináveis cachaçadas. Nós tivemos um período de boa alimentação, tranqüilidade espiritual, e inexplicavelmente até agora, muita saudade daquele pai violento, injusto, torturador e espancador apenas quando embriagado. Hoje Eu sei que as muitas vezes que desfrutamos de sua boa companhia e de seus conselhos com conforto razoável, foram mais significativas que aqueles momentos terríveis em que sofremos muito. Ainda existe a possibilidade, de só Eu me lembrar com maior nitidez da violência sofrida, pois apanhei muito, fui torturado direto e injustamente ouvindo as perguntas que não podia responder já que logo a seguir vinha a ordem de me calar. Logo em seguida vinha a ordem absurda de falar a verdade, e a ordem gritada de não abrir a boca caso contrário teria a garganta cortada pela afiada faca de abater porcos. A mim só restava orar com fervor ao nosso DEUS, já que aquele insano homem, quando sóbrio era o melhor Pai e marido do mundo dizia sempre minha Mãe, o que era confirmado por nós seus filhos. Meus irmãos menores assistiram trêmulos e chorando silenciosamente tudo de suas camas. Quando o espancamento iniciava, os meus irmãos menores nada testemunhavam, pois dormiam profundamente, com medo de serem chamados para a cozinha e serem submetidos ao mesmo tratamento torturante. Minha Mãe, sempre temerosa e com receio de ser morta em tal violência, aconselhada por mim, fugia pelas minúsculas janelas do quarto de dormir, tão logo se iniciava a secção de tortura. Com certeza os vizinhos mais próximos não poderiam ouvir as ordens sussurradas entre dentes e nem os meus soluços e choros, pois tinha de obedecer à ordem de me manter em silêncio absoluto. E os nossos parentes não nos protegiam e não inspecionavam o nosso modo de viver. Aquela atitude de desprezo era para manifestar a total indiferença a nossa vida infeliz, pelo fato de minha Mãe ter desobedecido à orientação de não se casar com o meu Pai. Nós éramos muito magros, e vestíamos verdadeiros trapos alvejados e remendados por minha torturada e sofrida Mãe, que se calava diante de tanta agressão que lhe causava muita apreensão, dor e horas seguidas de penúria extrema. Além do que, dona Aracy, era portadora de enormes feridas por ulcerações causadas pelas varizes nas duas pernas. Nestes dias de 2.009 mandei uma mensagem aos meus primos esclarecendo meus sentimentos com relação à Cidade onde sofri enormemente na minha infância, além de ter conspurcado minha alma com pequenos golpes de furtos de frutas e aves. Eu, sem orientação de quem quer que fosse, passei a furtar frutas, legumes e aves de visinhos, parentes e até de meus próprios avós, para Eu, meus Irmãos e minha Mãe não ficarmos famintos e subnutridos. Minha Mãe padecia de úlceras varicosi e nós seus filhos estávamos em idade de rápido crescimento e poderíamos sofrer graves seqüelas mentais e de desenvolvimento físico. Portanto: “Caros Primos, boa tarde! Tempos passados me derramei em lamentações, tentando esclarecer os meus motivos por não querer rever, pelo menos por agora, a Cidade de Dois Córregos. O que testemunhei, foi o que vivi e senti na própria pele e no meu estômago. Não foi uma inverdade e todos os mais velhos como Eu sabem que falei a verdade. Contar a verdade não me envergonha. Sim, passei fome e sofri muito, por isso carrego uma deformidade física causada pela subnutrição na pré-infância e em parte da minha adolescência. O que lamento é que alguns hipócritas dizem até hoje, que envergonhei a Família ao revelar uma dependência química de meu progenitor, que vale dizer era portador de uma doença grave e incurável. Portanto, dela faleceu com toximia hepática. Pela minha extrema lealdade aos "meus", digo agora que tais fatos estão em meu livro que deverá estar circulando até o início do próximo ano, contando todas as vicissitudes por que passamos, EU e minha saudosa Mãe dona ARACY. Se alguém quiser parar minhas revelações pode pensar em me impedir desde já, pois com o livro pronto vou aos programas de Rádio, TEVE e Jornais para divulgá-lo. As pessoas precisam saber o que o alcoolismo faz em uma Família e quanto sofrem os parentes de um dependente violento químico. Eu sou um Las Casas, mas tenho o Sangue Belizário e, portanto, determinado em sobreviver às intempéries e adversidades mundanas. Sobrevivi, estudei, formei Famílias e passarei à posteridade meu aprendizado de vida. Apenas para constar: já sofri tanto; já fui tão enganado e me alimentei muito de solidão, que desperto suarento e em pânico desconhecendo se um dia fui realmente feliz e se sobreviverei ao amanhã! ? Com saudade amo todos Vocês (GLCB) = Gésner Las Casas= Radialista, Escritor & Jornalista


O tempo presente me apresenta uma vereda sombria por onde ecoam meus passos solitários e claudicantes entremeados pelo abafado da bengala em que me apóio. A lembrança de uma época alegrias passageiras, me traz à memória uma vitória em pedestrianismo, quando aos sete anos de idade ganhei a medalha pelo primeiro lugar numa corrida disputada entre todos os alunos do Colégio Estadual de Dois Córregos. Durante um tempo fui alvo de atenções e de respeito almejado por garotos como Eu. No entanto a notoriedade conseguida por mim resultou e críticas severas pelo meu Pai. Ele julgava que chamar a atenção não era apropriado ao seu filho, que não deveria se fazer notar, pois nem roupa digna tinha para se apresentar em público. Naquela época se falava da passagem do Cometa Halay pela Estratosfera Terrestre, que retornaria setenta e seis anos depois em sua órbita elíptica pelo Universo Sideral. Recordo-me que tentando ser um menino comum, tentava me enturmar com garotos da vizinhança. Mas as atitudes agressivas de meu Pai afastavam os meus quase colegas e amigos, que temiam uma reação desfavorável à nossa interação. Por essa e outras, passei a aprender a viver só com meus irmãos, à quem dedique grande parte de meus esforços diários, sempre procurando absorver conhecimentos para lhes passar. Sei que foi um erro, pois ao mesmo tempo em que se tornavam dependentes de minhas intervenções, Eu passei a ser dependente de suas constantes presenças em minha própria vida. Como é próprio da índole humana, Eles passaram a me usar para suas transgressões diárias e explorar minhas fraquezas e minhas reservas sentimentais e meus ganhos financeiros, pois desde muito jovem Eu mantinha um método de faturamento que sempre atingia cerca de um terço do salário mínimo por mês. Não fosse isso, teríamos perecido de inanição logo nos primeiros anos da nossa miserável infância. Foi uma vida angustiante que se prolongou até os meus sessenta e cinco anos de idade, quando cansado de ser explorado e humilhado, resolvi tentar assegurar-me uma velhice confortável. Só que cada ação tem uma ração, e os meus queridos Irmãos, Filhos, Filhos, netos e netas, ex-esposas, cunhados e outros agregados, se rebelaram, passando a me ofender severamente com mentiras covardes e nojentas, que não quero relembrar. ***** Meu Deus! Como é surpreendente!… Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço de amor familiar,… É como uma fita dando voltas ao redor dos objetos e dos nossos sentimentos? Enrosca-se… mas não se embola , vira, revira, circula, circunda o objeto ou corpo e pronto; está dado o abraço num leve laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de abraço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, na vestimenta, em qualquer coisa onde o faço. E quando puxo uma ponta, vai escorregando devagarinho, desmancha, desfaz o laço que da o abraço. Solta o presente, o cabelo, fica solto na roupa e libera os sentimentos. E na fita que curiosamente, não faltou nem um pedaço quase não têm os sinais do leve abraço. Ah! Então é assim o amor, a amizade, e em tudo que é sentimento, como em um pedaço de fita que enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livres as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade e laços fraternos de Família. E quando alguém briga então se diz: – romperam-se os laços de amizade. E saem às duas partes, iguais meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço. Não prende, não escraviza, não aperta demais, não sufoca. Quando alguém aperta sem te abraçar vira tormento. Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço afetivo e escraviza. Então o amor é isso: É quando a gente se abraça gostosamente, aquecendo nossos corpos sem apertar forte demais, e sem ferir ou machucar! ********* Desde os cinco anos, até os meus treze anos de idade, lembro cheio de orgulho e satisfação que trabalhei e estudei de sol a sol, só pensando no bem-estar FAMILIAR. Depois dos dezessete anos de idade, sempre foi uma pressão angustiante suportar as agressões verbais que me qualificavam de “aleijado, inútil e ladrão do suor de meu Pai”. Somente a minha mãe, dona Aracy e o Mano “TONINHO” o meu irmãozinho Antônio José, respeitavam minha limitação física que se diga de passagem, se consiste em uma diferença de sete centímetros a menos na perna direita e artrose no colón do fêmur, onde houve o quase destroçamento dessa parte óssea. Limitação física, que me causa dores constantes e ininterruptas, adquirida para ajudar no sustento da Família. Foram mais de três anos de internamentos, cirurgias, dores indescritíveis e humilhações acompanhadas de medo, fome, lágrimas, soluços e solidão. No segundo andar do Hospital das Clínicas, na Ortopedia, os outros internos e um ou outro Enfermeiro, sempre um do sexo masculino, me diziam coisas assustadoras sobre morrer na mesa de cirurgia, ser dado como morto e ser enterrado vivo e ainda morrer por choque anafilático em conseqüência de uma injeção qualquer. De início Eu me recolhia ao leito de dormir, e inteiramente angustiado, pelos meus medos de vir a sofrer ainda mais, sem poder me libertar da situação presente que se prolongava, e acabava adormecendo, depois da visita de uma Enfermeira que ministrava os medicamentos, ouvindo em minha mente de criança-adolescente, repetidamente as agressões sofridas pelos mais queridos companheiros de meu dia a dia. Sofria atrozmente por não entender e não aceitar o tom agressivo e as palavras ofensivas contra uma situação na qual eu estava no centro dela contra minha própria vontade. Não fora Eu quem determinara esse fato que me atingiu e perdurará para sempre. Até hoje, a dor nessa parte é indescritível, principalmente durante a mudança de clima e temperatura. Isto, felizmente me levou a DEUS pelos ensinamentos de minha mãe, que desde que nasci, antes de dormirmos, falava da natureza das coisas e dos seres. Contou-me com detalhes o nascimento, vida de dedicação à libertação da humanidade, e a perseguição pelos poderosos de sua época e o sofrimento até a crucificação perversa de JESUS. No entanto, Ele nos deixou um grande legado: “CONHECEREIS A VERDADE. E A VERDADE VOZ LIBERTARÁ!” E ainda: Ama teu próximo como a ti mesmo. Estes entendimentos me fizeram engolir muitas injustiças e humilhações, e resultaram em um bem que não dá para dimensionar. Na minha adolescência, além de estudar com afinco em horas de folga, prolonguei até as dez da noite, uma empreitada de fins de semana na farmácia Quarto Centenário, e nas noites de segunda a sexta-feira nas Escolas Estaduais, me preparando para enfrentar as noites e madrugadas no Rádio, como Apresentador, Redator & Locutor-Noticiarista. Aos dezessete anos de idade, trabalhando como Protético e Locutor de Comitês Políticos, Parques de Diversões e Clubes de Sociedades Amigos d Bairros, fiz o teste com Henrique Lobo, iniciando no dia 17 de setembro de 1.967, às 23horas como Locutor-Apresentador-Noticiarista e Redator do Programa VARIG é Dona da Noite, na Rádio Bandeirantes. Acredite, Eu sofri atrozmente com o tratamento que recebi de meus irmãos e de meu Pai, mas renasci ao iniciar aquele período de trabalho noturno na Rua Paula Souza, 181, quarto andar. Ali, naquela noite cessou por um longo tempo a humilhação a que Eu era submetido. Passei a ser o filho pródigo, o orgulho da Família que venceu pelo próprio esforço, vencendo as adversidades. O meu salário sextuplicou, possibilitando oferecer conforto e segurança aos meus Pais e meus Irmãos, que poderiam estudar com tranqüilidade. Nunca mais a nossa mesa voltou a ser pobre, o aluguel em dia acabava com nosso tormento mensal. E todos nos unimos no ideal de construir uma casa para a nossa Família, finalmente integrada num grupo de pessoas que realmente pareciam se amar e se defender mutuamente. Eu me dediquei aos estudos e leituras intermináveis sempre que tinha oportunidade, já que recordava os ensinamentos de dona Aracy. A minha Mãe sempre falava docemente como deveríamos proceder diante da vida, das pessoas e da natureza. Ela dizia que fomos dotados da sabedoria de DEUS, com o conhecimento pleno de todas as coisas existentes e ainda escondidas no tempo e no espaço. Bastaria-nos buscar inspiração Divina e a Sabedoria se manifestaria plena em nós, já que nascemos completos, perfeitos, habilidosos e conhecedores de todas as técnicas de manipulação dos elementos existentes. Além do que poderemos dominar qualquer idioma no Universo, pois somos dotados do “Poder das Palavras”, uma dádiva DIVINA. Qualquer coisa nos é possível de realização perfeita, pela vontade de DEUS. Segundo seus ensinamentos somos detentores da sabedoria plena contida no Universo, e para usá-la basta estar em harmonia interna e externa com o todo de nossas vidas. Surpreso, ouvi dona Aracy dizer que o PAI de Nossas Almas nos dotou de um poder imenso que é a PALAVRA declarada por nossa boca, a qual “ELE” usou para criar a Vida e a Luz no Universo. E que, feitos a Sua Imagem e semelhança, somos pequenos deuses, detentores de poder, se o merecermos. Claro que deuses com “d” minúsculo, mas deuses que podem realizar prodígios NAQUELE que habita em nós. Eu lia com carinho e atenção até bulas das caixas de remédios, letreiros de fechadas e placas de Ruas e Avenidas. Desenvolvi uma memória e habilidades manuais que chegavam a me dar orgulho, pois conseguia lembrar números e nomes meses depois de ouvi-los uma só vez. Meus dedos pareciam trabalhar independentes de minha vontade, desenhando, esculpindo figuras e construindo paredes, colunas e vigas absolutamente simétricas, aprumadas e niveladas sem uso de nenhuma ferramenta apropriada para estabelecer tais parâmetros. Isto me foi muito útil ao construir minha primeira casa em Itaquaquecetuba, na Vila Bartira, pois economizei mão de obra, e pude por em prática minhas habilidades. Minha sede de saber mais e conhecer me fez um dia me surpreender lendo atentamente uma lista telefônica com milhares de nomes, telefones e endereços, até que descobri os Grandes Escritores e a “BÍBLIA SAGRADA”. Agora conheço grande parte da verdade que liberta e sei que DEUS me ouve sempre que falo com Ele em nome de Jesus. O resultado em algumas ocasiões é efetivo e imediato, mas às vezes demora. É só saber confiar e esperar com tranqüilidade que a avaliação de DEUS, se faz mais cedo ou mais tarde. É preciso ter FÉ no CRIADOR. Posso contar que recebi as bênçãos de DEUS de forma efetiva em muitas ocasiões. Foram verdadeiros milagres, que relatarei de forma tranqüila no decorrer desta narrativa. Uma coisa que não controlo é ser chamado de aleijado, manco ou deficiente. Embora tente controlar, fico cheio de rancor de quem ressalta minha deformidade física de forma tão chula e abertamente cruel. Eu não pedi para ficar assim e a modificação no fêmur, depois de doze cirurgias e um bom peso de pinos e placas de platina, me fazem sentir muita dor. Quem brinca com isso, se arrisca a ser ofendido com palavras imundas, e talvez Eu possa agredi-lo fisicamente. Nem sempre Eu fui agressivo ou propenso a atos de violência, mas como disse o Médico Psiquiatra Doutor Leite: “depois de trabalhar tanto, me dedicar aos meus com carinho e abnegação, se não reagir com uma boa dose de agressividade me anularei definitivamente. E é chegada a hora de começar ocupar meu lugar no mundo e torná-lo o meu império absoluto, com uma Rainha, Príncipes, Princesas e uns poucos respeitáveis e respeitados súditos.” É chegada a hora de Eu viver a minha vida para mim, já que entendi o que JESUS nos legou como Herança: “Conhecereis a verdade,... e a verdade voz libertará!” Capítulo primeiro: Poderá ser estranho para muitas pessoas, mas desde há muito comecei a me recordar da minha mais remota existência sobre a terra. Lembro-me que num belo primeiro momento comecei a ouvir uma voz feminina que me tranqüilizava em meus ímpetos selvagens de crescimento na existência permitida por DEUS. A Voz dizia coisas que eu não entendia, mas eram muito carinhosas, familiares e suaves. Em muitas oportunidades “ELA” cantava suavemente me transmitindo melodias maravilhosas, em meio ao som de uma cachoeira interminável que parecia correr para dentro de mim mesmo, me enchendo de uma energia que me dava forças e as vezes um grande choque. Às vezes uma voz masculina se envolvia em conversas que incluíam a minha vida em planos futuros. Com o passar d’aqueles instantes fui me habituando com nomes, tons de vozes, palavras, músicas e até sentimentos que evoluíam de palavras e manifestações físicas, para registros magnéticos indeléveis em meu cérebro em formação. Com certeza fui um privilegiado, pois sendo o primeiro filho, tive dedicação exclusiva de meus jovens e recém casados pais. No dia de meu nascimento, a “Parteira dona Tékla”, foi chamada e me ajudou a vencer o longo-curto caminho entre a “Madre e a Luz” que me foi oferecida naquela madrugada fria de junho. Estava muito frio, como em todo inverno do ano de 1.940, mas na casa de madeira da Rua Sete de Setembro, número Sete na Vila Alto Cafezal, em Marília, havia um calor aconchegante. Lá fora, nas ruas estocadas por troncos de árvores cortadas horas antes, o vento soprava forte, assobiando nas cumeeiras das casas de madeira espalhadas por ruas desertas, varais e galhos finos das laranjeiras e outras árvores frutíferas. O quarto de meus pais estava mergulhado na penumbra de uma luz de lamparina de azeite, e eu respirei pela primeira vez e profundamente. O ar fresco invadiu meus pulmões, fazendo o sangue circular em minhas veias com rapidez até meu cérebro, causando um impacto violento em minhas emoções ainda desorganizadas. Numa tentativa de botar para fora o ar frio, abri a boca e fiz força provocando um som que gostei. Por isso continuei gritando até minha mãe empurrar o bico de seu seio róseo entre meus lábios. Eu sugava aquele leite quentinho de minha Mãe, que seguia com os seus lindos olhos azuis as linhas do meu corpo muito pequeno e inteiramente nu, que ela acabava de gerar e dar à Luz. Recordo ainda, que enquanto me alimentava de seu leite saboroso e quentinho, minha mão direita, aquecida pelo contato, percorria e se apoiava no tórax de dona Aracy. A dona Tékla, a parteira, conversava com o meu Pai, o seu Tango, que fumava sugando com força a fumaça do cigarro “Fulgor”. O ambiente estava repleto de odores que marcaram para sempre a minha vida, depois que passei a analisar e conhecê-los. O seu Sebastião Las Casas Brito, o “Tanguinho”, ainda muito jovem, havia tomado uma pinga envelhecida em tonel de carvalho e curtida em canela e Catuaba. O perfume de minha mãe era suave e muito gostoso, e Ela me disse, anos depois, ser “Chanel-5”. A dona Tékla, usava uma colônia de odor suave, seco e que hoje me lembra algum tipo de madeira nobre do oriente. Talvez o Sândalo. A minha casa cheirava muito bem, com travesseiros recheados de “Macela”, as tábuas do assoalho polidas com cera de Carnaúba na cor e cheiro de laranja. Foram dias maravilhosos com um bom aprendizado, inclusive com a visita de meus Avós Maternos, o Doutor José Belizário Filho, e da dona Francisca Camargo Belizário, além de minha Avó Paterna, a Vó Júlia Blanca Las Casas Brito. Os meus tios e tias fora visitados por nós, uma vez que moravam em outras Cidades próximas, para onde era necessário viajar de trem da Companhia Paulista Ferroviária. Em poucos dias fui juntando as letras e as palavras foram se formando em minha mente, permitindo que aos nove meses, eu pudesse falar algumas palavras com meus pais e com a Tia Izaura da Silva Ramos Rinaldi. A tia Izaura, numa tarde de outubro entrou na sala da nossa casa, atraída pelos gritos de desespero de minha mãe, que chorava, temerosa que eu morresse enforcado pelos pés das cadeiras entrelaçadas junto à porta de casa. É que se isso não fosse feito, eu iria engatinhando para ganhar a rua. O que obviamente não ocorreria, pois o portão estava sempre fechado. Mas, com certeza, eu rolaria pelos seis degraus da escada de madeira até o piso de tijolos de barro que formavam a calçada até a Rua Sete de Setembro, coberta por areia branca. A tia Izaura, calmamente foi levantando uma a uma as cadeiras e me libertou. Não me lembro o que pensei, mas sei que foi ali, naquele instante que comecei a detestar ser impedido de ir ou fazer o que desejo. Antes de eu completar dez meses, minha mãe engravidou do Luiz Carlos Las Casas de Brito, que nasceu em sete de outubro, o que apenas me impediu de continuar mamando em minha Mãe, logo que Ela percebeu que estava gestante. Nos primeiros meses de minha vida, dos braços de minha mãe grávida, eu assisti dois oficiais do Exército Brasileiro, dar voz de prisão ao meu Pai, por insubmissão. O seu Sebastião Las Casas de Brito teria, supostamente, deixado de se alistar aos dezesseis anos de idade, e, portanto não teria feito o tiro de guerra, ou se apresentado a uma Unidade Militar para o Serviço Militar. Minha Mãe me confidenciou que tudo não passou de uma trama para separá-la de seu grande amor, mas “ELES” suportaram tudo muito bem. Principalmente, por meu Pai não ter imaginado do que se tratava, mas seu sexto sentido o alertou de alguma coisa, pois nunca mais voltou a se entender com os parentes de minha Mãe. Desde o início do namoro dos dois, muita gente se opunha ao romance deles, inclusive os Belizário, os Las Casas e tal de Roberto Campanha que se interessava por Ela. O meu Pai ficou preso durante seis meses na Cadeia Pública de Marília, deixando uma enorme barba ruiva fazendo-o se parecer com um “Guerreiro Viking”. A comparação com o “Guerreiro VIGING”, não é uma alusão ao chifre no capacete daqueles singradores dos Mares enregelados, mas sim a cor de seus cabelos e barba ruiva. Depois desse tempo descobriu-se que os arquivos com as anotações do compromisso Militar de meu Pai haviam sido destruídos por um incêndio em Dois Córregos. Depois desses levantamentos, o meu pai assinou alguns papéis e foi levado para o “Batalhão de Guardas” no Parque Dom Pedro II, por dois longos anos. A minha mãe, a dona Aracy, bordava, dava aulas e costurava para as mulheres das Cidades de Marília e Pompéia. Os meus Avôs maternos, o Doutor José Belizário, a dona Francisca Camargo Belizário, e a minha avó paterna, dona Júlia, nos davam algum apoio financeiro. Mas, era preciso ir de uma localidade à outra para acionar a solidariedade Familiar. Quando criança, ao viajar de Bauru ou de Pompéia para a casa de minha avó, em Dois Córregos passava a noite inteira acordado, ouvindo o resfolegar da Máquina, que já fora a lenha e era agora a Diesel, e olhando pela janela do trem sentia o bater das rodas nas emendas dos trilhos. Essa pancada do aço contra o aço, para muitos poderia reproduzir apenas um enfadonho “TOK-TOTÓK- TOTÓK- TOTÓK”, mas para mim parecia repetir um pequeno, doce e gostoso nome de mulher. Eu olhava para o céu, para a mata, para a escuridão da noite, para observar aqueles seres que não se mostravam para qualquer um a qualquer hora. Alienígenas, duendes, Anjos, fadas, magos, ogros, elfos? Não sei tudo bem ao certo. Fiz recentemente essa mesma viagem, hipoteticamente. Dormi durante todo o percurso, pois para as coisas ditas "reais" necessito de uma boa noite de sono. Sei que quando puder novamente varar noites olhando pela janela de um ônibus em movimento, pois o trem não existe mais, aqueles seres estarão lá. E se esconderão quando eu olhar na direção deles, como que querendo me enganar que não existem. A saudade me deixou muito triste. “Fui ao médico me sentindo deprimido”. O doutor receita-me ir ver o grande palhaço El Pagliacci que está na cidade, ao que (EU) o homem respondeu: Mas eu sou o El Pagliacci!”“ Milagres termodinâmicos… eventos improváveis… eu anseio por observar algo assim e, no entanto em cada par humano, milhões de espermatozóides avançam rumo a um só óvulo. Multipliquemos as possibilidades por incontáveis gerações. Junte à chance de seus ancestrais estarem vivos; de se encontrarem; de conceberem esse precioso filho: você,... O pináculo do improvável… Mas o mundo é tão cheio de pessoas, tão repleto destes milagres que nos esquecemos deles… ”


"Difícil perceber o milagre da vida. Tudo que vemos no espelho, é conseqüência de um “Big-Bang” e de um universo em expansão. Para que ansiar pelo improvável, se nós somos o resultado dele? "


“Se você usar preto, estranhos muito gentis e irritantes virão tocar no seu braço e dizer que o mundo não acabou. Eles têm razão. Não acabou. Não importa o quanto você peça pra acabar. Ele gira e derrama azul pelo horizonte, manda ouro pela minha janela, me faz sentir feliz por três segundos, até eu me lembrar de tudo,... Ele gira e empurra as pessoas de suas camas para seus carros e escritórios,... Uma avalanche de homenzinhos desmoronando pela vida,... Todos tentando ignorar o que os espera quando tudo acaba. Ás vezes ele gira e nos joga uns nos braços dos outros. Abraçamo-nos forte, excitados e sorridentes, estranhos atirados num piso rolante. Intoxicados pelo movimento, esquecemos os riscos. Quando o mundo gira... E alguém cai... Entorpecidos pelo choque, só ficamos olhando enquanto eles caem, ficando cada vez menores... “Sumindo de nossas memórias até não serem mais visíveis.” sonhei esta noite:...


uma nuvem passa rápido sobre mim


uma nuvem a cem ou mais metros de altura


uma nuvem veloz uiva a faz ventar forte


uma nuvem de saudade


uma nuvem de almas e tempos que acabaram


uma nuvem de mães, pais, filhos, irmãos, amigos, e desconhecidos... Eu queria caminhar, só pelo prazer de poder andar


como um rio viajando rápido para se encontrar com águas maiores.


não existem mais nomes a chamar e não há mais tempo para nós.


uma nuvem e sua figura me toca


uma nuvem e sua figura me chamam por um nome que desconheço, mas atendo


uma nuvem e sua figura me gelam causando calafrio


uma nuvem e sua figura não me ouvem quando peço para voltarmos á casa Paterna. Uma nuvem e sua figura não se lembram de quando éramos crianças e tudo era melhor


uma nuvem e sua figura não nos vêm chorar?


Como um rio viajando rápido para se encontrar com águas maiores,... Não existem mais nomes a chamar e não há mais tempo para todos nós.

uma nuvem dos que não perdoaram

uma nuvem dos imperdoáveis

uma nuvem de emoções doloridas.
uma nuvem de histórias inacabadas,...

uma nuvem de pedidos não aceitos

uma nuvem de crianças crescidas

Nós não queríamos dor,... Nós queríamos amor. Agora só queremos mais tempo. Desça-nos. Desça-nos já. O que sinto, não é saudade,... É solidão por não compreender a ambição voraz que aniquila o prazer de viver neste Paraíso preparado por DEUS. Que acordemos em travesseiros com cheiro de Macela, com cafés da manhã quentinhos e beijos delicados no rosto,... Suplicamos em desespero, acordemos em Paz e cheios de Amor de verdade. Com o passar dos anos nasceram o Antônio José, o Brasil e quando eu fiz oito anos, nasceu a Maria de Lourdes, a Lourdinha. Os meus Pais exultaram de alegria. E nós seus irmãos, ficamos cheios de dúvidas, mas fomos contagiados pelas emoções e manifestações do seu Tango e da dona Aracy. O sonho do “Alfaiate e da Professora de Bordados” era terem uma filha, a menina que abençoaria a união dos dois. Coisas de pessoas humildes, crentes nas afirmativas de que as bênçãos de DEUS seriam efetivas se nascessem deles uma menina, pois acreditavam que a mulher é a detentora do poder de reproduzir a vida criada por ELE. O lado obscuro de minha vida registra um período de verdadeiro terror, fome, humilhações, e vergonha de ficar exposto aos olhos de estranhos, dada a minha magreza física, roupas envelhecidas e até esgarçadas, que embora completamente limpas, eram remendadas e apertadas para as minhas proporções. E os meus sapatos, desde os sete anos até os dezessete anos de idade, eram bem limpos, porém rotos, quase sem solas e com os saltos bem gastos, que deixavam os pregos expostos. Eu não podia levantar os pés, pois mostraria as solas furadas de meus sapatos, e de meu pé através de um par de meias velhas esburacadas, nem arrastá-los, pois provocavam um som estranho e arranhavam o piso, fosse de terra, cimento rústico ou de madeira. O meu primeiro caderno escolar só tinha dez páginas em branco, com as demais usadas anos antes pela minha jovem mãe quando ainda freqüentava os bancos escolares. O segundo caderno e muitos outros foram feitos de papel de pão e costurados a mão com linha branca da alfaiataria do seu Tango. Como aos três anos de idade, fomos morar no sítio de meu Avô materno em DOIS CÓRREGOS, e iniciamos a apreender a nos virar nesta vida. Pelo orgulho de minha Mãe de não pedir ajuda aos seus próprios Pais, que eram contra seu casamento com o “TANGO”, e a haviam advertido dessa possível situação, passávamos um mau pedaço. Nossos olhos percorriam a fartura que reinava naquele quase paraíso, onde a fome poderia ser disfarçada com frutas, ovos e raízes, além cana de açúcar, arroz e vagens, sem poder tocar em nada. Tudo que era colhido nas terras onde o doutor José Belizário, que também criava porcos, galinhas e algumas centenas de gado bovino, nos era proibida por nossos Pais. Um orgulho estúpido para mascarar o fracasso financeiro do Alfaiate e da Professora de Bordados. Crianças famintas e cheias de esperteza natural, nos aventurávamos em busca do que comer. Nós aprendemos a pescar no Córrego que vinha de um grande represamento artificial, construído em parceria com a “Companhia Paulista de trens” na divisa com outra fazenda vizinha com as terras de meu Avô. Era lá embaixo da grande cachoeira, que estavam os grandes cascudos, traíras, bagres, camarões de água doce e lambaris. A gente tinha de pescar e caçar às escondidas, pois uma provável visita não poderia nos ver nessas atividades que denotariam nossas dificuldades financeiras. Desenvolvemos técnicas de pescar na cachoeira, no Rio do Monjolo e nas matas ao redor da Casa Grande. Pescar na mata? Sim, pescar Aves e até uma ou outra galinha dos milhares criados pelo meu Avô. Desde que não poderíamos pedir alimentos ou deixar que alguém nos visse desfrutando daquele “Banquete da Vida” nos apropriávamos do que pudesse ser conquistado. Pescar qualquer ave implicava em ter uma boa isca, um anzol ou um alfinete que pudesse ser entortado e preso numa linha forte. E alfinete era o que não faltava na casa do seu Tango que era Alfaiate vinte e quatro horas por dia. A galinha, como qualquer ave, ao ser pescada, engole a isca, que vai para seu “papo” que fecha, impedindo que possa cantar. Em silêncio absoluto garantíamos nossa refeição com uma gostosa “mistura de carne de frango ou galinha”. Mas, não era sempre que obtínhamos uma boa refeição, já que quando havia arroz, faltava feijão. Se conseguíssemos legumes, não nos sobrava tempo para pescar, pois as distâncias entre os criadouros e as hortas eram muito grandes. Noutras ocasiões havia a visita de um parente da Cidade de Dois Córregos ao Sítio do Zé do Tanque, ou então chovia forte por dois ou três dias. A gente tinha muito medo de relâmpagos, de cobras, serpentes e outros insetos peçonhentos em fuga das inundações que margeavam a casa, a represa e a mata. Isso tudo nada representava diante da vontade de viver, apreender, vencer e poder no futuro, oferecer conforto uns aos outros e aos nossos Pais. Foi nesse tempo que o seu Tango perdeu a consciência entre o certo e o errado, e começou beber muita cachaça, estimulado por companheiros de Bares e do Armazém do seu Magalhães. Um deles era o Advogado chamado de “Boca Mole” e outros imbecís que sentiam prazer em embriagar o “Homem-artista” que transformava pedaços de tecidos em vestimentas maravilhosas para mulheres e homens. Omitirei seus nomes, pois não merecem serem citados. Quando não queria ir ao boteco, o “Boca mole e seus amigos” o buscavam na alfaiataria e só o liberavam depois de completamente embriagado. Quando ia para casa seu estado chegava a ser deplorável, vomitando à beira da cama e chorando em nossa presença. Foi num crescendo terrível que assistimos assustados, a decadência de nossa sustentação como Família. Éramos torturados por aquele que deveria nos proteger, mas a quem temíamos, uma vez que os vapores etílicos o faziam pensar sermos os culpados por suas frustrações e derrotas. Nós ouvíamos ponderações desconexas de que deveríamos morrer todos de uma tacada só, uma vez que éramos caros. Se houvesse uma mortandade de seus filhos, “Ele” daria uma “chorada só”, além do que poderia fazer outros filhos que lhe custariam menos dinheiro, pois seriam mais novos e poderia alimentá-los sem os gastos de agora. As agressões verbais foram num crescendo e se transformaram outra vez em surras que nos eram aplicadas constantemente, deixando nossos corpos lenhados pelos vergões de seu cinto de couro cru. O meu Jovem pai, o Sebastião, também chamado de “Tango”, o Alfaiate, quando sóbrio era quem sentia as agruras da recessão e racionamentos. Aí então se embriagava e virava uma pessoa desconhecida e monstruosa. Os grandes produtores de cereais, tubérculos, café, arroz, feijão e do gado leiteiro, além dos donos de laticínios e os profissionais especializados, tinham uma situação mais confortável. Isto, em muito nos favoreceu, uma vez que o Tio Feliciano, marido da tia Guiomar irmã de minha mãe Aracy, deu um grande e prolongado apoio a nós, pois era um técnico em pasteurização. Do laticínio onde Tio Feliciano trabalhava obtínhamos gratuitamente desde o leite, até o queijo e a manteiga, oferecidos pelo Pai da “Tapuia e da Mary”. Foi esse querido e saudoso Tio que apelidou o meu irmão caçula o Brasil, de “Botocudo”, Índios guerreiros, selvagens que não se habituavam em andar com roupas. O Brasil, até os cinco anos de idade, se despia e corria para brincar sob as árvores do pomar da chácara do Vovô José Belizário Filho. Com certeza foi um período muito difícil, com a maior parte do tempo sem ter o que comer, pois a minha orgulhosa Mãe não permitia que nos apossássemos dos alimentos estocados na “tulha” da Fazenda. E o que era pior, com medo do retorno de meu pai no fim do dia. Não sabíamos se Ele chegaria sóbrio ou embriagado. Se sóbrio sempre trazia alguma coisa para comermos, e até brincava e nos dava lições de vida e respeito ao próximo. Mas, se falhassem suas tentativas de conseguir dinheiro, se embriagava de tal forma que era impossível dialogar com Ele. E de onde tirava dinheiro para beber cachaça? Minha mãe julgava que os amigos-bandidos de meu pai patrocinavam, ou os vendeiros lhe davam crédito para rodadas diárias de cachaça. E por que não fiavam o alimento para nós seus filhos? Quando me tornei adulto, descobri que basta entrar num bar e quase todos os presentes lhe oferecem cachaça, cerveja e rabo-de-galo. Alimento, leite e pão, todos dizem que não podem oferecer ou fiar. Depois de um tempo, quando os infelizes se tornam dependentes do álcool, ou das drogas, são repudiados e criticados por não sustentarem o próprio vício. Pelos sofrimentos sentidos na própria carne fugi sempre destes “amigos de bar”. Além do que recebi orientação sobre o assunto da minha saudosa mãe, dona Aracy. Os fantasmas da violência pulularam por noites seguidas a minha mente angustiada, me atormentando em todos os momentos de decisões importantes. Sei que poderia ter conseguido melhores colocações e cargos em minha carreira, mas a indecisão sempre me reduziu as poucas possibilidades. Mesmo assim, batalhei, lutei, enfrentei oposições e tive de me humilhar diante de poderosos para conseguir uma pequena chance de vencer barreiras e manter o sustento de minha mãe e irmãos. Não havia justificativa para as seções de tortura e espancamentos, que em geral eram destinadas unicamente a mim, mas impunha uma tortura e terror aos demais membros da Família. Tudo começava com uma convocação de todos ao redor da mesa da cozinha onde nos alimentávamos, e sob a ameaça de morte, nos impunha regras semelhantes às de um prepotente e perverso chefe militar. Sob um tom sério e palavras entre dentes, vinha a ordem seca de contar tudo de errado que havia ocorrido em sua ausência desde a manhã daquele dia, até sua chegada altas horas da noite e completamente embriagado. Éramos tirados da cama sob ameaça de espancamento que se concretizava mesmo tendo sido atendido em sua determinação. A ordem seca e em vós gritada exigia que falássemos, quando então nos mandava nos calarmos. De início um torturante interrogatório onde teríamos de dizer a verdade, e ao respondermos, vinha à ordem de calar. De ficar quieto ou ser assassinado com uma faca de matar porcos, afiadíssima. O que fazer? Falar ou calar? Diante dessa dúvida, era ordenado nos aproximarmos dele. E de relho em riste às suas costas, nos dizia que seríamos castigados e a culpa era só nossa. A cinta de couro cru descia numa velocidade lancinante, zunindo em nossos ouvidos, deixava uma escultura elevada em nosso corpo, sem que pudéssemos chorar ou reclamar. Após a primeira chicoteada, faltava o ar nos pulmões, enquanto se tentava controlar a dor e não reclamar, para não apanhar mais. A ameaça vinha de imediato dizendo que se manifestássemos qualquer som, teríamos as gargantas cortadas pela afiada faca exibida no ato. Eu suportava as surras, sem correr para poupar meus irmãos e minha Mãe daquela fúria insana, perversa e quase assassina. Seus dentes rangiam deslizando de um lado a outro dos lábios serrados num esgar de ódio injusto contra a mulher que se sabia o amava muitíssimo e de seus próprios filhos pequeninos, famintos e amedrontados. Nas vezes que o meu irmão Luiz Carlos ou a dona Aracy, saiam e minha defesa, acabavam sofrendo agressão idêntica. Não era em todas as ocasiões, mas muitas e muitas vezes, depois das surras, que arrancavam soluços lancinantes, nos obrigavam a suportar um banho de salmoura, sob a justificativa de que não teríamos tétano ou infecções nas feridas provocadas pelo couro ressequido e curtido no suor do seu TANGO. O banho de salmoura sempre vinha depois que as lanhadas provocavam rompimento da pele, um fluxo de água sanguinolenta deslizava em direção as calças curtas que vestíamos, pois nos obrigava a tirar a rota, porém limpa camisa. Depois da primeira surra muitos anos atrás, Eu já não sentia mais aquela dor de fazer perder o fôlego, anestesiando cada músculo e ficando distante da realidade presente. Eu dizia em meus pensamentos, que JESUS sofrera muito mais e nunca se acovardou diante dos carrascos. Porém, mesmo assim as lágrimas desciam pela minha face encharcando minha camisa rota. Meu tórax arfava com sofreguidão, minhas mãos tremiam e Eu sonhava com um milagre que nunca veio. Mesmo assim, Eu orava à DEUS: Eu nem sei o que te dizer Senhor. Só posso te agradecer pela ternura, esperança e Fé que tenho em TI PAI de min’alma. No exato momento em que as crises naturais da vida me invadem, um ANJO de DEUS, vem apaziguando e apascentando minhas incertezas e solidão. DEUS me proteja de minhas iniqüidades e covardias, impedindo que o SENHOR se envergonhe de minhas atitudes, fraquezas, vaidades e ambições exageradas! Na escola, colegas e professores me acusavam de moleque desobediente, já que constantemente apresentava sinais de surras severas. Não havia motivo algum para tais punições contra crianças que não brincavam nas ruas e não causavam problemas dentro de casa. Nós não brigávamos entre nós, não quebravam copos, pratos e não respondíamos malcriadamente aos mais velhos, além nunca pedirmos doces, guloseimas ou brinquedos. O nosso NATAL era de uma pobreza miserável e desconhecíamos as festas de fim de ano. Desde a mais tenra idade nos vivíamos envoltos num drama imensurável, com medo de quem nos deveria defender, da fome prolongada e indescritível, e além de tudo humilhados pelos parentes e conhecidos que nos nominavam de escória. As noites intermináveis eram povoadas de medos terríveis, soluços sufocados nos travesseiros encharcados por lágrimas incontidas. Nós quatro irmãos, pois a Lourdinha, ainda não havia nascido, como todas as crianças, brincávamos antes de dormir com risadas e pegadinhas verbais, testando a superioridade individual de cada um. A nossa Mãe, sempre atenta, nos advertia que o trovão ribombava próximo, calando nossas vozes e cessando qualquer brincadeira. Trêmulos, nos encolhíamos sob as rotas cobertas e em pouquíssimos segundo estávamos profundamente adormecidos. O mundo dos sonhos sempre foi muito melhor que a absurda realidade vivida então. No começo não havia luz elétrica na casa grande, onde morávamos, mas seu piso de madeira era bem elevado criando um grande, escuro, inexpugnável e misterioso porão. Havia também um cômodo de uns dezesseis metros quadrados, que não nos era permitida a entrada. Nós acreditávamos que ali residiam os “Gnomos”, aqueles anões de Jardins e Florestas, ou que meu avô escondia pedras preciosas, ouro e prata, ou ainda que um grande Mágico tivesse encarcerado ali um “Monstro” peludo que vagava pela floresta em busca de vítimas, como mulheres e crianças. A gente nem ousava falar no assunto perto dos mais velhos, que além de meus pais, eram muito raros por ali. Só o meu avô e meu pai entravam naquele cômodo, e só ascendiam à luz depois de fechar a porta por dentro. Ao saírem, primeiro apagavam a luz e depois abriam a porta para poderem sair pelo espaço que só dava para um corpo de adulto. A porta era larga, mas apenas era aberto cerca de dois palmos e meio, não dando chance de se espiar por algum vãozinho qualquer. Hoje, penso que era uma privada com foça negra coberta com tábuas de madeira e um buraco quadrado para as necessidades fisiológicas dos habitantes da casa. Em “1.944” a Segunda Guerra Mundial dizimava milhares de vidas na EUROPA, enquanto faltava trigo, sal de cozinha, açúcar, chá, café e remédios. A sífilis, a blenorragia, a tuberculose, a lepra como era chamada a doença identificada pelo médico sanitarista que lhe deu o nome de “Mal de hansen”, e hoje denominada “HANSENÍASE”, graçavam pelo mundo. Foram dias terríveis com o racionamento dos principais alimentos, de energia elétrica, de combustíveis e até de medicamentos. As Emissoras de Rádio, os Jornais e as pessoas só falavam na Segunda Grande Guerra Mundial. Os jovens eram arregimentados para engrossarem as frentes que seriam destinadas à Itália, mais precisamente na Região de Monte Castello, onde se travaria a mais feroz e voraz batalha, que dizimou muitas vidas preciosas. O Governo Brasileiro foi induzido a entrar na guerra, depois que “submarinos”, ou alguns destróiers, atacaram Navios brasileiros em Águas Nacionais. Claro que a grande vontade de vencer, aliada ao interesse por leituras me deu a chance de me tornar especializado em várias áreas. Ao ler “SIGMUND FROID”, aprendi conhecer o caráter das pessoas, até antecipando suas decisões, que elas próprias desconheciam. No dia dezessete de setembro de 1.957, depois de ser explorado por um segundo Dentista que me fez aperfeiçoar os conhecimentos sobre prótese dentária, que adquiri do Doutor Joaquim de Souza, marido da tia Isaura, fui procurar emprego na Rádio Bandeirantes, aonde cheguei por volta das vinte e duas horas. Falei um monte de besteiras no ar e pedi humildemente uma chance de emprego no Programa do Rubens Moraes Sarmento. O Diretor Artístico (Broadcasting), Henrique Lobo, estava ouvindo a Emissora a caminho da Rua Paula Souza, 181-quarto andar, e decidiu que Eu supriria a vaga de um Locutor que fora despedido por constantes atrasos ao horário diário de trabalho. Eu, enquanto trabalhava com o Doutor Francisco Brecht Fernandes, também trabalhava como Locutor de serviços de alto-falantes, e fazia propaganda em comitês políticos. A minha experiência anterior com microfone foi em 1.949, quando um professor primário, o senhor Homero Pulls, que era Diretor da Rádio Cultura de Dois Córregos, e convidou para ler aos domingos, trechos do livro “NAVIO NEGREIRO de CASTRO ALVES”. Foram vários domingos seguidos, e Eu deixava o Programa trêmulo e suando muito, mas satisfeito por ter sido ouvido por inúmeras pessoas. Eu tinha nove anos de idade, e dois anos antes tinha descoberto o Rádio. Foi numa noite muito quente de dezembro, que minha mãe mandou, pela primeira vez, eu ligar o aparelho com aparência de uma Capelinha. A luz, em fora de um olho humano e esverdeado foi se ascendendo numa espécie de olho no alto do painel, enquanto aquela voz masculina dizia: “Prezado ouvinte boa noite. Aqui fala o seu Repórter ESSO, testemunha ocular da história e dos revendedores ESSO no Brasil”. Bastou isso, e Eu fiquei encantado. Declarei para a minha mãe que desejava fazer aquilo ali que o homem estava fazendo. A dona Aracy, sempre sorrindo, me disse que se eu estudasse conseguiria chegar até onde estava o Locutor ERON DOMINGUES. E na época, quase dez anos depois, Eu iniciava na Rádio Bandeirantes a apresentar o Programa Varig é Dona da Noite. Recomendado pelo Rubens Moraes Sarmento, Eu também ficava responsável pela leitura de hora em hora, das notícias elaboradas pelo ALEXANDRE KADUNK. Foi ali mesmo na Rádio Bandeirantes, que conheci os nomes mais famosos da música popular brasileira. Ali, também dividi os microfones com os mais famosos Locutores do Rádio e da Televisão, que começava a se definir no alto do SUMARÉ, a Cidade do Rádio. Na inauguração da Teve TUPI-DIFUSORA, alguns anos antes, EU estava lá com minha mãe, dona Aracy, e meus tios Sinésio e Enedina Mingante. Nélson Gonçalves e Adelino Moreira eram destaques como cantor e compositor, que ganhavam popularidade dia a dia. O cantor e compositor descalço, o menestrel maldito Juca Chaves começava a se destacar, com seu primeiro sucesso “POR QUEM SONHA ANA MARIA”; Ângela Maria, aparecia algumas vezes por mês, tendo a tiracolo o Agnaldo Timóteo, enquanto o Agnaldo Rayol despontava, ao lado de Wilma Bentivegna, no Programa Homero Silva o CLUBE PAPAI NOEL. O grande Arranjador e Maestro Silvio Mazzuca, trabalhava na Rádio Bandeirante. Muitos outros nomes passaram por ali, e depois nos encontramos em outras Emissoras por onde também trabalhei. No dia 17 de setembro de 1.962 pedi demissão da Rádio Bandeirantes, por vários motivos de ordem particular, inclusive por discordar dos Discotecários Teodoro Batista e José Carlos Romeu, que cobravam uma espécie de pedágio para tocar as músicas na Programação diária da Emissora. Outro motivo foi o fato de não mais querer que meu Pai me localizasse na porta da Rádio, como o fizera nos meses anteriores. Eu tinha deixado a casa de meus Pais, pois não desejava mais ser submetido aos espancamentos e participar das brigas injustas, desnecessárias e sem motivo algum que se repetiam sempre nos fins de semana. Brigas causadas pela embriaguês que se dava toda vez que o seu Tango recebia o seu salário na Alfaiataria na Praça Vista Alegre. Além da tortura de ouvir blasfêmias, palavrões, ofensas as mais variadas e contra todos, havia a secção de agressões físicas contra quem estivesse em casa. Isto me causava uma enorme vergonha, pois aos dezessete anos eu tinha colegas e amigas que uma delas poderia vir a ser minha namorada. Eu já tinha residido no Laboratório de Prótese do Doutor Francisco Brecht Fernandes, e ao ir para a Rádio Bandeirantes, morava numa pensão na Avenida Senador Queiros, e foi naquela tarde que fui a Farmácia da Vista Alegre telefonar, que conheci minha primeira namorada e por seguinte minha esposa. De imediato Eu sabia que estava entrando numa roubada, mas preferia enfrentar uma sogra indiscreta e uma jovem de pouca cultura, que um Pai que se tornava violento ao se embriagar. Eu desconhecia as implicações e compromissos de uma união verdadeira e documentada e fugi covardemente para pular do fogo para a panela de água morna que acabou fervendo. Também acreditava que elas poderiam mudar o comportamento e todos ao seu próprio modo, e cada um no seu canto e serem felizes. Eu estava completamente enganado, mesmo porque acabei pulando de galho e galho, criando cada vez mais dificuldades para minha vida conturbada. Porém, o que resultou foram os meus filhos e filhas as verdadeiras flores em minha existência, como um doce presente de DEUS. Eu os vejo como um prêmio pela existência cheia de lutas, embates injustos e covardes traições dos que me cercavam. Meus Filhos e Filhas: RAZÃO de Viver



WAGNER DE CARVALHO LAS CASAS






Wagner de Carvalho Las Casas, foi o terceiro filho a chegar em minha vida. Foi num momento de muita luta diante de uma vida que me oferecia a maior angústia que um homem pode enfrentar. Até um mês antes de seu nascimento Eu estava empregado na maior empresa de comunicações do Brasil. No dia de seu nascimento, em dezoito de outubro de 1.967, não havia sido estabelecido o valor que Eu receberia pela rescisão contratual nos Diários e Emissoras Associados, e não tive dúvidas, chamei uma Radiopatrulha da Força Pública, e fomos para o Hospital Santa Terezinha em São Miguel Paulista. Depois de seu nascimento, fui caminhando para casa, pois não havia mais ônibus naquela hora da madrugada, e não havia dinheiro para coisa alguma. O Wagner me deu inúmeras alegrias e foi sempre um grande companheiro que me acompanhou a quase todas as partes por onde Eu andava. O meu menino, um dia me pediu que lhe comprasse um ônibus da Empresa Mogi das Cruzes, claro que lhe dei um carrinho de brinquedo. Anos depois Ele passou a querer operar a mesa de som da Rádio Tupi, onde Eu apresentava o Grande Jornal Falado Tupi. E o garoto com apenas sete anos de idade, me surpreendeu, tendo operacionado a mesa de som durante cinqüenta minutos sob supervisão de Onofre Favotto. Hoje, o Meu garoto é um dos melhores Sonoplastas que conheço um grande Estofador de Móveis e interiores de veículos. Deu-me quatro lindos e inteligentes netos no seu primeiro casamento com jovem Rosineide Moraes. O mais velho é o Vinicius de Moraes Las Casas; depois vem o Víctor de Moraes Las Casas; o Douglas Henrique de Moraes Las Casas e a caçula é a Lara, nascida de um segundo casamento com a jovem Laudiane.


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ANDRÉIA DE CARVALHO LAS CASAS, a menina de vestimenta mais escura ao lado da mais velha, a Gerly, quando Elas tinham menos de cinco anos de idade. Na segunda foto a Andréia é a que se encontra entre a Gerly e o Wagner.






Andréia de Carvalho Las Casas, a segunda filha entre os meus dez filhos muito amados, me faz muitíssimo feliz e realizado, pois me deu seis netos e netas inteligentes, lindos e educadíssimos. A Andréia, chegou muito perto de ser uma professora diplomada, mas na verdade tem o conhecimento e a cultura dos mestres ao tratar com os meus netos, que com certeza são pessoas iluminadas por DEUS. Guardo ótimas recordações da infância florida destas, que serão eternas crianças para mim.


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Meus filhos e filhas são flores que enfeitam os caminhos de minha vida. São pérolas caríssimas e raríssimas que enriquecem o meu mundo. Eles são a recompensa pelo meu trabalho digno, diuturno e ininterrupto desde o princípio desta doce existência que agradeço ao Bom DEUS por ter me permitido desfrutar plenamente. Posso não lhes ter dado tudo que mereciam, mas lhes ofereci com prazer e enorme satisfação tudo o que tive ao meu alcance.


Postado por Gésner 1º Las Casas Brito às 18h38min


Marcadores: RAZÃO de VIVER






terça-feira, 20 de outubro de 2009


Meus Filhos e Filhas: RAZÃO de Viver:


LUIZ CARLOS LAS CASAS de BRITO SOBRINHO:






Luiz Carlos Las Casas de Brito Sobrinho, um filho por quem lutei muito, até vê-lo formado um homem de bem. Mas, valeu a pena, uma vez que se a Alma não é Pequena, parafraseando Fernando Pessoa, SEMPRE VALEU A PENA. A ingerência externa em minha vida colocou a existência deste menino em risco, mesmo antes do nascimento. À exemplo de outros meninos cheios de criatividade, Ele não apreciava ficar preso as regras e hábitos que cerceassem seus movimentos. Portanto, criou inúmeros problemas aos Pais e Mestres. Possuidor de uma inteligência invejável aprendeu com rapidez e criou métodos de assimilar novas matérias escolares, e habilidades artísticas, além de artesanatos múltiplos. Pela habilidade com os dedos e agilidade de pensamento, se tornou um excelente Radialista como Sonoplasta e Operador de sons em gravações. É Pai de três lindos filhos, resultado do casamento com a jovem ANDRÉIA. Duas meninas e um menino: o mais velho é o Phelippe, a Alinne é a segunda e a caçula nascida em novembro de 2.008, é a Wanessa.


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Postado por Gésner 1º Las Casas Brito às 10:13


segunda-feira, 19 de outubro de 2009


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Meus Filhos e Filhas: RAZÃO de Viver


GÉSNER LAS CASAS de BRITO FILHO: (nestes dias que antecedem as Festas de Fim de ano de 2.009, encontrei na INTERNET um texto que acredito ser de meu querido filho Gésner Las Casas de Brito Filho) LEIA E ENTENDA:


“UM HERÓI RETORNA AO LAR”


Saindo das brumas da História ele retornará


Embarcações cruzam o mar com destino a uma canção de feridos


Sinais de um salvador e de fogo sobre a água


É pelo que nós rezamos, ele é um dos nossos!


Profundamente no coração das trevas brota um sonho de Luz


Rodeado por desespero ele encontra a vontade de lutar


Não há rendição, apenas lembranças


A História não termina aqui, não estamos sós!


E Ele voltará numa maré vermelha


Vivo ou morto


E apesar de sabermos que a ponte foi queimada


Ele retornará... Ele retornara!


Espere, pois, apesar de sua longa jornada,


Um Herói sempre retorna ao Lar


Ele vai aonde ninguém jamais foi


Mas um Herói sempre retorna ao Lar


Algum dia sua face será esculpida em pedra


E o Herói retornará ao Lar


Ele irá e retornará sozinho


Pois um Herói sempre retorna ao Lar


Apenas espere, pois apesar de sua longa jornada,


Um Herói sempre retorna ao Lar,...


Atualizações de Sir Gésner Las Casas (de Brito Filho)


Outra publicação de Sir Gésner Las Casas


SE


Se eu fosse um cisne, eu estaria morto


Se eu fosse um trem, eu chegaria atrasado


E se eu fosse um homem bom


Eu falaria com você com mais freqüência


Se eu fosse dormir, eu poderia sonhar


Se eu tivesse medo, eu poderia me esconder


Se eu enlouquecer


Por favor, não coloque seus fios em meu cérebro






Se eu fosse à lua, eu seria ameno


Se eu fosse um livro, eu me dobraria


Se eu fosse um homem bom


Eu entenderia as distâncias entre os amigos


Se eu estivesse só, eu choraria


E se eu estivesse com você


Eu iria para casa e secaria


E se eu enlouquecer


Você ainda me deixará participar do jogo?



Se eu fosse um cisne, eu estaria morto


Se eu fosse um trem, eu chegaria atrasado outra vez


Se eu fosse um homem bom


Eu falaria com você com mais freqüência


Publicado por Sir Gésner Las Casas (de Brito Filho)






Gésner Las Casas de Brito Filho, com certeza uma criatura abençoada por DEUS. Trata-se de um jovem inteligente, um filho de quem me orgulho, pois sempre se saiu triunfante nas empreitadas a que se dedicou. Tem múltiplos conhecimentos e capacidade de aprendizado superior a média geral dos meninos de sua época. Filho dedicado, exagera no ciúme com tudo que o cerca, é incapaz de injustiças ou atitudes covardes. Com certeza será um vencedor e um forte candidato a deixar uma marca indelével na "História da Humanidade". Se praticar o altíssimo grau de amar que seu Espírito detém, com certeza será um "Gênio" em seu tempo. (Aqui na foto com a querida AVÓ Maria-Waldice-)


Postado por Gésner 1º Las Casas Brito às 17h55min


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Se você desejar pode mostrar minhas palavras à destinatária de minha saudade: No limiar do tempo, nas horas escuras observei tudo sem luz e só ouvi os passos do meu passado remoto. Era o tempo inexorável correndo em direção ao fim da longa jornada ainda inacabada. Lá fora de minas paredes trancadas em portas e janelas, passos apressados conduziam um homem, que em silêncio gritava interiormente contra o tempo veloz. A minha mão solitária procurou um corpo quentinho e muito feminino que deveria ocupar àquele lugar. Agora o lugar vazio estava mais que frio e por perto um felino de verdade se acomodou junto de minha perna claudicante que doía gelada pela pouca circulação. Acordei ouvindo em minhas lembranças quase adormecidas tua voz serena a me chamar como antes numa abreviação de fofura em "FÔRÊ". Meus gestos lerdos e decepcionados acompanharam minha voz embargada que lamentou tua ausência imperdoável, mas evidente e concreta. Conclui então: TENHO SAUDADE DE VOCÊ MULHER DA MINHA VIDA!


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Meus Filhos e Filhas: RAZÃO de Viver


GERLY de CARVALHO LAS CASAS:






Gerly de Carvalho Las Casas, a primeira entre minhas meninas, e a primogênita entre os dez filhos, que sempre desejei registrar como Gerly Las Casas de Brito. Por imposição de pessoas mais velhas e por Eu ter fraquejado na hora do registro no Cartório, acabou sendo no formato inicial, o que desagrada a minha menina. Mas a GERLY, é uma filha muito amada, com ideais bem definidos, e com uma formação moral e caráter altamente elevado. Ela é muito dedicada aos irmãos, sobrinhos e aos demais parentes, além de aos seus alunos, já que é uma Professora maravilhosa e mulher linda e atraente.






A GERLY a de saia amarela, aqui ladeada pela Mãe Arly (1º); Gislaine irmã formando e Danielle


Postado por Gésner 1º Las Casas Brito às 15:27


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Meus Filhos e Filhas: RAZÃO de Viver:


RAFAEL LAS CASAS de BRITO: uma pessoa muito especial por suas qualidades morais e alto grau de Justiça equânime numa imparcialidade invejável,....






Rafael Las Casas de Brito, outro filho muito querido. E posso chamá-lo de caçula, já que foi o mais novo a chegar a minha vida. Também é Músico, Desenhista, Comunicador, Administrador Bancário e desenvolve múltiplas atividades operacionais na vida diária. Ele também me deu uma linda neta, fruto de seu casamento com a jovem Karen Matheo Las Casas. A Júlia Matheo Las Casas, um presente de DEUS para nossas vidas. Rafael, é um dos filhos mais emotivos e racionais que tenho. Seu equilíbrio emocional demonstra um amadurecimento para a vida que chega a ser invejável, já que vive o momento presente com olhos no futuro.






O RAFAEL, como os demais filhos e filhas já perpetuou o nome da FAMÍLIA com a vinda da JÚLIA MATHEO LAS CASAS


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LETÍCIA LAS CASAS BRITO, que um dia quiz ter no sobrenome a terminologia "FILHA":










Letícia Las Casas de Brito, é a minha quinta filha entre as meninas no meu segundo casamento. Trata-se de uma jovem plena em ideais e desejosa de estabelecer fronteiras infinitas para desbravar o mundo. Meiga, feminina e dócil como toda mulher inteligente e bela não perde a chance de dizer com sabedoria o que mais deseja com ardor de uma militante determinada. Ela foi desejada como filha, mesmo antes de ser gerada. Foi programada como a irmãzinha que faria companhia ao outro filho mais velho de meu segundo casamento com a jovem Célia Regina Feitosa. Mesmo antes iniciar a pronunciar as primeiras palavras, essa menina dizia com suas palavras inventadas o que queria ter. Para pedir os chinelinhos, pedia o "NORSA"; o Rafael, era o "BRAVA" e não se fazia de rogada na hora do almoço.


Estávamos reunidos e felizes nos anos noventa e pensávamos que tudo duraria para sempre.


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GISLAINE ARLY de CARVALHO LAS CASAS:






Gislaine Arly de Carvalho Las Casas, a quarta filha entre as meninas no meu casamento com a jovem Tereza Arly de Carvalho. Ela nasceu sorrindo e demonstrava estar feliz por ter vindo ao mundo, que naquele momento me parecia enlouquecido. Eu tinha de administrar cinco empregos, a distância enorme entre a nossa casa a sede dos Diários e Emissores Associados no Sumaré. O nascimento de outro filho (o Luiz Carlos) numa ligação extraconjugal conturbou um pouco nossas vidas já desorganizadas pelos atrasos de pagamentos salariais. (Mas, esta é outra história.) Falávamos da Gisliane Arly, uma de criatura cheia de confiança em si própria, portanto independente. Essa menina não pode ser enganada, caso contrário se transfigura numa fera indomável, cuja manifestação dificilmente se pode controlar. Porém, estabelecida a confiança, se doa inteiramente.






Gislaine Arly, meiga como um Beija-flor para os amigos leais. Mas, enraivecida como uma ONÇA se traida ou ferida em seus sentimentos. A "Gislaine" não tem "papas" na língua e se provocada pode desfilar palavras não muito agradáveis à qualquer pessoa.


Postado por Gésner 1º Las Casas Brito às 12:54


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Meus Filhos e Filhas: RAZÃO de Viver:






Ao lado d'água borbulhando vida, a música motiva minhas recordações e posso detalhar pensamentos que vicejam na opulência de minhas lembranças mais antigas. Objetos escolhidos com carinho adornam o ambiente que aquece meu coração e refrigera min'alma empedernida.






Reconhecidamente sou o Pai de dez seres humano, cinco meninos e cinco meninas encarregados de perpetuar a vida sobre a Terra. Ao longo do tempo irei anexando suas fotos neste espaço, onde poderei exibir com orgulho meu desejo de viver para sempre neste Paraíso criado por DEUS.


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DANIELLE de CARVALHO LAS CASAS: a quarta menina na foto.






DANIELLE de Carvalho Las Casas, a quarta filha entre as meninas, sempre me trouxe alegrias e ternura imensa. Emoção que se ampliou muito com o nascimento de meu amado neto Guilherme José. O pequeno grande homem, gosta de estudar, ama a Família, por índole própria respeita os mais velhos e cultiva um relacionamento elevado com colegas e amigos que crescem em número todos os dias. O meu NETO reflete os ensinamentos adqüiridos de minha filha DANIELLE. Os animais têm um lugar especial em seu coração desbravador dos mistérios da vida, o GUILHERME JOSÉ.






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GÉSNER de CARVALHO LAS CASAS, ou simplesmente GÉSNER LAS CASAS ROCK, um gênio da música POP:






Gésner de Carvalho Las Casas, um Artista do ROCK respeitado e muito amado por seus Fãns e especialmente por este Pai orgulhoso. Também, me ofereceu a chance de perpetuar nossa vida com uma neta linda e inteligente, a Jeniffer, fruto de seu casamento com a jovem ANDRÉIA, xará de sua irmã. Uma linda menina que certamente se tornará uma mulher maravilhosa e me dará orgulho de suas realisações pela vida inteira.






GÉSNER LAS CASAS ROCK, um grande homem que para este PAI orgulhoso será sempre um menino-Músico Cantor Compositor e Guitarrista






Postado por Gésner 1º Las Casas Brito às 09:35


FILHOS E FILHAS minha RAZÃO de VIVER


domingo, 18 de outubro de 2009


O GÉSNER LAS CASAS ROCK, e a ANDRÉA, educam com muito carinho e respeito a minha querida neta, a


JENNIFER, que convive muitíssimo bem com o Guilherme, e os quatro filhos do Wagner.










SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO OBSERVADO, COM CERTEZA!


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 AQUI MAIS UM PEQUENO TRECHO DE MEU LIVRO:                                 RETALHOS D'ALMA
Os dias que se seguiram, foram cercados de grande angustia e muitas privações. As longas e inúteis caminhadas; os sorrisos falsos e a falta de coragem de dizer modo de contrariar o sindicato; os amigos que se esqueceram dos favores e até o desprezo dos que nasceram como eu, da mesma mulher e o meu compadre que ao primeiro grito, pulou ao mar, ao estilo dos ratos. Mas nasci homem e como tal viverei e irei marcar uma trajetória para a eternidade. Um proscrito procura refugio junto a um seu igual. E lá fomos buscar apoio. Um canalha e dissimulado embusteiro.


Acho que todos podem entender a expressão: CANALHAS COM AS MULHERES, já que todos têm a capacidade, se o quisermos, de poder envolver uma mulher e não lhe darmos nada do prometido e não a deixarmos em condições de reclamar o prometido. Assim o é WILTON TUPINAMBÁ FRANCO, porém como não sou mulher e apenas queria-lhe vender meu trabalho de Jornalista (Reporte Policial); de Radialista (locutor e apresentador), e Escritor como produtor fui procurá-lo. Nos primeiros dias nada de anormal, isto é, fui tratado com respeito e pude apresentar um bom trabalho. Quarenta dias após ter iniciado como repórter policial e apresentador em “O POVO NA TV’’ entendi o motivo de todos serem unânimes em considerar WILTON FRANCO, um grande ARTISTA. O homem teria por base a defesa dos direitos das pessoas em seu programa. Porém, o OBSECADO SEXUAL tinha determinado que pagassem para todos os novos Repórteres cerca de cinqüenta por cento do salário real e tive de suportar esta situação por três meses. E ao final para receber apenas parte do que era devido tive que fazer um acordo na justiça do trabalho. Não posso precisar se foi em 1974 ou 75, que Wilton Franco me foi apresentado, sua resposta ao meu muito prazer foi: “sou filho de umbanda, e filho de umbanda não cai! vê se você procura um bom centro e... Depois vem me ver. Você tem possibilidades na TV! Até hoje não entendi e tenho a nítida lembrança de tê-lo considerado meio louco. Após a estranha apresentação, o diretor de Programas, magro como um traço negro na vertical, de botas pretas de saltos altos, camisa aberta para mostrar um medalhão dourado preso a um cordão também de ouro, saiu abraçado a uma jovem linda (era o que se pode dizer, muito boa) e após alguns passos, apenas virou a cabeça sobre os ombros e fez um gesto significativo de como dizendo; veja como estou de mulher, péssimo não? Sete dias depois fui fazer locução em “off’’, no programa HEBE CAMARGO. Os vinte ou trinta encontros que mantive no palco da TV TUPI com esta apresentadora me fizeram ter a melhor lembrança que se pode ter de uma colega de trabalho. Ah o diretor da Hebe era o Wilton e além de meio louco passei a achar que seu trabalho ia além do razoável. De TV ele entende. É quase um gênio. E lá estava a dona boa, participando de programas dos Trapalhões. Não fazia nada, e nem precisava. Só de aparecer de Biquíni era um show. Seu nome parece que era Ana Paula. E quer saber mais, não vou falar das muitas e muitas mulheres que vi beijarem intimamente o Magro. Nem falarei da lâmpada vermelha na porta de sua sala, isto já em 1982 Vila Guilherme. lâmpada vermelha acesa é sinal que o chefe esta trocando o óleo, diziam todos. Outra coisa surpreendente no diretor narcisista é o fato de manter como diretor de produção e financeiro em São Paulo o Frustrado Fellipe Wepper, um bêbado sem educação. Até mesmo nas primeiras horas do dia, o danado já estava bem alto e todo irritado e bastava achar que alguém iria receber mais atenção que ele, tanto do Wilton Franco como do Werson Franco, para que desse coices até na sombra do infeliz. Fellipe Wepper, bêbado, ou não; grosseiro ou um neurótico, este Exu Encarnado praticou uma infinidade de injustiças. O temido e odiado Fellipe Wepper, quase todos os dias, por volta das oito e trinta, adentrava o corredor interno, vindo do pátio de estacionamento, ostentando a pança grotesca, mostrada pela camisa desabotoada e fora das calças. Queixo erguido, barba mau feita, ou sem fazer, já com aquele olhar leitoso dos bêbados e buscando um ponto atrás do objeto a sua frente. Rosto macilento, e voz pigarrenta iniciava o dia sempre ofendendo alguém. Um observador mais atento, notaria seus ardis, gestos, sorrisos e mesuras ao cruzar com pessoas em melhores cargos. O velhaco não era respeitado nem por seus iguais, que usavam da suas patifarias para atingir certos objetivos, apenas se valem de sua falta de caráter, temendo seguirem a trilha direta da injustiça e o vigiavam. Certos de que podem ser atraiçoados pelo Caradura. Por falar em Caradura e Filhadaputismo, quero dizer que na TVS ou SBT, não se faz nada às claras e se procura sempre burlar a vigilância de alguém atingido por uma ação injusta, ou mais enérgica. Para que seu autor fique à sombra do anonimato. Isto tudo é reflexo da orientação vinda de cima do grande embuste que é o grupo Silvio Santos, composto por 45 empresas geridas por testas-de-ferro, que encobrem a ação direta do gigantesco Camelô, que se locupletasse mais e mais da credulidade popular, explorando as fragilidades familiares, institucionais e comunitárias, geradas de uma crise sem fronteiras e alimentadas por um sistema de propaganda que mantém cada individuo no erro, submisso e comprometido com o vampirismo que o destrói. O fato deste “sistema’’ sobreviver deve-se a “aparência legal’’ de um método de operação que proporciona impunidade aos criadores de uma forma ardilosa de negociar e que faz só um lado, e sempre o mesmo, obter vantagem. Não entendo e não quero entender o motivo da inércia que impede a ação fiscalizadora e punitiva contra o engodo praticado pelos vendedores de mentiras em forma de Carnets e a inexistência de um órgão ou autoridade que possa impedir a falsa promoção em torno da Liderança e do Baú, que prometem prêmios a todos que adquiram seus Carnets e os paguem em dia. Não vamos também entrar no sistema interno denominado de subdivisões com numeração para separar certos movimentos de caixa: Empresa nº 54, por exemplo. Mas creiam, mesmo que apresentemos aqui provas, escriturais com o sangue das vitimas deste onzenário, nada será feito, já que até aqui apenas se pode notar a permissividade que ladeia o esbulho gaiato aos domingos na televisão, invadindo sem respeito nossos lares, como o fazem os vagabundos e prostitutas nos bares e botecos suspeitos. A luta para sobreviver sem emprego e perseguido por uma corja de canalhas e embusteiros de um falso sindicalismo de esquerda radical se tornara atroz. De radialista e jornalista, fui para a venda de bugigangas, geladinho, pudins, coxinha e bolinhos de carne com ovos. Traído por amigos-chefes e diretores de Rádio, Teve e Jornais, recebi o desprezo até de meu irmão, também Radialista, que não concordava que eu permanecesse trabalhando, enquanto a maioria, desconhecendo a verdade do movimento paredista, fazia greve. Só com esse embuste, o “Senhor Abravanel’’ poder obter o “SBT’’ canal 4. Fiquei fora do Rádio, da Teve e jornais, até o dia 10 de junho de 1985, um dia, após orar a Deus por um emprego e sonhar com clareza com o endereço da Rádio Difusora do Brasil limitada, sem nunca ter ouvido falar de tal lugar. Foi um verdadeiro milagre de fé, com revelação divina. Ma radio Difusora, conheci pessoas muito boas, de caráter impecável e alto grau de profissionalismo, como o locutor redator, professor e advogado Olavo Marques, o jornalista, político e empresário Arnaldo Sacomani, o novelista Waldemar Ciglione, o radialista, Márne Barcelos, o radialista, jornalista e astrólogo, Cícero Augusto. Reencontrei o grande colega, Rubens Morais Sarmento, o locutor da voz rouca, Enzo de Almeida Passos, o diretor e apresentador, Dárcio Campos, o irreverente e inigualável, Cristóvam Barros de Alencar, o locutor e redator, Antonio Carlos dos Santos ou o “Leon Santos’’. E ainda uma maravilhosa redação de trabalho e amizade com o Dr. Paulo Masci de Abreu, diretor, proprietário da Difusora, que depois de algum tempo passou a ser a “Super Rádio Tupi’’. Foram dias muitos bons de coleguismo, realização profissional e luta por um sonho que não acabou, e preparação de arte de informar, educar, e prestar serviço. E prestar serviço ao público ouvinte é obrigação dos Comunicadores. Mas, o que é bom durou só até o dia 15 de março de 1993, quando o próprio “satanás’’ encarnado num homem de instinto perverso deixou o horário da madrugada e por força de um contrato “Leonino” para ele ocupou o horário das nove horas da manhã, até as 12 horas e da meia noite às 3 horas da madrugada. Para este falso jornalista e radialista, não importa os seus registros profissionais, diploma de advogado e mandato parlamentar, entrar no ar, o pretenso diretor comercial da rede Tupi de comunicações, Luiz Carlos Patrício, e seus sequazes, tiraram do ar diversos e excelentes profissionais, entre eles o Adauto Francisco, o Jota Rodrigues, o Radialista e Empresário, Dario Costenaro, o policial militar e Deputado Estadual, Roberval Conte Lopes, e muitos outros. A farsa do programa policial de utilidade pública acabou com a briga comercial entre o “capeta’’ e apresentador Afanásio Jazadge com o dono da Tupi, doutor Paulo de Abreu. É incrível como um homem pode ser tão medíocre e desavergonhado, como o foi este deputado Afanázio. Durante meses a fio, por força de uma liminar da oitava vara de justiça de Santana, aquele “anfíbio da lei’’, se manteve no ar, ofendendo, mentindo, caluniando, injuriando, além de forjar falsas acusações a quem quer que se atrevesse respeitar as determinações patronais do Dr. Paulo Abreu. Todo o drama vivido por nós da Super Tupi, era um plano diabólico do Afanázio, para motivar a opinião pública, com o fito de obter votos nas eleições de 1.994. Um deputado fracassado, ele precisava criar uma situação, onde ele, Afanázio, figurasse como vítima. Em sua ambição desmedida, o hipócrita, chegou as raias da canalhice desavergonhada, fazendo ameaças aos funcionários da Tupi. Atacou o Dr. Paulo Abreu e sua esposa, ofendeu operadores de som e suas famílias, iludiu outros funcionários da emissora com propostas de proteção e emprego. Tão logo e técnico de som, e assistente de diretor artístico, Gerson Ferreira da cruz, uma grande capacidade criativa, mas um imperdoável extremista de esquerda e o discotecário, programador e comunicador Antonio Roberto Mega um excelente administrador de recursos humanos, aceitaram as imposições do insano estrategista de inquietação e desgaste emocional, tiveram uma vaga temporária na produção de sua empresa Comunicapress. Pensavam-se estar empregados e seguros se enganaram. Em dois ou três meses, no Máximo em quatro meses foram despedidos. O maquiavélico repórter policial e política, com seu ego repleto de ambição de poder e imunidade que lhe concedia a tão almejada impunidade, se recontorcia de desespero, pela possível perda de prestigio diante da repercussão da invasão do prédio da Super Tupi, em 22 de outubro de 1.993, quando aguardava no distrito policial a presença do Dr. Paulo de Abreu e do deputado estadual Dr. Wadir Helú. Prepotente e em desacordo com a realidade, Afanásio, vociferava na delegacia que iria fazer autuar em fragrante, e mandar recolher ao xadrez, por desobediência os funcionários da emissora de radio que ousavam obedecer o Dr. Paulo Abreu, contrariando sua vontade, que era ofender o dono da Tupi, sua esposa dona Lucy Rotchild Abreu e seus funcionários, Vagner de Carvalho, José Fernandes Manhã e Gésner Las Casas. Os funcionários da Tupi, apenas “copiavam em outras fitas’’ o programa, previamente gravado do Afanásio, deixando de lado as ofensas. As fitas de áudio originais do programa do Afanásio, jamais foram alteradas ou danificadas pela equipe de operadores e editores de jornalismo da Emissora da Vila Guilherme. Eu momento algum teríamos nos voltado contra a programação do repórter policial, se não houvesse uma ordem superior para tal. Por isso, entendemos as agressões pessoais do deputado Afanásio Jazadji, contra profissionais que não tinham alternativas, senão obedecer e retirar as ofensas injustas aos donos da emissora, como uma atitude sádica e uma agressão injusta. Além do mais, que o caso já estava sendo discutido na justiça. Por telefone vozes desconhecidas e ameaçadoras, diziam que era perigoso contrariar o deputado: em meio a impropérios, ameaças de atropelamento, de agressão a tiros e até sermos presos com drogas que seriam “plantadas’’ em nossos pertences. Foram momentos de verdadeira tortura, com sobressaltos quando o telefone tocava, tanto é que foram registrados boletins de ocorrência no 9º distrito policial. Não houve alternativa: finalmente tivemos que entrar na justiça contra as ofensas do insano e auto-idólatra deputado e apresentador do programa de Rádio. Não que desejássemos ter lucros com o episodio, mas sim, para punir severamente aquele desbocado senhor que se julgava o único dono da verdade é acima da lei que nos determinava respeito mútuo.

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UM PADRE DE UMA IGREJA DISTANTE observava sempre as pessoas que entravam para orar. A porta uma tarde se abriu e um homem adentrou a IGREJA


O homem se ajoelhou, inclinou a cabeça, levantou-se e foi embora.


Nos dias seguintes, sempre ao meio-dia, a mesma cena se repetia.


Cada vez que se ajoelhava por alguns instantes, deixava de lado uma marmita.


A curiosidade do padre crescia e também o receio de que fosse um assaltante, então decidiu aproximar-se e perguntar o que fazia ali.


O velho homem disse que trabalhava numa fábrica, num outro bairro da cidade e que se chamava Jimmy.


Disse que o almoço havia sido há meia hora e que reservava o tempo restante para orar, que ficava apenas alguns momentos porque a fábrica era longe dali.


E disse a oração que fazia: “Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar, mas eu penso em você todos os dias.


Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.”


O padre, um tanto aturdido, disse que ele seria sempre bem-vindo e que viesse à igreja sempre que desejasse.


“É hora de ir” - disse Jimmy sorrindo.


Agradeceu e dirigiu-se apressadamente para a porta.


O padre ajoelhou-se diante do altar, de um modo como nunca havia feito antes.


Teve então, um lindo encontro com Jesus.


Enquanto lágrimas escorriam por seu rosto, ele repetiu a oração do velho homem,...


“Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar, mas penso em você todos os dias SENHOR”.


“Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.”


Certo dia, o padre notou que Jimmy não havia aparecido.


Percebendo que sua ausência se estendeu pelos dias seguintes, começou a ficar preocupado. Foi à fábrica perguntar por ele e descobriu que estava enfermo.


Durante a semana em que Jimmy esteve no hospital, à rotina da enfermaria mudou. Sua alegria era contagiante.


A chefe das enfermeiras, contudo, não pôde entender porque um homem tão simpático como Jimmy não recebia flores, telefonemas, cartões de amigos, parentes... Nada!


Ao encontrá-lo, o Padre colocou-se ao lado de sua cama. Foi quando Jimmy ouviu o comentário da enfermeira:


- “Nenhum amigo veio pra mostrar que se importa com ele. Ele não deve ter ninguém com quem contar!”


Parecendo surpreso, o velho virou-se


para o padre e disse com um largo sorriso:


- “A enfermeira está enganada, ela não sabe, mas desde que estou aqui, sempre ao meio-dia ELE VEM! Um querido amigo meu, que se senta bem junto a mim, Ele segura minha mão, inclina-se em minha direção e diz:


“Eu vim só pra lhe dizer quão feliz eu sou desde que nos tornamos amigos. Gosto de ouvir sua oração e penso em você todos os dias.


Agora sou eu quem o está observando... e cuidando! Jesus disse: “Se vós tendes vergonha de mim, também me envergonharei de vós diante do meu Pai.”


E se você não está envergonhado,


Jesus é sempre o melhor amigo.


SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO OBSERVADO, COM CERTEZA!


São Paulo, 25 de dezembro de 2.000= /século XX


Postado por Gésner 1º Las Casas Brito às 10:53


Marcadores: “Se vós tendes vergonha de mim, também me envergonharei de vós diante do meu Pai.”


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Sábado, 17 de outubro de 2009


Meus Pensamentos






Este original é composto de trechos de minhas leituras ao longo da vida acadêmica. Portanto não se trata de plágio, mas sim de textos meus embaralhados com de outros atormentados como Eu, em meus próprios pensamentos.






Quando criança, ao viajar para a casa de minha avó, passava a noite inteira acordado, ouvindo o resfolegar da Máquina, que já fora a lenha e era agora a Diesel, e olhando pela janela do trem sentia o bater das rodas nas emendas dos trilhos. Olhava para o céu, para a mata, para a escuridão da noite, para ver aqueles seres que não se mostravam para qualquer um a qualquer hora. Alienígenas, duendes, Anjos, fadas, magos, ogros, elfos? Não sei tudo bem ao certo.


Fiz recentemente essa mesma viagem, hipoteticamente. Dormi durante todo o percurso, pois para as coisas ditas "reais" necessito de uma boa noite de sono. Sei que quando puder novamente varar noites olhando pela janela de um ônibus em movimento, pois o trem não existe mais, aqueles seres estarão lá. E se esconderão quando eu olhar na direção deles.






“Fui ao médico me dizendo deprimido. O doutor receita-me ir ver o grande palhaço Pagliacci que está na cidade, ao que (EU) o homem responde: Mas eu sou o Pagliacci!”


"Milagres termodinâmicos… eventos improváveis… eu anseio por observar algo assim e, no entanto em cada par humano, milhões de espermatozóides avançam rumo a um só óvulo. Multiplique as possibilidades por incontáveis gerações. Junte à chance de seus ancestrais estarem vivos; de se encontrarem; de conceberem esse preciso filho, você: o pináculo do improvável… Mas o mundo é tão cheio de pessoas, tão repleto destes milagres que nos esquecemos deles…”


"Difícil perceber o milagre da vida. Tudo que vemos no espelho, é conseqüência de um big-bang e de um universo em expansão. Pra que ansiar pelo improvável, se nós somos o resultado dele?"


“Se você usar preto, estranhos muito gentis e irritantes virão tocar no seu braço e dizer que o mundo não acabou. Eles têm razão. Não acabou. Não importa o quanto você peça pra acabar. Ele gira e derrama azul pelo horizonte, manda ouro pela minha janela, me faz sentir feliz por três segundos, até eu lembrar... Ele gira e empurra as pessoas de suas camas para seus carros e escritórios... Uma avalancha de homenzinhos desmoronando pela vida... Todos tentando ignorar o que os espera quando tudo acaba. Ás vezes ele gira e nos joga uns nos braços dos outros. Abracemo-nos apertados, excitados e sorridentes, estranhos atirados num piso rolante. Intoxicados pelo movimento, esquecemos os riscos. Quando o mundo gira... E alguém cai... Entorpecidos pelo choque, só ficamos olhando enquanto eles caem, ficando cada vez menores... Sumindo de nossas memórias até não serem mais visíveis.” sonhei esta noite.






Uma nuvem passa rápido sobre mim


uma nuvem a cem ou mais metros de altura


uma nuvem veloz uiva a faz ventar forte


uma nuvem de saudade


uma nuvem de almas e tempos que acabaram


uma nuvem de mães, pais, filhos, irmãos, amigos, desconhecidos... Eu queria caminhar, só pelo prazer de poder andar


como um rio viajando rápido para se encontrar com águas maiores


não existe mais nomes a chamar e não há mais tempo


uma nuvem e sua figura me tocam


uma nuvem e sua figura me chamam por um nome que desconheço, mas atendo


uma nuvem e sua figura me gela


uma nuvem e sua figura não me ouvem quando peço para voltarmos


ma nuvem e sua figura não se lembram de quando éramos crianças e tudo era melhor


uma nuvem e sua figura não nos vê chorar?


Como um rio viajando rápido para se encontrar com águas maiores


não existe mais nomes a chamar e não há mais tempo


uma nuvem dos que não perdoaram


uma nuvem dos imperdoáveis


uma nuvem de emoções doloridas


uma nuvem de histórias inacabadas


uma nuvem de pedidos não aceitos


uma nuvem de crianças crescidas


Nós não queríamos dor,... Queríamos amor. Agora só queremos mais tempo. Desça-nos. Desça-nos já. O que sinto, não é saudade. é solidão por não compreender a ambição voraz que aniquila o prazer de viver neste Paraíso.


Que acordemos em travesseiros com cafés da manhã quentinhos e beijos no rosto... Suplicamos em desespero, acordemos em Paz e cheios de Amor de verdade.


GLCB


Gésner Las Casas


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domingo, 22 de outubro de 2000










Baterflay










Baterflay ou metamorfose da Alma


Onde Existe Deus






Existe fome, mas encontra-se o alimento,






Existe dor, mas encontra-se o remédio,






Existe guerra, mas pode se estabelecer à paz,






Existe problemas, mas também as soluções,






Pode-se estar só, mas não na solidão.






Onde Deus não esta,






A fome mata






A dor enlouquece,






A guerra dizima,






Os problemas são senhores,






E a solidão é companheira, mesmo no meio da multidão.






Cabe a cada um fazer a sua escolha e receber os resultados.






E, por incrível que pareça, esta é a única escolha que podemos mudar quantas vezes quisermos; afinal, Deus e o único que sempre tem os braços para nós,quando o procuramos,arrependidos independente do que tenhamos feito ao abandoná-lo e por quanto tempo estivermos afastados.


Gésner Las Casas


Radialista, Escritor & Jornalista


São Paulo, 22 de outubro de 2.000= quarta-feira/século xx






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sábado, 17 de outubro de 2009






Quem não tem para onde ir, todos os caminhos são caminhos






MEDITAR,...SEMPRE


Quem não tem para onde ir, vai em frente, pois os caminhos, são todos os caminhos.


Em sendo a vida uma longa estrada, aí pela frente haverá uma encruzilhada, em que fatalmente nos encontraremos. A vida é como caminhar por trilhas e atalhos desconhecidos.


É ser surpreendido com cada explosão de um novo fato inusitado.


É desvendar a vereda intransponível do pleno conhecimento.


É transgredir regras reais e corriqueiras, mas respeitar os limites invisíveis daqueles que vagueiam por paragens sem fronteiras, mas também interferir na ação dos que de observadores se tornam predadores e exterminadores da meiguice e singeleza das águas, das plantas, dos invertebrados, das plumas e do ar rarefeito da montanha.


Agora, te ordeno: "cala e ouve! É o tempo passando. Ninguém, mas ninguém mesmo voltará a viver o momento presente. Viva cada instante de sua vida como que seja o único. viva, aproveite, ajude, divirta-se, ame, sorria e se preciso for chore. Mas faça isso com sua Alma e coração, e os céus abrirão as suas portas para receber a emoção de uma vida que não é em vão.


As tuas lágrimas se juntarão às minhas nas águas do oceano e se dispersarão na névoa das manhãs de verão. E todos nos verão, no orvalho da relva verde, cujas gotas irão molhar os teus pés descalços,... seja feliz agora e sempre.


Pense na Alegria do Nosso DEUS que nos criou para desfrutarmos do banquete da vida. Sorria, estamos no Paraíso!










Gésner las casas


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Postado por Gésner 1º Las Casas Brito às 18:24






Marcadores: VEREDAS DA EXISTÊNCIA


Meus Pensamentos


Este original é composto de trechos de minhas leituras ao longo da vida acadêmica. Portanto não se trata de plágio, mas sim de textos meus embaralhados com de outros atormentados como Eu, em meus próprios pensamentos.


Quando criança, ao viajar para a casa de minha avó, passava a noite inteira acordado, ouvindo o resfolegar da Máquina, que já fora a lenha e era agora a Diesel, e olhando pela janela do trem sentia o bater das rodas nas emendas dos trilhos. Olhava para o céu, para a mata, para a escuridão da noite, para ver aqueles seres que não se mostravam para qualquer um a qualquer hora. Alienígenas, duendes, Anjos, fadas, magos, ogros, elfos? Não sei tudo bem ao certo.


Fiz recentemente essa mesma viagem, hipoteticamente. Dormi durante todo o percurso, pois para as coisas ditas "reais" necessito de uma boa noite de sono. Sei que quando puder novamente varar noites olhando pela janela de um ônibus em movimento, pois o trem não existe mais, aqueles seres estarão lá. E se esconderão quando eu olhar na direção deles.


“Fui ao médico me dizendo deprimido. O doutor receita-me ir ver o grande palhaço Pagliacci que está na cidade, ao que (EU) o homem responde: Mas eu sou o Pagliacci!”


"Milagres termodinâmicos… eventos improváveis… eu anseio por observar algo assim e, no entanto em cada par humano, milhões de espermatozóides avançam rumo a um só óvulo. Multiplique as possibilidades por incontáveis gerações. Junte à chance de seus ancestrais estarem vivos; de se encontrarem; de conceberem esse preciso filho, você: o pináculo do improvável… Mas o mundo é tão cheio de pessoas, tão repleto destes milagres que nos esquecemos deles…”


"Difícil perceber o milagre da vida. Tudo que vemos no espelho, é conseqüência de um big-bang e de um universo em expansão. Pra que ansiar pelo improvável, se nós somos o resultado dele?"


“Se você usar preto, estranhos muito gentis e irritantes virão tocar no seu braço e dizer que o mundo não acabou. Eles têm razão. Não acabou. Não importa o quanto você peça pra acabar. Ele gira e derrama azul pelo horizonte, manda ouro pela minha janela, me faz sentir feliz por três segundos, até eu lembrar... Ele gira e empurra as pessoas de suas camas para seus carros e escritórios... Uma avalancha de homenzinhos desmoronando pela vida... Todos tentando ignorar o que os espera quando tudo acaba. Ás vezes ele gira e nos joga uns nos braços dos outros. Abracemo-nos apertados, excitados e sorridentes, estranhos atirados num piso rolante. Intoxicados pelo movimento, esquecemos os riscos. Quando o mundo gira... E alguém cai... Entorpecidos pelo choque, só ficamos olhando enquanto eles caem, ficando cada vez menores... Sumindo de nossas memórias até não serem mais visíveis.” sonhei esta noite.


uma nuvem passa rápido sobre mim


uma nuvem a cem ou mais metros de altura


uma nuvem veloz uiva a faz ventar forte


uma nuvem de saudade


uma nuvem de almas e tempos que acabaram


uma nuvem de mães, pais, filhos, irmãos, amigos, desconhecidos... Eu queria caminhar, só pelo prazer de poder andar


como um rio viajando rápido para se encontrar com águas maiores


não existem mais nomes a chamar e não há mais tempo


uma nuvem e sua figura me tocam


uma nuvem e sua figura me chamam por um nome que desconheço, mas atendo


uma nuvem e sua figura me gela


uma nuvem e sua figura não me ouvem quando peço para voltarmos


uma nuvem e sua figura não se lembram de quando éramos crianças e tudo era melhor


uma nuvem e sua figura não nos vê chorar?


como um rio viajando rápido para se encontrar com águas maiores


não existem mais nomes a chamar e não há mais tempo


uma nuvem dos que não perdoaram


uma nuvem dos imperdoáveis


uma nuvem de emoções doloridas


uma nuvem de histórias inacabadas


uma nuvem de pedidos não aceitos


uma nuvem de crianças crescidas


Nós não queríamos dor,... queríamos amor. Agora só queremos mais tempo. Desça-nos. Desça-nos já. O que sinto, não é saudade. é solidão por não compreender a ambição voraz que aniquila o prazer de viver neste Paraíso.


Que acordemos em travesseiros perfumados cheirando a Macela do campo com cafés da manhã quentinhos e beijos no rosto... suplicamos em desespero silencioso, que acordemos em Paz e cheios de Amor de verdade.


GLCB


Gésner Las Casas


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Postado por RETALHOS D'ALMA às 06:34


OUTONO: ÉPOCA DAS FOLHAS CAIDAS


(continuação)


Diário 02


Não o que restou de mim, já que me refiz por inteiro, me fortalecendo no trabalho, na dor e na fé em DEUS.


Nas inúmeras outras Emissoras, Eu desejava transmitir o melhor de mim, desprezando o objetivo financeiro que norteava muitos de meus colegas. O Rádio e os meios de comunicação devem servir ao povo, orientando, entretendo e além de difundir Educação, devem prestar serviço público gratuito. Os Empresários e um grande número de Comunicadores usam de vilania para auferir lucros, ignorando os direitos dos que lhes dão audiência. Diante disto, Eu me mantive distante das falcatruas e dos engodos que influenciavam e ainda influem nos procedimentos da maioria das pessoas. Os padres, Pastores e os falsos profetas, conduzem ao engano as pessoas ignorantes e analfabetas, a fim de explorá-las mais facilmente. Por este e outros motivos, os canalhas me consideravam alguém perigoso e um sério adversário. Enquanto os maus Políticos usavam os microfones para se auto-promoverem, inclusive pregando a “Pena de Morte”, Eu defendia o direito a vida e de todos se defenderem das acusações das práticas de crimes. Fui humilhado, acusado de “defensor de bandidos” trabalhando como assessor de Deputado Roberval Conte Lopes Lima, um militar que passou para a reserva da Polícia Militar Paulista após ser eleito em votação popular, acusado de inúmeros crimes, por supostamente ter executado supostos marginais. Os meus colegas não me respeitavam, e usavam todas as oportunidades para denegrir-me diante das pessoas. Até mesmo o advogado Celso Wendramine, um ex-militar usava de metáforas e brincadeiras perversas para me humilhar. Um belo dia o Doutor Célso, amarrou e fez nós nas mangas de minha blusa. Em muitas oportunidades, Ele e os outros colegas escondiam minha bengala, pois com a perna direita mais curta cerca de sete centímetros e enfraquecida após inúmeras cirurgias, necessitava de um apoio para não sofrer quedas, já ocorridas anteriormente. Aqueles homens sádicos, criaturas vulgares, inescrupulosas e ao que se supunha assassinos frios e calculistas, se orgulhavam de humilhar qualquer um que apresentasse uma postura educada e de respeito à vida humana. O que mais me atingiu, foi o Capitão da reserva da PM e Deputado Estadual, meu Superior Hierárquico na Rádio ATUAL, debochar e fazer piada com minha limitação física, parafraseando o imbecil do Jornalista, Radialista e Deputado Estadual Afanásio Jazagd, que anteriormente ressaltara minha claudicância. Ao inicio do século XXI, em primeiro de janeiro de 2.001, uma segunda-feira, vivemos o terceiro milênio! Não fosse o Rádio eu me desesperaria. Para cumprir o meu trabalho, o mundo passa diante dos meus olhos. Agora sei quase tudo e sei onde está cada objeto e cada pessoa. O tempo se projeta no espaço em busca do amanha, enquanto o presente quer o instante seguinte. Sinto que minha vida se abrevia. Os instantes são nada. E o nada seria a eternidade, não houvesse Deus. A cada instante vem uma dor e um novo problema, como um alimento amargo que tenho que ingerir, sem um só gole d’água. Não me doem mais as ofensas e agressões de meus irmãos. Sei que não sabem o que fazem. A angústia volta a tomar conta de min’alma. “Não tenho amigos’’ e os parentes que não podem mais tirar dinheiro de mim desapareceram dos meus dias. Agiram como estranhos, os meus amigos-colegas e o que é pior, os da minha carne e do meu sangue os imitam. Ultimamente tenho agradecido a Deus as bênçãos que tenho alcançado e pedido perdão pelos erros e desacertos, onde me incluo. Ontem fiquei muito magoado ao ouvir, em uma hora de grande aflição, de pessoas queridas, as primeiras ameaças graves, como que se eu pudesse engolir as minhas dificuldades ou fazê-las desaparecer apenas com um desejo meu; de outra parte ouvi de pessoas que me devem favores e obrigações, que não podiam e não iriam me ajudar. Não é o fato de não ajudarem, mas sim a maneira de tratarem o meu problema e especialmente eu no meio dele. Como já disse antes não desejo justiça, mas sim que aprendam a viver em paz e conviver com respeito aos problemas das outras pessoas. Eu me preocupo muito com dividas financeiras. Por isso tenho mantido um nome limpo. Enquanto trabalho, parentes, amigos, colegas e até os irmãos na fé em DEUS, só me procuram para me pedirem favores e dinheiro emprestado, sem se preocuparem com meu bem-estar, paz interior ou necessidades pessoais. E o que é pior, é que nunca me restituem a importância que levam. Nestes dias de fevereiro, um de meus filhos passou a me seguir sorrateiramente como um cão-farejador. O jovem se põe a se esgueirar por esquinas e entre colunas e postes. Culminando por conseguir ajuda de outras pessoas com veiculo para andar no meu rastro. Depois com uma maquina digital para me fotografar a distancia fazia registros, poderiam ser interpretados em diversas maneiras e com motivos completamente distorcidos. Família, teu nome é preocupação. Mulher teu nome é ingratidão! Tenho tentado viver um dia de cada vez, trabalhando dedicação e respeito. Sempre dou um pouco de mim ao que faço. Há amor em meus propósitos. Tem me custado muito trabalho e dedicação para pagar as dívidas contraídas enquanto estava responsável pelos meus familiares.


Neste dia 25 de janeiro de 2003, em que a cidade de São Paulo completa 449 anos, afloram com violência inesperada atitudes Humanas que se assemelham aos “Bárbaros da Idade Média”. Talvez a solidão traga tudo isso ao meu momento presente, uma vez que está na internet, nos Jornais e na Televisão, estão as Notícias do comportamento desvairado da grande maioria dos seres humanos, além do que corre de “boca em boca”.


Estou só no 23º andar do nº 2200 da Avenida Paulista, onde está o estúdio da Rádio Melodia. É feriado e um sábado nublado e muito frio. Um dia atípico no verão de São Paulo, que tem os efeitos de uma frente fria. São 13 horas e 54 minutos, momento em que começou a chover neste dia que esteve cinzento e frio, e além de tudo, cheio de solidão. Um dia qualquer no período em que minha família me tratava com desrespeito e com agressões verbais e com o risco ser agredido fisicamente, como já ocorreu em duas oportunidades quando ao chegar em casa me deparei com as paredes da sala sem os meus quadros pessoais. Inclusive haviam retirado os pregos que os sustentavam. Foi um grande impacto. Eu consegui administrar a decepção, para que o meu interior não ficasse exposto, mas minha alma chorou. Não tenho como explicar o que ainda sinto ao me deparar com os meus quadros jogados pelo meu quarto de dormir. Sei que fiquei lívido, mãos tremulas, com arritmia cardíaca e se tentasse falar, estaria com a voz embargada. Foi terrível. Eu acabara de descobrir que não era bem-vindo, e o que é pior, não era amado pelas pessoas que eu mais amo. Tudo o que aprontei nesta vida, nos últimos tempos, fiz por estas pessoas muito amadas e por quem Eu morreria sem pestanejar. Doeu e ainda dói muito, não no corpo, mas no mais profundo da minha alma. Se aliviasse um pouco, eu iria chorar aos borbotões, e não conteria os soluços. E tem mais,... se eu continuar escrevendo sobre estas coisas, irei sofrer outra vez. Só não consigo entender o motivo pelo qual sou tratado como o último dos homens. Sem vícios, não dei tudo que Eles mereciam, mas dei tudo o que tinha aos meus filhos e esposa. Sei que os filhos foram induzidos pela mãe. E ela, qual a razão de tamanha agressão, e como foi acreditar nas pessoas? Neste sábado, 1º de fevereiro de 2003, às oito horas e cinqüenta minutos, há sol e a temperatura é de 22º graus. O dia estava lindo, e apesar das contrariedades e solidão, Eu me encontrava em paz. Nestes dias tenho tido inúmeras razões para escrever e desancar o porrete em algumas pessoas. Mas, a minha paz interior é tão maior que toda a mesquinhez humana, que não pretendo conspurcar este registro. Enfiaram a mão na minha conta bancaria, levando R$180,00 (cento e oitenta reais). O Bradesco diz que vai tentar descobrir como é que um cartão velho não perdeu a validade quando utilizei a unidade nova que automaticamente anularia àquela em poder de um familiar na casa que não mais freqüento. Porém, o dinheiro não aparece e me encontro em situação muito difícil, chega passar fome já por diversas horas seguidas. O meu advogado, encarregado de comunicar o juiz da vara de família esta em “Lins’’ – lugar incerto e não sabido -. Os telefones do Dr. Marcos estão na caixa postal e ele não responde aos meus recados. Nos últimos dois meses, a situação financeira tem sido muito difícil pela falta de anunciantes. O Sr. Rogério Carbone, diretor comercial da Rede De Rádios da “CBS”, me confidenciou que estão ocorrendo dificuldades para renovar o contrato com as Empresas Delta Prime e sua América - Casa fácil. Portanto fica suspenso o comercial da empresa indeterminadamente. Vou manter a calma como em outras vezes. Deus proverá minhas necessidades pois as vezes, um colega ou outro sem saber de minhas dificuldades me convida para tomar um lanche rápido e até para almoçar. Em 10 de março de 2003, segunda feira, quase nada mudou, mesmo com a Equipe tendo mantido a Programação atualizada com músicas, notícias e utilidade pública. Logo em seguida a ultima anotação, o Ronaldo Tedesco, assumiu a direção da Rádio Melodia, cheio de vontade e prometendo melhorar tudo.


Hoje, dia 07 de maio de 2003, quarta feira, e as 08h53min horas, o Dr. Marcos me ligou e me garantiu que a minha aposentadoria poderá sair até o próximo dia 14 de maio. Na verdade o Advogado do “PCC”, só desejava dinheiro para sustentar seus luxos de Dom Juan. Pois até o dia 14, uma quarta feira de maio de 2003, nada houve de relevante. Por ajudar os meus entes queridos, me vejo em apuro financeiro e a saída tem sido trabalhosa e dolorosa. Neste dia 24 de maio de 2003, num sábado de céu nublado, estou consternado, me sinto fraco e extremamente abandonado. Tenho representado para as pessoas que mais amo, apenas o conforto e a segurança de pagamento imediato e ou garantido as despesas gerais e também as inesperadas. Quando isso não acontece, sou tratado com aspereza, grosseria e com ingratidão. É como que se a vida toda, não tivesse feito nada pela minha FAMÍLIA. Hoje é 10 de março de 2003, segunda feira, e quase nada mudou embora continue trabalhando. Nesta ocasião em que me recordei de “Um covarde e traidor’’, que num dia de 1980, que não gosto de recordar, em meio à greve legal da TV Tupi, o senhor Osvaldo Amorim, solicitou que mantivéssemos a Rádio Tupan (Tupi AM- 1.040) no ar e assim impedíamos o Dentel de tirá-la do ar em definitivo. Se o seguíssemos teríamos os salários em dia e a garantia de emprego durante sua gestão como diretor da “Emissora’’. Este senhor ao estilo e alguns ofídios que sugam o leite de uma mãe e dão a calda inútil para a cria chupar, tirou tudo que podia tirar de nossa aquiescência e no dia cinco de janeiro de 1981 nos colocou no olho da rua.


Ao todo éramos mais de 62 funcionários, porém alguns ficaram mais evidentes na programação da Rádio Tupi e em conseqüência foram marcados pelo Sindicato dos Radialistas e foram denominados como traidores e perseguidos pelos ex-companheiros: José Reis, Humberto Mesquita e Freitas, além de outros. A perseguição se dá de modo calado e lento. Ao se emprego sempre se encontra um colega, que informa as citados lideres que através de negociações e contatos sigilosos, impedem nossa contratação. Atitude extremista e própria de seres despreparados, que se ocupam o poder não se dedicam à justiça, mas sim a torpe e mordaz vingança. Neste período da política brasileira, onde se fala em abertura e liberdade, os homens se escravizam diante falsos valores: inicio de um vidente racismo; desvios sexuais e esfacelamento da família, com reflexos há longo prazo no sentimento de “Patriotismo’’. Ao mencionar o senhor Humberto Mesquita gostaria de registrar para a historia que o conteúdo de seu livro sobre “A greve da Tupi como veículo de comunicação dos Diários e Emissoras associados” é APÓCRIFO. Talvez o mentor de tal “OBRA’’ não tenha vislumbre de sua pequenez mental, os gigantescos interesses que causaram os estragos nos pagamentos de salários, as concordatas e as falências das empresas ASSOCIADAS. Sem esticar o assunto: a guerra surda entre os vinte e dos CONDÔMINOS e os herdeiros de Assis Chatobriant, além de luta de grupos pela posse de um “canal livre, de abrangência nacional, de TV.’’ Exceção feita à Assis Chathobreant Bandeira de MELLO, os outros aqui mencionados têm o meu mais profundo desprezo, por suas insignificâncias e desprezíveis rasteirismos no trato da solidariedade humana. “Humberto Mesquita: jornalista e radialista, um profissional com letras minúsculas, é um ridículo homenzinho de uma visão profissional absurda. ’’


“José Reis Neto: operador de som é, portanto um radialista de caráter duvidoso. Pessoa grosseira e impulsionada por habito reles de produzir futricagem com chefes, além do que um obcecado sexual que pretende manter relação íntima com toda mulher nova e bonita que inadvertidamente cruza seu caminho. ’’ Alberto dos Santos Freitas: um radialista sem grande destaque como profissional, mas com destaque como líder, por sua grande intolerância no trato com os patrões’’, mas sem capacidade de avaliar um procedimento isolado que não esteja alinhado com seus planos. “UM OBSTINADO SINDICALISTA.”


“Osvaldo Amorim: criatura enviperada e falsa como o diabo. Seu sorriso, quase que escondido revelava um alto grau de pedantismo e capacidade de trair até a própria mãe. Este grande Corvo tinha por pratica observar nossos gestos e costumes e assim conhecer nossas fraquezas e habito, e na espreita, retira sorrateiramente o pretendido de suas incautas vítimas. É comum, depois encontrá-lo surpreso com nossa desventura”. (Além do José Reis Neto, do Alberto dos Santo Freitas, do Humberto Mesquita, havia o ridículo Snard Moral, um almofadinha maníaco e pretensioso metido a mediador de crises.) Em determinado dia, nos encontramos Eu e o Oswaldo Amorim e se fazendo como não soubesse que eu fora considerado “persona não grata’’, pelos radialistas, por atendê-lo, e que se esquecera que me despedira como um servente pouco útil me perguntou: você está desempregado... ainda!? Que estes oportunistas políticos e profissionais desonestos tenham reservado seus lugares nas profundezas do inferno, para que sirvam de antepasto aos devoradores de almas perversas num banquete dos seres das trevas lá no inferno. Outros, de tão insignificantes ou inexpressivos, nestes acontecimentos, não serão aqui lembrados. Os dias que se seguiram, foram cercados de grande angustia e muitas privações terríveis. As longas e inúteis caminhadas; os sorrisos falsos e a falta de coragem de dizer aos colegas o modo de contrariar o sindicato e preservar nossos empregos; os amigos que se esqueceram dos favores e até o desprezo dos que nasceram como eu, da mesma mulher e o meu compadre que ao primeiro grito, pulou ao mar, ao estilo dos ratos. Mas nasci homem e como tal viverei e irei marcar uma trajetória para a eternidade. Um proscrito procura refugio junto a um seu igual, e lá fomos buscar apoio.


O canalha e dissimulado embusteiro.


Acho que todos podem entender a expressão: CANALHAS COM AS MULHERES, já que todos têm a capacidade, se o quisermos, de poder envolver uma mulher e não lhe darmos nada em troca de favores sentimentais e não a deixarmos em condições de reclamar o prometido um dia no escondido de nossa alcova. Assim o é WILTON TUPINAMBÁ FRANCO, porém como não sou mulher e apenas queria-lhe vender meu trabalho de jornalista (Reporte Policial) e de Radialista (Locutor e Apresentador), fui procurá-lo sabendo que conquistaria a vaga existente. Nos primeiros dias nada de anormal, isto é fui tratado com respeito Profissional e pude apresentar um bom trabalho. Quarenta dias após ter iniciado como Repórter Policial em questões especiais e apresentador em “O POVO NA TV’’ entendi o motivo de todos serem unânimes em considerar WILTON FRANCO, um grande ARTISTA. O homem teria por base a defesa dos direitos das pessoas em seu programa. Porém, o OBSECADO SEXUAL tinha determinado que pagassem para todos os novos repórteres cerca apenas cinqüenta por cento do salário real e tive de suportar esta situação por três meses. E ao final para receber apenas parte do que era devido tive que fazer um acordo na justiça do trabalho. Processo numero:


Não posso precisar a data exata, mas foi no final de 1974 e o início de 75, que WILTON FRANCO me foi apresentado, e sua resposta à minha saudação de: “muito prazer”, foi: .....sou filho de UMBANDA, e filho de UMBANDA NÃO CAI! VÊ SE VOCÊ procura um bom centro e... Depois vem me ver. Você tem possibilidades na TV! Até hoje não entendi e tenho a nítida lembrança de tê-lo considerado meio louco. Após a estranha apresentação, o diretor de programas, o Magro, como um traço negro na vertical, de botas pretas de saltos altos, camisa aberta para mostrar um medalhão preso a um cordão também de ouro, saiu abraçado a uma jovem linda (era o que se pode dizer uma dona muito boa) e após alguns passos, apenas virou a cabeça sobre os ombros e fez um gesto significativo de como dizendo; veja como estou de mulher, péssimo não? Sete dias depois fui fazer locução em “off’’, no programa HEBE CAMARGO. Os vinte ou trinta encontros que mantive no palco da TV TUPI com esta apresentadora me fizeram ter a melhor lembrança que se pode ter de uma colega de trabalho. Ah,... o diretor da Hebe era o WILTON FRANCO e além de meio louco passei a achar que seu trabalho ia além do razoável. De TV ele entende. É quase um gênio. E lá estava a DONA BOA, participando de programas dos Trapalhões. Não fazia nada, e nem precisava. Só de aparecer de BIQUINI era um show. Seu nome parece que era Ana Paula. E quer saber mais, não vou falar das muitas e muitas mulheres que vi beijarem intimamente o MAGRO. Nem falarei da lâmpada vermelha na porta de sua sala, isto já em 1982 Vila Guilherme. LÂMPADA VERMELHA acesa é sinal que o chefe esta trocando o óleo, diziam todos.


Outra coisa surpreendente no diretor narcisista é o fato de manter como diretor de produção e financeiro em São Paulo o FRUSTRADO FELLIPE WEPPER, um bêbado sem educação. Até mesmo nas primeiras horas do dia, o danado já estava bem alto e todo irritado e bastava achar que alguém iria receber mais atenção que ele, tanto do WILTON como do WERSON FRANCO, para que distribuisse coices até na sombra do infeliz. FELLIPE WEPPER, bêbado, ou não; grosseiro ou um neurótico, este EXU ENCARNADO praticou uma infinidade de injustiças. O temido e odiado Felipe, quase todos os dias, por volta das oito e trinta, adentra o corredor interno, vindo do pátio de estacionamento, ostentando a pança grotesca, mostrada pela camisa desabotoada e fora das calças. Queixo erguido, barba mal feita, ou sem fazer, já com aquele olhar leitoso dos bêbados e buscando um ponto atrás do objeto a sua frente sempre ostentando um aspecto de alguém que fosse vomitar. Rosto macilento, e voz pigarrenta, o Felipe Wepper iniciava o dia sempre ofendendo alguém. Um observador mais atento, nota seus ardis, gestos, sorrisos e mesuras ao cruzar com pessoas em melhores cargos. O velhaco e rasteiro diretor de programação da linha de SHOWS, não é respeitado, mas sim temido até por seus iguais, que usam da suas patifarias para atingir certos objetivos, e apenas se valem de sua falta de caráter, temendo seguirem a trilha direta da injustiça e o vigiam certos de que podem ser atraiçoados pelo CARADURA. Por falar em CARADURA e filhadaputismo, quero dizer que na TVS ou SBT, não se faz nada às claras e se procura sempre burlar a vigilância de alguém atingido por uma ação injusta, ou mais enérgica, para que seu autor fique à sombra no anonimato. Isto tudo é reflexo da orientação vinda de cima do grande EMBUSTE que é o GRUPO SILVIO SANTOS, composto por 45 empresas geridas por testas-de-ferro, que encobrem a ação direta do gigantesco CAMELÔ, para que se locupletasse mais e mais da credulidade popular, explorando as fragilidades familiares, institucionais e comunitárias, geradas de uma crise sem fronteiras e alimentadas por um sistema de propaganda que mantém cada individuo no erro, submisso e comprometido com o vampirismo que o destrói. O fato deste “sistema’’ sobreviver deve-se a “aparência legal’’ de um método de operação que proporciona impunidade aos criadores de uma forma ardilosa de negociar e que faz só um lado, e sempre o mesmo, obter vantagem. Não entendo e não quero entender o motivo da inércia que impede a ação fiscalizadora e punitiva contra o engodo praticado pelos vendedores de mentiras em forma de CARNÊTS e a inexistência de um órgão ou autoridade que possa impedir a falsa promoção em torno da LIDERANÇA e do BAU, que prometem prêmios a todos que adquiram seus CARNÊTS e os paguem em dia. Não vamos também entrar no sistema interno denominado de subdivisões com numeração para separar certos movimentos de caixa: EMPRESA Nº 54, por exemplo. Mas creiam, mesmo que apresentemos aqui provas, escriturais com o sangue das vitimas deste onzenário, nada será feito, já que até aqui apenas se pode notar a permissividade que ladeia o esbulho gaiato aos domingos na televisão, invadindo sem respeito nossos lares, como o fazem os vagabundos e prostitutas, nos bares e botecos suspeitos, que proliferam por todas as grandes cidades do Mundo inteiro. A luta para sobreviver sem emprego e perseguido por uma corja de canalhas e embusteiros de um falso sindicalismo de esquerda radical se tornara atroz. De Radialista e Jornalista, fui para a venda de bugigangas, geladinho, pudins, coxinha e bolinhos de carne com ovos. Eu já fizera isto quando parei de furtar frutas e galinhas de meus vizinhos e Avós em Dois Córregos, durante minha infância conturbada. Traído por amigos-chefes e diretores de Rádio, Teve e Jornais, recebi o desprezo até de meu irmão, também radialista, que não concordava que eu permanecesse trabalhando, enquanto a maioria, desconhecendo a verdade do movimento paredista, fazia greve. Só com esse embuste, o “Senhor Abravanel’’ pode obter a concessão de uso do Canal Exclusivo “SBT’’ canal 4. Fiquei fora do Rádio, da Teve e Jornais, até o dia 10 de junho de 1985, um dia, após orar a Deus por um emprego e sonhar com clareza com o endereço da Rádio Difusora do Brasil limitada, sem nunca ter ouvido falar de tal lugar. Foi um verdadeiro milagre de fé, com revelação divina. Na Rádio Difusora do Brasil Limitada, conheci pessoas muito boas, de caráter impecável e alto grau de profissionalismo, como o locutor redator, professor e advogado Olavo Marques, o jornalista, político e empresário Arnaldo Sacomani, o novelista Waldemar Ciglione, o radialista, Márne Barcelos, o Radialista, jornalista e astrólogo, Cícero Augusto. Reencontrei o grande colega, Rubens Morais Sarmento, o Locutor da voz rouca, Enzo de Almeida Passos, o diretor e apresentador, Dárcio Campos, o irreverente e inigualável, Cristovam Barros de Alencar, o locutor e redator, Antonio Carlos dos Santos ou o ”Leon Santos’’. E ainda uma maravilhosa redação de trabalho e amizade com o Doutor Paulo Masci de Abreu, diretor, proprietário da Difusora do Brasil LTDA, que depois de algum tempo passou a ser a “Super Rádio Tupi’’. Foram dias muitos bons de coleguismo, realização profissional e luta por um sonho que não acabou, e preparação da arte de informar, educar, entreter e prestar serviço ao público ouvinte. Mas, o que é bom durou só até o dia 15 de março de 1993, quando o próprio “satanás’’ encarnado num homem de instinto perverso deixou o horário da madrugada e por força de um contrato “Leonino para ele”, ocupou o horário das nove horas da manhã, até as 12 horas e da meia noite às 3 horas da madrugada. Para este falso jornalista e radialista, não importa os seus registros profissionais, diploma de advogado e mandato parlamentar, entrar no ar, o pretenso diretor comercial da rede Tupi de comunicações, Luiz Carlos Patrício, e seus sequazes, tiraram do ar diversos e excelentes profissionais, entre eles o Adauto Francisco, o Jota Rodrigues, o Radialista e Empresário, Dario Costenaro, o Policial Militar e Deputado Estadual, Roberval Conte Lopes, e muitos outros. A farsa do programa policial de utilidade pública acabou em a briga comercial entre o “capeta’’ e apresentador Afanásio Jazadge com o dono da Tupi, Doutor Paulo de Abreu. É incrível como um homem pode ser tão medíocre e desavergonhado, como o foi este deputado Afanásio. Durante meses a fio, por força de uma liminar da oitava vara de justiça de Santana, aquele “anfíbio da lei’’, se manteve no ar, ofendendo, mentindo, caluniando, injuriando, além de forjar falsas acusações a quem quer que se atrevesse respeitar as determinações patronais do Dr. Paulo Abreu. Todo o drama vivido por nós da Super Tupi, era um plano diabólico do Afanásio, para motivar a opinião pública, com o fito de obter votos nas eleições de 1.994. Um deputado fracassado, ele precisava criar uma situação, onde ele, Afanásio, figurasse como vítima. Em sua ambição desmedida, o hipócrita, chegou as raias da canalhice desavergonhada, fazendo ameaças aos funcionários da Tupi AM 1.150. Atacou o Doutor Paulo Abreu e sua esposa, ofendeu operadores de som e suas famílias, iludiu outros funcionários da emissora com propostas de proteção e emprego. Tão logo e técnico de som, e assistente de diretor artístico, Gerson Ferreira da cruz, uma grande capacidade criativa, mas um imperdoável extremista de esquerda e o discotecário, programador e comunicador Antonio Roberto Mega um excelente administrador de recursos humanos, aceitaram as imposições do insano estrategista de inquietação e desgaste emocional, tiveram uma vaga temporária na produção de sua empresa comunicapress. Se pensavam estar empregados e seguros se enganaram. Em dois ou três meses, no máximo em quatro meses foram despedidos. O maquiavélico repórter policial e político, com seu ego repleto de ambição de poder e imunidade que lhe concedia a tão almejada impunidade, se recontorcia de desespero, pela possível perda de prestigio diante da repercussão da invasão do prédio da Super Tupi, em 22 de outubro de 1.993, quando aguardava no distrito policial a presença do Dr. Paulo de Abreu e do deputado estadual Dr. Wadir Helú . Prepotente e em desacordo com a realidade, Afanásio, vociferava na delegacia que iria fazer autuar em fragrante, e mandar recolher ao xadrez, por desobediência os funcionários da emissora de radio que ousavam obedecer ao Doutor Paulo Abreu, contrariando sua vontade, que era ofender o dono da Tupi, sua esposa dona Lucy Rotchild Abreu e seus funcionários, Vagner de Carvalho, José Fernandes Manhã e Gésner Las Casas. Os funcionários da Tupi, apenas “copiávamos em outras fitas’’ o programa, previamente gravado do Afanásio, deixando de lado as ofensas. As fitas de áudio originais do programa do Afanásio, jamais foram alteradas ou danificadas pela equipe de operadores e editores de jornalismo da Emissora da Vila Guilherme. Em momento algum teríamos nos voltado contra a programação do repórter policial, se não houvesse uma ordem superior para impedir de ir ao ar as ofensas e difamações injustas contra pessoas inocentes. Por isso, entendemos as agressões pessoais do deputado Afanásio Jazadji, contra profissionais que não tinham alternativas, senão obedecer e retirar as ofensas injustas aos donos da Emissora. Além do mais, que o caso já estava sendo discutido na justiça. Por telefone vozes desconhecidas e ameaçadoras, diziam que era perigoso contrariar o deputado: em meio a impropérios, ameaças de atropelamento, de agressão a tiros e até sermos presos com drogas que seriam “plantadas’’ em nossos pertences. Foram momentos de verdadeira tortura, com sobressaltos quando o telefone tocava, tanto é que foram registrados boletins de ocorrência no 9º distrito policial. Não houve alternativa, senão entrar na justiça contra as ofensas do insano e auto-idólatra deputado e apresentador do programa de rádio. Não que desejássemos ter lucros com o episodio, mas sim, para punir severamente aquele desbocado senhor que se julgava o único dono da verdade é acima da lei que nos determinava respeito mútuo. Não foram poucas as pessoas que nos advertiram para ter cuidado, pois algo estava sendo tramado contra nós. Um dia o repórter João Carlos, o Peninha, nos confidenciou que o Afanásio, preparava uma acusação caluniosa de extorsão no 5º distrito policial. Não se poderia acreditar que um homem público com tanto prestígio, pudesse planejar tal crime contra alguém, que até ali era vítima de ofensas, calunias e injurias de uma mal direcionada e torpe vingança. Mas a revelação era verdadeira. Afanásio, pelo menos para mim, minha família e amigos, mostrava seu verdadeiro caráter de pessoa sem respeito à verdade e de falta de temor a Deus. O Afanásio fizera uma falsa denuncia de crime, caluniando a quem pretendia impedir de processá-lo criminal e civilmente. Foi um momento muito duro em nossa vida de trabalhador constante, dedicado e honesto. Jamais poderíamos acreditar que alguém em tal condição social e política, pudesse ser tão sórdido e capaz de tanta maldade. Agora, eu acredito que haja alguém com coragem de ser perverso e injusto, a ponto de mandar prender ou matar inocentes. O homem que manda a Policia Militar e Civil matar, atirando antes e perguntando depois, que prega a pena de morte contra supostos criminosos, nada mais é que um criminoso vulgar que mente e faz seus próprios funcionários e correligionários prestarem falso testemunho. É preciso ter fé em Deus, para não se desesperar diante de um quadro real, onde um parlamentar, que se diz nos respeitar, planeja e pratica um crime. Mas por outro lado está mesma fé nos faz ver e verdade de que tal homem tem sido apenas um oportunista, que soube umas poucas vezes aproveitar sua popularidade criada pelo Rádio. Mas que a agora, porém, sem saber avaliar os valores humanos e as responsabilidades de cada um agrediu e tentou incriminar a pessoa errada, pois se trata, sem sombra de duvida de um inocente. E ele, que acabou perdendo seu espaço de seis horas diárias no Radio, é um despreparado para o cargo que ocupa. Deveria ter lutado com a ajuda da lei e da ordem na justiça, compreendendo a posição dos funcionários da Super Tupi. O mínimo que obteria seria permanecer no ar, talvez por um tempo menor, além de ter a simpatia e o voto dos ouvintes e funcionários, além de seus familiares. Agora Afanásio Jazadji está fora do ar, sem amigos, preocupado com a campanha eleitoral, sendo processado inúmeras vezes e sem ter como provar sua mentira. Foi num dia de sábado em 9 de abril de 1994, e sob os efeitos da lua minguante, às 9 horas e 22 minutos que aquele desbocado e inconseqüente foi tirado do ar por ordem expressa do doutor Paulo Masci Abreu. O nosso patrão e Radio Difusor o Doutor Paulo Masci de Abreu, não suportou ouvir as inúmeras ofensas daquele vilão da comunicação e determinou ao Wagner de Carvalho, operador do horário, depois de analisar a declaração da Justiça, que parasse a fita do programa do insano comunicador. Quero confessar que quase chorei de emoção, quando percebi que após o intervalo comercial, continuava a apresentação de uma seleção musical. Foram dias de verdadeira tortura mental, de pura inquietação de perturbação e pânico, com as ameaças e ofensas absurdas e monstruosas daquele covarde, que se escondia por traz de um contrato leonino, de uma liminar judicial e de sua imerecida imunidade parlamentar. Ah, meu Deus como sofremos, todos da Rádio Tupi AM 1.150, e muito mais este Repórter e Locutor-Apresentador, por entender a profundidade da injustiça praticada, com interesse eleitoreiro pelo radialista, jornalista, advogado e político, que um dia cheguei a admirar e respeitar. Mas, tudo caiu por terra, pois vi com clareza a enorme covardia e vileza do mentiroso comunicador, que perdia seu tempo em agredir e tramar contra humildes trabalhadores, que poderiam ser chamados de colegas, não fosse a sua total falta de ética profissional. Eu havia rezado a Deus, e até feito uma novena para a Virgem Imaculada, para que aquela figura monstruosa fosse afastada de nós. E ainda pedi aos anjos, Santos, Jesus e a Virgem, que não permitissem que o Afanásio Jazadji, fosse reeleito. No dia 16 de abril, voltei ao trabalho, mas na rádio Difusora São Paulo, na rua da consolação, depois de 11 dias de licença médica, abalado que estava e com hemorragia gástrica, pelas seguidas e injustas agressões do insandecido e desesperado pedinte de votos. Tamanha a baixaria que promovia no Rádio, por qualquer motivo que envolvesse alguém com uma ocorrência policial, para ganhar notoriedade e angariar votos, que se poderia chamar o senhor Afanásio, de indigente e pedinte da comunicação. E ainda mais, o deixava na posição de desequilibrado, insano, tresloucado e desesperado perdedor. Mesmo tendo passado vários meses, depois daquele dia 22 de outubro, ou do sábado posterior a aquela sexta-feira de 1993, posso, hoje 28 de maio de 1994, lembrar, com clareza o olhar vidrado daquele homenzarrão suarento de gestos trêmulos, que invadiu a Rádio Tupi, na Avenida Nadyr Dias de Figueiredo, 1329, na vila Guilherme. Ele se fazia acompanhar de policiais civis, e trazia um mandato de busca a apreensão de fitas, e cerca de 60 delas foram levadas. Tanto na sexta-feira, como no sábado, o Afanásio, parecia um tresloucado homem tomado pela fúria e também embriagado, embora não cheirasse a bebida. Suava muito enquanto falava e, em determinado momento, quando lhe caçamos a palavra e colocamos o doutor Paulo Abreu, no ar o Afanásio, foi até o delegado doutor Antonio Bicudo, e pedir ajuda. Até, o fanfarrão e desbocado deputado, parecia um garotinho que procurava o pai, de forma lamurienta e chorosa para denunciar o irmãozinho menor, a quem queria punir por vingança sórdida. Na verdade, não sei dizer se chorava lacrimejando ou se era o suor escorrendo pelo rosto contraído pelo desespero de ser impotente diante das ordens do doutor Paulo Masci Abreu. Era vergonhoso! Em realidade, eu me envergonhava com o descaramento daquele individuo pegajoso, que insistia em permanecer onde não era querido, e por sua inteira culpa. Era como um inquilino indesejado, ou uma visita inoportuna, chata e persistente, uma verdadeira “mala sem alça, e um pentelho’’. Trabalhando, amando e sendo amado, fui vivendo aqueles dias. Paguei dívidas, tive o meu telefone, finalmente ligado e, acabei tendo a maior prova de amizade que um homem pode ter de seus conhecidos. Vários deles se ofereceram para testemunhar, em juízo, de que eu jamais poderia tentar uma extorsão, única e exclusivamente por ter um caráter ilibado, e dono de um procedimento honesto. O fato é que o insano deputado, diante dos processos que nós todos da família, movíamos contra ele, tentou provar que eu tentara extorqui-lo em 30 mil dólares. Por ser uma deslavada mentira, e pela forma covarde que o fracassado radialista, planejou o ataque traiçoeiro contra minha honra, posso dizer, sem sombra de dúvida, que o senhor “Afanásio Jazadji’’ é um DELINQUENTE, um CANALHA, um COVARDE e perigoso inimigo da sociedade e do povo que um dia o elegeu como seu representante. O padre de igreja católica brasileira, uma facção dissidente da igreja romana, Francisco Silva, o mal fadado “padre Chico’’, disse que o canalha do AFANÁSIO, é capaz de plantar uma prova falsa para se vingar ou se livrar de um adversário ou simples concorrente na audiência radiofônica. Ou ainda, para ter “matéria bombástica de polícia’’ em seu programa, é capaz de pagar seus asseclas para que coloquem maconha ou qualquer outra droga, como cocaína nos pertences de alguém, e assim montar um falso flagrante. O desumano e escandaloso comunicador de Rádio, assim vai destruindo vidas e sonhos de pessoas honestas, inocentes que nunca poderiam supor de onde partira o traiçoeiro ataque. O padre Chico, garante que foi isto que lhe aconteceu quando de uma denuncia do deputado de que ele praticava o charlatanismo, exploração da credulidade popular e toda sorte de atos ilegais em seu templo do largo Agente Cícero, próximo ao largo da Concórdia. Este homem sem caráter, com capacidade para praticar tais crimes, se torna muito mais perigoso quando imune às leis, por seu mandato parlamentar. É muito poder nas mãos de uma mente criminosa, de alguém que é capaz de tantas atrocidades e sem o mínimo de vergonha na cara por atos tão mesquinhos. Sei que estou sob risco sério de minha segurança pessoal, ao me confrontar com este pernicioso anfitrião da maldade extrema, que busca notoriedade visando obter votos de eleitores ignorantes que vislumbram em suas fanfarronices um suposto herói. Mas, não me acovardarei, não cederei diante das ameaças, e serei leal ao princípio profissional de meu vínculo de Jornalista Profissional e de trabalhador honrado. E o grande Deus, tem me ajudado muito. O Capitão Conte Lopes me chamou para apresentar seu programa na Rádio Atual, e o melhor é que o doutor Paulo Abreu, consentiu. Assim, hoje sou locutor redator e apresentador de três Rádios: DIFUSORA, TUPI e ATUAL. Isto, desde o dia 23 de maio de 1994. Já ia me esquecendo da Rádio Nacional de Brasília, onde tenho de apresentar noticias de São Paulo, numa rede nacional de rádio, com 40 emissoras em cadeia todas as manhãs. Portanto são 44 e não três emissoras que contam com o meu trabalho profissional. Não tem sido fácil a vida de luta, para manter uma posição decente, o meio de sociedade. Os indivíduos invejosos, covardes, que pululam em torno de alguns poderosos são capazes de ataques surpreendentes, inesperados e jamais imaginados por suas vitimas. Deus, o grande criador de todas as coisas, esta atento aos nossos reclamos e com certeza, nos dá alternativas para fugis dos maus e de suas perseguições. Desde pequenos, e ao longo dos anos aprendi com a prática, que a oração, ou a simples exposição de nossos fraquezas e anseios, nos abrem novas oportunidades e inesperadas chances de vida. È só falar com Deus. Numa das coisas que me recordo com clareza é que minha mãe me passou um ensinamento, confirmado pelo meu pai e depois repetido com muita clareza no aprendizado do catecismo: “GANHARÁS O SUSTENTO, PARA TI E TUA FAMÍLIA, COM O TRABALHO DE TUAS MÃOS E O SUOR DE TEU ROSTO’’. E hoje, vivo esta realidade, para a qual fui preparado pela “Dona Aracy Belizário Las Casas, o seu Sebastião Las Casas Brito, o seu Tango’’ e a catequista de Dois Córregos, senhorita Célia Magalhães, a Palavras do Espírito Santo de DEUS, que está na bíblia sagrada. O tempo vai passando, inexoravelmente, às vezes lento e faccioso, na a maior parte, mesclado de alegrias e agradáveis surpresas. Hoje 12 de setembro de 1994, primeiras horas de segunda-feira, se avaliar tudo que tenho vivido irei deixar aqui um retrato amargo da vida. Com mais de cinqüenta anos de idade, a angústia toma conta de meus atormentados pensamentos que tenho de controlar para trabalhar e ganhar o sustento filhos, filhas, esposa, ex-esposa, irmãos e saldar compromissos anteriores. Estamos numa época pré-eleitoral, onde os homens idealistas são minoria entre os corruptos e gananciosos pelo poder e pela fortuna. Mas todos lutam deslealmente para chegar ao poder legislativo e ao executivo. Desta cadeia de informações que a imprensa falada, escrita e televisionada, nos proporciona, captamos apenas o que interessa a alguns homens que manipularam dos bastidores do poder: “os escolhidos’’ para serem os lideres do povo enganado. A verdade sobre o caráter dos candidatos do legislativo e do executivo. A luta pelo poder é vergonhosa e, envolve ações desprezíveis de verdadeiros canalhas. E podem acreditar, eles estão entre os bons e maus. Um dia ouvi o deputado Wadir Helú, do “PPR’’, dizer que os homens de bem deveriam ter a coragem e a audácia dos canalhas, e é o que tenho percebido em quase todos eles, porém com pouca audácia e nenhuma coragem para combater a corrupção e os outros crimes que graçam no meio da política brasileira. Os canalhas agem com subterfúgios e usam a mão de outros para desferir golpes mortais. O tempo passou rapidamente, e agora em 16 de outubro de 1994, passadas as eleições de três de outubro, o povo reconduziu apenas uns poucos nomes de legislativo ao poder. A renovação parcial do poder legislativo do poder se deu com grande abstenção. Os escândalos, muitos vezes montados, e os verdadeiros denunciados “por vingança” onze deles, e divulgados pela imprensa podem ter completado o numero de representantes do povo, mas sem grande representatividade proporcional. A abstenção foi grande: Informação em dados do “TSE’’ Tribunal Superior Eleitoral, que me levam a quer que terei problemas.


O deputado Wadih Helú não foi reeleito, e o Afanásio, conseguiu ser reconduzida a Assembléia Legislativa. Porém o equilíbrio pode ser mantido, já que o capitão Conte Lopes foi reeleito. E ele é meu amigo, pensei erroneamente. Realmente, ele me manteve como Jornalista - Ancora de seu programa na Rádio Atual, onde experimentei as mais sórdidas humilhações, e tive de conviver com relatos de crueldades cometidas, supostamente com respaldo da Lei. Era fevereiro de 1.995 e como um passe de mágica, de ‘’R$198,00’’ (cento e noventa e oito reais) eu passava a ganhar cerca de ‘’R$1.500,00’’ (um mil e quinhentos reais). Por outro lado da direção da Rádio Tupi AM começava a me pressionar de modo Eu pedir demissão, ou me submeter a uma escala de serviço, desumana para quem com dez anos de casa, mora no outro extremo da cidade de São Paulo e em outro município. Não tive duvidas e pedir demissão oficialmente, através da carta datilografada e assinada sem ter comparecido aos escritórios centrais no Butantã. Tão somente, fui me entender com o Doutor Antônio Geraldo de Castro e Silva, advogado da Rádio Tupi-Difusora do Brasil Ltda., para receber o salário a que tinha direito. Aí então, tive a grata surpresa de saber que o Doutor Paulo Masci de Abreu, havia liberado todos os meus direitos, inclusive o “FGTS’’, como o que eu tivesse sido demitido. Enfim recebi os meus direitos da Tupi e passei a fazer os informativos da mesma Emissora do programa do padre Chico. E por um salário quase três vezes maior que o da Rádio Super Tupi, ou seja R$545,00, porém a tranqüilidade durou pouco. Logo vieram as despesas extras “amigos e parentes’’, que antes me ignoravam e já me viam como ultima tábua de salvação. Um filho precisava “disso’’, o outro “daquilo’’, ou uma filha, material para construção de dois cômodos. E ex-sogra disse adeus às coisas materiais e “este trouxa’’ arcou com as despesas materiais. Em síntese boas partes dos meus rendimentos ficaram enterradas no cemitério ‘’Caminho do Céu’’ de Itaquaquecetuba. A minha irmã Maria de Lourdes, a querida “Lourdinha’’, pela centésima vez pediu socorro financeiro para pagar dívidas contraídas por causa de seu enorme coração, que a fez cuidar do mano Antônio José, o “Toninho’’ e das despesas com o mano Brasil a cunhada CLEUSA e as sobrinhas JAMILLE e BRUNA. Além de não pagar a dona Luiza Aleixo, fez dívidas com os agiotas Marcelo Eli Coimbra e o senhor Jaime Gomberg, ambos meus conhecidos e que trabalharam com empréstimo em dinheiro a juros extorsivos. Também tive de pagar uma dívida de quinhentos reais com o Ceniswaldo, outro onzenário, já que a Lourdinha, poderia ter seu crédito abalado e, até a conta “bancaria’’ encerrada. Como prêmio, filha de meu pai e da minha mãe me comunicou em novembro de 1995, que já havia contratado um ADVOGADO para processar estes “HORRÍVEIS AGIÓTAS”, sem tê-los pago. Quando lhe perguntei se não seria mais fácil pagar as dívidas para com quem um dia a tirou do sufoco, que gastar dinheiro para negá-las, a “doce’’ Lourdinha desligou o telefone e dela, nunca mais eu soube até estes dias do fim de 1995. Tudo que aqui vem sendo relatado pode não conter todos os fatos, mas é a pura verdade de minha vida! Embora a nossa situação financeira tenha melhorado muito em relação ao passado de um ano atrás, minha posição profissional é deprimente pelo desgaste que sofro nos ataques do deputado, Capitão Roberval Conte Lopes Lima, na posição que assumo no “Programa Ronda da Cidade’’ da Rádio ATUAL, em defesa da vida humana seja de marginais ou vítimas e até dos próprios policiais. Sou acusado de defender os “direitos humanos de bandidos’’. É deprimente ter de assistir a apologia à violência contra a vida e a liberdade de pessoas que supostamente praticam crimes. Eu testemunhei a casos em que pessoas foram presas e teriam sido espancadas e até mortas, não fosse a presença da “IMPRENSA’’. E o que é pior, um infeliz “pedreiro’’, um dia teria sido autuado em flagrante por roubo, se não houvesse a nossa presença, numa suposta prestação de serviço, que nada mais era que uma campanha de alto-promoção de um político. Um TAXISTA passou a noite com prostitutas e travestis e não tinha o dinheiro da féria paro o dono do carro. Inventou a estória do roubo e acusou o pobre, semi-alfabetizado infeliz auxiliar de pedreiro de chinelo de dedo, roupas sujas e que esperava numa esquina o seu irmão para ir ao trabalho na Zona Norte, em Vila Cachoeirinha. A narrativa de casos policiais no Rádio Tevê e Jornais pecam pela falta de elementos comprobatórios das acusações e verdadeiros envolvimentos das pessoas. A minha verdadeira profissão, como a de todo Jornalista, é à busca da verdade, para retratar nossa época e o comportamento humano contemporâneo. Coisa difícil, já que implica em contrariar interesses de poderosos e posições que vão desde cargos por simples salários, a empregos na Polícia, no Legislativo, no Executivo e no Judiciário. Sem contarmos os interesses de ricos empresários. Alguns ouvintes de Rádio e Tespectadores aceitam a apologia ao Crime, praticada por apresentadores de Programas supostamente dedicados a defesa da sociedade e de combate ao crime. Mas, que na verdade, apenas são usados para promover seus titulares para conseguirem votos nas Eleições vindouras. E assim, vão para o Legislativo autênticos mentirosos, que arrastam consigo outros flagelos humanos até para cargos no Executivo.


A subserviência de alguns diante de seus poderosos chefes, é vergonhosa! Num passado recente ouvi um fulano de iniciais “A. F. ’’ dizer que mentiria, inventaria, ou contaria as “ESTÓRIAS MENTIROSAS mais surpreendentes’’ que o Dr. Paulo determinasse, já que era ele quem pagava o seu salário. Isto é, se venderia por um salário contra um Companheiro de trabalho em seu direito certo e Justo. Hoje me surpreendo com o fato de que conheci homens que matariam um inocente para satisfazer ao chefe, ou que já faltaram com a verdade para manter seus empregos de MERDA. Não me perdôo por ter colocado neste mundo, filhos e filhas que poderão sofrer uma cruel injustiça, ou pior, praticar-la contra um seu semelhante. Assusta-me tal possibilidade. Volto aos meus tormentos, vergonhas e sofrimento, ao deparar com este pensamento de praticas injustas e impiedosas. A ofensa lançada no ar pela Rádio Tupi, durante a briga do deputado Afanásio Jazadji, com o Doutor Paulo Abreu, distorceu minha vida. Não raro, ouço alguém, por ignorância, perversidade ou para ser engraçado, ressaltar meu defeito físico, e ainda me lançar na cara às injúrias e calúnias, proferidas pelo indigno parlamentar. A única coisa que consegui conquistar e manter nestes anos, foi o meu nome limpo no comércio, nome de Pai de dez (10) filhos e Repórter-Apresentador sério e, verdadeiro. Tudo jogado no lixo pelas inverdades do Afanásio! Hoje, dia 18 de abril de 1996, 23 horas e 45 minutos de quarta feira. Relembro tudo isso, uma vez que a angustia da incerteza, uma espécie de espada de Dâmocles, paira sobre minha cabeça e de minha família. O que aquele irresponsável fanfarrão e pederasta, proferiu em seus programas da Rádio Tupi AM, agora me atinge com mais violência. Alguns idiotas tentam ser engraçados, e se passarem por superiores a nós, nos humilhando e nos ofendendo em público, com exemplos usados pelo AFANÁSIO naqueles dias de 1994. Por mais que eu tente ignorar tais palavras e não lhes dê as formas da ofensa sugerida, é impossível controlar a emoção negativa que me ofende e retira o meu auto-respeito. Não consigo ser amigo, ou conviver com quem me nomina com os adjetivos excretados pela pústula sob as narinas do Afanásio Jazadji. Gostaria de ter a coragem, ou a falta de pudor de responder na lata, olho no olho e no momento imediato a ofensa de que: “MULA MANCA é a tua mãe’’! Ou então “você, Deputado de merda é um viado-filho de uma cadela que deseja sentar pelado num cacete, seu filho da puta’’.


Diante disto, percebo o grande prejuízo causado ao meu caráter pelas ofensas em publico feitas pelo deputado Afanásio Jazadge. É desesperador saber que por toda a vida alguém irá me relacionar com aquelas ofensas e mentiras, desrespeitando o nome que demorei a construir, as duras penas. As conseqüências das ofensas proferidas pelo Afanásio se sucedem: na rua alguém grita: oh, filho do Afanásio, seu mula manca, ou então “LADRÃO de fio’’ e até “CORNÃO’’; e no dia 12 de março de 96, fui exonerado de meu cargo junto gabinete do deputado Conte Lopes, pela minha irritabilidade pelas brincadeiras ofensivas sucessivas de outros funcionários do deputado. Agora, aos 55 anos de idade, só me resta juntar os pedaços de meu passado profissional e pedir aposentadoria, para me isolar do público radiofônico e conseguir que se esqueça de mim, dos nomes que me chamaram, das mentiras que foram ditas sobre meu comportamento e até do meu verdadeiro nome. Alguém um dia comparou “calúnia a injuria”, enfim a mentira a um travesseiro de penas, aberto ao vento do alto de uma torre. Se poderá tentar recolher, no dia seguinte, todas a penas, mas, 20 anos após, ainda se poderá encontrar penas espalhadas em cantos escondidos por perto e também muito distante dali. Naquela terça feira, irritado com as ofensas dos idiotas, que me dou ao direito de não mencionar seus nomes, critiquei sua estupidez. Aproveitei para dizer que não deveriam manipular os meus jornais organizados sobre a mesa da produção para o programa. Fui ao encontro de minha família e, um daqueles lacaios imbecilizados pela disciplina, subserviência e maldade policial militar, contou os fatos a sua maneira, ou simplesmente faltou com a verdade, com receio de que eu reclamasse de suas brincadeiras estúpidas.


À tarde fomos ao gabinete do deputado, eu minha mulher e os três filhos para, de uma forma sutil, demonstrar que realmente estávamos em São Paulo numa consulta medica. Morando em Itaquaquecetuba, e com o alto índice de criminalidade registrado na capital, minha família necessitava de proteção para viajar cinco horas de ida e volta em trem metrô e ônibus, e, portanto, não mentira para sair antes do fim do período diário da Rádio Atual. Naquele dia 12 de março havia chegado às 6 horas na redação, só meia hora atrasado e deixei o prédio da emissora do bairro do Limão, às 9 horas e 35 minutos, sem prejuízo para o programa do capitão Conte Lopes. Não sei se digo que é uma tristeza ou uma merda esta situação. Ontem estava bem empregado e tinha crédito, hoje, desempregado e o dinheiro acabando e com muitas dívidas. Dez ou doze dias após ter sido exonerado e comunicado por telefone, que não deveria mais apresentar o programa, a mesma doutora Helena Korona, me colocou em contacto telefônico com o deputado Conte Lopes, como que se fosse eu quem tivesse ligado para a assembléia legislativa. Ela é quem tinha ligado para minha casa. Ao ouvir minha voz, Conte Lopes, esbravejou furioso: “eu não preciso de você para nada posso apresentar o programa sozinho’’. Você é um merda, que não presta para nada... eu não preciso de você. E vou determinar a doutora Helena e Neide, que não me passem mais ligações de ex-funcionários, você esta demitido... demitido. Vá à merda! E desligou! Dia 20 de março de 1996, tomei a decisão de tentar qualquer outra coisa, menos trabalhar com este sociopata. No capitulo onde falo da verdade dos fatos de minha vida, mudei a forma de relato e passei a citar datas para localizar no tempo e espaço pessoas e acontecimentos que poderão fornecer subsídios à estudiosos para que analisem corretamente nossa sociedade. Se estiver certo farei os cientistas políticos e estudiosos do comportamento humano, se surpreenderem com estes semi-deuses da política legislativa, imunes a própria lei que criaram, ou ao veneno que destilam. Os deputados usam o dinheiro público em benefício próprio, ganham salários mensais seiscentos por cento a mais que os salários dos verdadeiros trabalhadores deste estado. Além de terem vantagens e benefícios inimagináveis. As providencias para eu obter a aposentadoria, vão correndo paralelamente aos acontecimentos, nem sempre muito favoráveis para nossa família. E o tempo vai passando. Na curvatura do "tempo-espaço", existem registros indeléveis que jamais se apagarão, embora muitos não recordem daqueles momentos inigualáveis. Lembro-me com alegria do musgo verde cobrindo a calçada do Jardim da casa do Vovô José Belizário. “Das palmas brancas plantadas pela vovó Francisca Camargo Belizário, do café com leite e o pão com manteiga, que ELA, sempre oferecia acompanhado de frutas e até da “coalhada natural” numa travessa branca com tampa, também de louça branca, porém com desenhos coloridos e em alto relevo com desenhos florais em azul marinho. Muitas vezes, me vem à lembrança do Gato o “Bichano branco” da tia Edna, do piano sendo dedilhado pela tia Leonta, ou Leontina (eu nunca soube ao certo o nome da irmã mais velha de minha mãe) e do “Tupã”, o cão pastor, obediente dócil ao seu Dono e com os netos e netas do Velho médico de Dois Córregos. Muitas vezes, fomos à chácara pela madrugada tomar leite de vaca tirado na hora, e ao passávamos pela casa da Tia Guiomar e do Tio Feliciano, ouvíamos uma oração e um pedido aos Anjos de DEUS, para que protegessem Aqueles entes queridos. Na sua casa moderna e acolhedora, havia um "Marmeleiro", que as vezes frutificava e a gente se esbaldava em saborear frutas maduras e gostosas.Neste 25 de janeiro de 2003, em que São Paulo completa 449 anos, afloram com violência inesperada as lembranças de uma vida inteira. Talvez a solidão traga tudo isso ao momento presente. Estou só no 23º andar do número 2.200 da Avenida Paulista, onde está o estúdio da Rádio Melodia FM 97,3. É feriado e um sábado nublado e frio. Um dia atípico no verão de São Paulo, que tem os efeitos de uma frente fria. São 13 horas e 54 minutos, momento em que começou a chover. O dia todo esteve cinzento e frio, e além de tudo cheio de solidão e, ao chegar a casa me deparei com as paredes da sala sem os quadros. Inclusive haviam retirado os pregos que os sustentavam. Foi um grande impacto. Eu consegui administrar a decepção, para que o meu interior não ficasse exposto. Mas minha alma angustiada e humilhada chorou. Não tenho como explicar o que ainda sinto ao me lembrar que me deparei com os meus quadros jogados pelo meu quarto de dormir. Sei que fiquei lívido, mãos tremulas, com arritmia cardíaca e se tentasse falar, estaria com a voz embargada. Foi terrível e angustiante sentir a vingança torpe e sem motivos que aquelas pessoas tão amadas praticavam contra quem mantinha sua subsistência às duras penas, já que a condução era precária, a distância longa e o salário uma ínfima importância pelo tempo e esforço desprendidos. Eu acabara de descobrir que não era bem-vindo em minha própria casa, e o que é pior, não era amado pelas pessoas que eu mais amo. Tudo o que aprontei nesta vida, nos últimos tempos, fiz por elas. “Doeu e ainda dói muito, não no corpo, mas a alma, pois se pratiquei injustiças, deslizes e atos não muito honestos foi por ELES”. Se aliviasse um pouco, eu iria chorar aos borbotões, soluçando convulsivamente. Mas, foi silenciosamente que minha “ALMA” chorou copiosamente como chuva que desaba sem trovões e relâmpagos. Ao abrir a janela do meu quarto os céus também derramavam copiosamente água que só se fazia ouvir ao bater de contra os objetos e o solo endurecido como ficaria dali para frente o meu sentimento de homem perseguido injustamente. E tem mais, se eu continuar escrevendo sobre estas coisas, sofrerei uma vez mais. Só não consigo entender o motivo pelo qual sou tratado como o último dos homens. Eu sabia, desde o dia em que dona Aracy Belizário Las Casas, morreu que não teria mais um carinho em meus cabelos para me afagar e acalmar nas noites turbulentas e poder dormir tranqüilamente. E não haveria mais uma mão amiga para segurar a minha, além da certeza em seus conselhos e andar seguro pela vida. Aos meus filhos, filhas, mulheres e aos meus irmãos, embora não lhes tenha dado tudo o que mereciam e necessitavam, dei tudo o que adquiri com estudos e muito trabalho. Sei que os filhos e filhas foram induzidos pelas mães a me maltratarem, mas e elas, que razão teriam para tamanha agressão? Quando iniciei a elaborar um texto publicável de meu “Livro: RETALHOS D’ALMA” comecei a receber agressões e ofensas verbais de amigos, parentes e até de colegas de trabalho. Do Radialista e Astrólogo, Cícero Augusto, recebi a advertência de que seria processado se falasse demais sobre as pessoas. Pergunto-me se seria pelo fato de Ele jamais ter-me pago por escrever as “Histórias de minha Vida” durante oito meses consecutivos de segunda à sexta-feira. A minha Sobrinha Cláudia, filha do meu irmão Luiz Carlos, me ameaçou com processo se Eu falar inverdades de sua Família. No caso do Cícero Augusto, e no da Cláudia, lhes afirmei que podem se tranqüilizar já que falarei apenas a verdade, como por exemplo, que a minha querida Sobrinha agrediu com um cabo de vassoura o próprio pai embriagado e cheio de um palavreado chulo e impróprio para a ocasião. O Luiz Carlos acabou com um enorme “galo” e uma dor de cabeça, tendo de receber atendimento médico. E meus filhos, filhas e a última ex-esposa como foram acreditar nas pessoas que mais desejavam nos humilhar e nos separar? O período anterior foi todo escrito aos poucos, entre 31/12/02, terça feira e 31/01/03, sexta feira. Hoje é sábado, 1º de fevereiro de 2003. São oito horas e cinqüenta minutos. Há sol e a temperatura é de 22º graus. O dia está lindo, e apesar das contrariedades e solidão, estou em paz. Nestes dias tenho tido inúmeras razões para escrever e desancar o porrete em algumas pessoas. Mas, a minha paz interior é tão maior que toda a mesquinhez humana, que não pretendo conspurcar este registro. Enfiaram a mão na minha conta bancaria, levando R$180,00. O Bradesco diz que vai tentar descobrir como é que um cartão velho, deixado na casa onde morei por diversos anos com minha ex-esposa e filhos, não perdeu a validade quando utilizei a unidade nova. Porém, o dinheiro não aparece. O meu advogado, encarregado de comunicar o juiz da vara de família esta em “Lins’’ – lugar incerto e não sabido -. Embora Eu não fosse tomar nenhuma providência Policial ou Judicial, pois poderei incriminar alguém que amo. E isso não desejo fazer de forma alguma. Alias, só temo morrer pela possibilidade de não estar aqui quando um de meus Filhos, Filhas ou netos necessitarem de apoio que poderei oferecer. Os telefones do Dr. Marcos Farnezzi, contratado para tratar de me defender contra acusações caluniosas de minha ex-esposa, estão na caixa postal e ele não responde aos meus recados. Neste dia 14 de fevereiro de 2003, uma sexta-feira, as 18h04min horas, o Sr. Rogério Carbone, me confidenciou que estão ocorrendo dificuldades para renovar o contrato com a Delta Prime e sua América - Casa fácil. Portanto fica suspenso o comercial da empresa este domingo, 16/02/03. Vou manter a calma como em outras vezes, apesar da situação financeira dificílima que me encontro. Deus proverá minhas necessidades. Hoje é 10 de março de 2003, segunda feira. Quase nada mudou. Logo em seguida a ultima anotação, o Ronaldo Tedesco, assumiu a direção da rádio Melodia. Tudo vai melhorar. Hoje, dia 07 de maio de 2003, quarta feira, e as 08h53min horas, o Dr. Marcos me ligou e me garantiu que a minha aposentadoria poderá sair até o próximo dia 14 de maio. Neste dia 14, quarta feira de maio de 2003, nada houve de relevante. Não tem sido fácil a vida de luta, para manter uma posição decente, no meio de sociedade. Os indivíduos invejosos, covardes, que pululam em torno de alguns poderosos são capazes de ataques surpreendentes, inesperados e jamais imaginados por suas vitimas. Deus, o grande criador de todas as coisas, esta atento aos nossos reclamos e com certeza, nos dá alternativas para fugis dos maus e de suas perseguições. Desde pequenos, e ao longo dos anos aprendi com a pratica, que a oração, ou a simples exposição de nossos fraquezas e anseios, nos abrem novas oportunidades e inesperadas chances de vida. È só falar com Deus. O que me dá forças é o poder que o CRIADOR colocou em minha boca, ou seja: PALAVRAS. Ao tomar conhecimento que um dia o SENHOR falou comigo e determinou que eu não temesse, pois estava comigo para me livrar de todos os males, nos colocando sobre tudo o mais na terra, para desfrutarmos do banquete da vida, para edificarmos o bem em nossos e nos Espíritos de Nossos Irmãos, fiquei e estou tranqüilo. Mas, te digo amigo, sinto muitíssima saudade de um passado não distante, que só a música o torna suportável e feliz. Recebi de Alguém o anexo "Que Saudade", e senti saudade dos dias que vivi e das horas que sei existiram, mas não tomei conhecimento. Talvez por ignorância ou por desconhecer que pudessem existir. Mas, hoje me fazem falta na lembrança de um passado remoto, que poderia ter sido enriquecido por aqueles fatos tão importantes. Porém, a vida é assim: Eu desejo ter vivido na época de "JESUS", mas também desejo viver num futuro onde as doenças estejam banidas do meio da Humanidade. E a ausência de AMOR é uma delas. Agora sei que antes da fundação do Mundo, DEUS reuniu filhos, anjos e santos. E nos deu ordens a nosso respeito. Muitos não se lembram, mas até o rebelado anjo de luz estava lá. No mais profundo de nossas lembranças, sabemos que devemos ser bons, honestos e que a maior força que vem do Amor, é a "PALAVRA". E "ELA" pode ser de Amor, ou de maldição. Mas, nos responsabilizamos por "Nossas Palavras". O Radialista Daniel Magalhães, já dizia em 1.962 que “Em matéria de amor, quem não tem para onde ir, todos os caminhos são caminhos. Mesmo porque a maior prova de amor é a renúncia”. Tendo vivido dias, horas, meses e anos de cruel solidão mesmo cercado de amigos, colegas, parentes, filhos e Esposa, sempre me senti atormentado e carente de amor e dedicação dessas pessoas à quem me dediquei de corpo e alma. Eu lhes oferecia meu trabalho e o resultado dele, além de me dedicar em saber do bem estar de cada um. E o retorno sempre foi cercado de cobranças de mais valores para gastarem, de mais e mais bens materiais para lhes dar conforto. Parecia que todos tinham combinado que se desse tudo certo, eles teriam planejado muito bem. Mas, se algo desse errado, Eu seria o culpado com execração pública e sem direito a qualquer perdão. Eu vivia me culpando constantemente pelas coisas que não davam certo em nossas vidas. Cansado de tantas injustiças, explorações e perseguições, em 26 de fevereiro de 2.000, um sábado, decidi que não havia motivos para continuar tentando entender e mudar o rumo da Nau que singra por mares bravios. Por não suportar mais agressões injustas, explorações e desprezo infame dos entes mais queridos de minha vida, resolvi partir, deixando minha casa. A tormenta me envolve enquanto os vagalhões desestabilizam todos no convés. Mesmo com os gélidos motivos, os ventos do ódio fustigam a minha serenidade enfraquecendo minha determinação. Mesmo assim, tentei me manter alheio as farpas envenenadas, que tornaram impossível uma convivência normal. Porém, é atroz e deveras insuportável tolerar ofensas brutais e agressões, que em outros tempos me fariam um feroz predador. Como violência gera violência, após ofensas verbais e agressões físicas, parti com os olhos lacrimejantes, coração despedaçado e pensamentos desordenados. Sem saber, de início, para onde ir, caminhei pela Viela sombria ouvindo ao longe a Sanfona de Mário Zan (Zandomenig) tocar o Hino feito em 1.954, em homenagem ao “Quarto Centenário de São Paulo. Não importaria de quem fosse a deseducada vociferação que me fora dirigida momentos antes, lhe custaria seus dentes, muitas dores e muitas ofensas piores, porém agora Eu me calava. Um pequeno ferimento na mão esquerda sangrava, enquanto meu relógio, atingido por uma forte pancada deixava de trabalhar. Guardo até hoje meus óculos com as lentes arranhadas pela agressão física, acompanhada de golpes que haviam me atingido momentos antes. Hoje, deposito em DEUS as minhas ansiedades e frustrações, e clamo por sua Justiça para que meus agressores tenham um aprendizado de Fé e amor. Que possam entender o motivo da vida, os direitos de cada um de nós e saibam respeitar a liberdade de viver em harmonia. É justo que Eu faça a minha parte, mas que entendam minhas limitações, muitas vezes causadas pela ação de outras pessoas. No entanto espero que os perversos sejam punidos com a mão poderosa do nosso DEUS, que os pulverizará, para que parem com suas ignomínias explorações. Minha angústia cresce, já que as ofensas só se repetem e aumentam de proporção. Enquanto trabalho em condições adversas, uma boca cheia de mentiras sopra maldições em minha vida, envenenando corações despreparados e desprotegidos pela ausência de Fé em DEUS. Senhor JESUS por mais que Eu tente imitá-lo, minha condição humana se rebela com tanta infâmia e covardia. Infâmia, já que não mereço tais agressões, uma vez que apenas me ausento para dar sustentação às necessidades de nossas vidas. Covardia, já que estes que me agridem me desrespeitam ofendendo com palavras duras, e me desprezam, sabem que não abandonaria até agora, e não revidaria seus atos por amá-los com extrema dedicação. Jamais deixarei de amar minha Família, a vida este nosso mundo, embora tenham feitos coisas que me magoaram muitíssimo. Se consigo viver com esta dor física que me atormenta constantemente, posso conviver com a dor moral e mental que as vezes me faz perder o fôlego. Pergunto-me constantemente como conseguem odiar aquele que lhes dá amor, superando uma deformidade física que causa dor intensa e limita movimentos simples e tão comuns e necessários para uma vida normal que tenho mantido. Foi a fome e a subnutrição na pré-infância, infância e na adolescência, que fizeram meus ossos fracos. Nem por isso não alimentei rancores ou neguei amor aos meus pais e irmãos, apesar de que me surpreendi com a rejeição de antigos amigos e colegas de Escola e Trabalho. Apesar desta limitação, sei que a vida poderia ser muito melhor se me fosse dado o amor e a compreensão que me devem meus Familiares e amigos. E por que culpá-los, se não souberam ou não quiseram fazer mais e com perfeição? No entanto, diante de tanta indiferença, ainda me questiono: “Quem condenaria um Pai que não é capaz de dar tudo que seus filhos desejam ou necessitarem?” Eu não poderia julgá-lo. Apenas poderei amá-lo, e se conseguisse ajudá-lo no que pudesse. Nesse ponto reside a distância entre o Homem e seu Cão. O homem observa, enquanto o cão vigia. O homem pondera em defesa de seus direitos, e seu cão morde em defesa de seu território. Se me restar algum tempo de vida, nunca terei fito o bastante enquanto não mudar para melhor a quem amo. A grandiosidade de uma Alma, se mede pela sua capacidade de perdoar. A bestialidade de uma fera se mede na ferocidade de um ataque. A perversidade de uma alma infeliz e endemoniada se pode medir pela sua capacidade de causar o infortúnio ao seu redor. Se pudéssemos observar o íntimo de tais almas, veríamos os andrajos que lhes cobrem os corações. Comprazem-se com a dor e o amargor de viver, como se fossem vítimas profissionais. Não reconhecem os fracos e as pessoas que necessitam de ajuda. Apenas podem ver a maldade que as suas pobres almas refletem. As almas perversas se consomem no próprio veneno que seu ódio destila. Acusam os outros de maldades, enquanto não esquecem seu imenso rancor. Se parassem para pensar perceberiam que o erro alheio, ou engano, não foi tão grave que justificasse tanto ódio ou punição. Onde reside a maldade? : Na tua piada infeliz, que só pretendia me fazer rir, ou em minha mente, que interpreta como quer as tuas palavras? Cuidado alma perversa. Teu ódio gera uma energia negativa, que pode destruir teu próprio corpo. No embate entre o Mar e a encosta quem perde é o Marisco. Até quando Você acredita que o rochedo agüentará as investidas do mar bravio? Se até a suave brisa que te afaga a face, e agita teus cabelos, pode ondular o lago e mudar as formas das dunas, imagine o poder do vento em uma tempestade. Só um grande amor, ou para se salvar uma vida Eu agrediria a NATUREZA. No entanto, pessoas muito amadas por mim, resolveram derrubar dois Coqueiros em meu Jardim de casa, e acabaram mutilando terrivelmente um Salgueiro Chorão na calçada de casa, em Itaquaquecetuba. Ao chegar a minha casa, em 27 de fevereiro de 2.000 após ter trabalhado até as doze horas, ao me deparar com a moto-serra dilacerando as plantas, que cuidei com carinho desde que as sementes germinaram, chorei silenciosamente, e pude experimentar sentimentos antagônicos. Primeiro, a dor de perder a presença viva dos vegetais que tive em minhas mãos como simples sementes. E por outro lado o alívio por ver minha Família alegre por se livrar das Árvores plantadas por mim, para enfeitar nosso LAR e tentar melhorar o oxigênio que respiramos. Permaneci em silêncio e envergonhado com a maldade de meus Filhos e da Mãe deles que determinaram a morte daqueles vegetais frondosos. O coqueiro com mais de dez metros de altura nos oferecia sua sombra há mais de vinte anos e abrigava maritacas e outros passarinhos que faziam ninhos no Salgueiro Chorão e no coqueiro mais novo. Os frutinhos amarelos dos coqueiros eram doces, carnudos e chegavam a ter o tamanho de uma Serigüela grande. Suas folhagens, ao sabor do vento produziam um som que era música para os meus ouvidos. Os pássaros faziam festa e cantavam nas copas e galhos. A Natureza de DEUS faz as plantas pequenas naquela ocasião, chegarem minhas mãos. E Eu, as transportei com minhas próprias mãos, escolhendo com a Família o lugar onde colocaria suas raízes. Cuidei delas e as vi crescer ao longo dos anos, para descobrir depois que o desejo de destruí-las era uma disputa para saber de quem eu gostava mais. Se da Mãe de meus filhos e filha, ou das árvores. Hoje, reconheço que fui covarde e permiti tal atitude, que mesmo amando todo mundo deveria ter impedido o sacrifício das plantas, que por um longo período me motivaram a conviver com a Natureza. Só DEUS pode me perdoar, pois a Lei e a Humanidade, com certeza não me perdoarão jamais. E o pior, reconhecimento, carinho e afeto daqueles a quem pretendi agradar me calando não recebi. Além do que não tenho mais a sombra gostosa das plantas, os pássaros cantando, o revoar de Abelhas e Borboletas e o perfume das Orquídeas e outras flores que cresciam sob a proteção das folhagens que filtravam a luz forte do sol. O prejuízo foi grande para todos, mas Eu perdi a PAZ que me possibilitava sonhar com um mundo melhor. Calado e com uma lágrima oculta, prometi que vou observar todos os dias aquele pedaço de terra onde ainda restam plantas rasteiras, e se encontrar um coquinho brotando, vou transplantá-lo para um lugar seguro, onde poderá vir a ser frondoso e ocupar o espaço que a Natureza lhe reservou. Talvez brotem alguns coquinhos e terei um lugar para cada um crescer e abrigar pássaros, borboletas, abelhas, orquídeas e oferecer oxigênio e sobra para muita gente. Neste episódio de minha vida, pude recordar de um período próximo de 1.946, onde a floresta virgem fazia parte do meu dia a dia. Se Eu olhasse por qualquer janela ou porta de casa, lá estavam as Árvores, frondosas, pequenas, brotinhos ou pequenas medas. Entre elas se entrelaçavam cipós e trepadeiras. Muitas com flores, outras com folhas multifacetadas e com coloridos maravilhosos e extravagantes. No chão, as folhas caídas, amarelecidas, apodrecendo, exalavam um odor caustico e de certo modo inebriantes, que me conduziam há tempos remotos de recordações imprecisas. Na Selva de mata Virgem, Eu vira animais lindos, que poderiam se tornar perigosos em raríssimas ocasiões, e que na verdade eram caçados para servir de alimento para poucos, exterminados por sádicos membros da sociedade local, que adoravam exibir seus troféus de caça ilegal. Nas noites de lua cheia o Curiango, trinava em parceria com outras aves noturnas, intercalando sons com insetos e animais. Mesmo com certo romantismo, a mata fechada, entrelaçada de galhos e folhas, imprimia uma louca sensação de medo e terror absurdos. O local estava abafado e o suor iniciou escorrer desde os cabelos molhando minha camisa de tecido de algodão branco. Os sons dos meus próprios passos, ora ribombavam como um tambor surdo contra o solo enraizado, ora refletia o estalar seco das folhas esmagadas pelos meus pés. Os sons pareciam se multiplicar e se ampliar assustadoramente. Mas, mesmo assim, eu não temia os mistérios da Floresta, que se formava num Parque Natural e um Jardim Zoológico aberto e livre da interferência humana. Bastava espreitar demoradamente entre as folhagens e os bichos mais variados e os pássaros mais lindos apareciam despreocupados em busca de alimento. À beira da represa da Companhia Paulista de Força e Luz, de Dois Córregos, se podiam avistar Porquinhos do mato, Capivaras, Tatus, cágados e Tartarugas. As plantas em profusão, e numa variedade imensa, faziam a alegria das Aves aquáticas e dos Pássaros, que também eram pescadores. No entanto, cerca de quarenta anos depois no dia 27 de fevereiro de 2.000, um domingo que assinalava o fim do horário brasileiro de verão, me oferecia um calor semelhante ao de um deserto e pior que aquelas condições naturais em Dois Córregos. Com temperatura de 27º graus, umidade relativa do ar de 20% às dezenove horas depois de uma chuva forte e muito rápida, o ar ficou abafado. O suor gelado escorria pelo pescoço, encharcando meu colarinho, com o intenso mormaço me sufocando. Minhas lembranças me levaram às pessoas que me cercam. São pessoas de almas rudes, criaturas sem um pingo de gratidão, sem respeito para com a vida alheia. Pessoas que chegam a ser perversas, sem reconhecer o que de bom receberam de alguém, que lhes dedicou carinho, investiu em suas formações educacionais e lhes dedicou carinho e amor. Não seria necessário pagar nada disso, mas não precisavam se mostrar ofendidas com um ligeiro deslize ou desatenção. E tão pouco era para se rebelarem ao ponto de odiar quem lhes ofereceu garantias em toda vida deles. E, além do mais, à alguns a quem lhes dera a própria vida. Nestes dias de 2.000, tenho vivido em paz, já que não há quem me agredisse até a chegada de minha filha, a caçula entre as mulheres, de um passeio financiado por mim. Os maus filhos e filhas somam dez criaturas lindas, que considero presentes de DEUS para minha vida. Porém, está quinta filha e caçula entre as meninas, tem se mostrado cruel e até sem a mínima educação. Sem uma razão plausível me agride e me ofende. Insensata, se esquece que se alimenta e se mantém com tudo o mais com o fruto de meu trabalho. Ingrata e temerária se esquecem e parecem ignorar que a amo desde que nasceu fruto do meu amor por sua mãe. No momento de tanta agressão, eu a vejo como uma criatura perversa e de um espírito primitivo. Ela não tem porque me maltratar, pois tem o meu carinho e meu esforço para lhe dar conforto e segurança. Não creio que qualquer filho, que ofenda e maltrate seus próprios Pais, possa ser feliz por inteiro. Talvez para poupar a lembrança de meu próprio Pai, não lhes contei o quanto sofri nesta vida ao sentir medo de quem deveria me proteger. E o pior é que passei fome com meus irmãos e Mãe, e muitas e muitas vezes na hora da Rádio-novela o “Direito de Nascer”, sob o patrocínio da “COLGATE-PALMOLIVE”, me apropriava de frutas, galinhas, legumes de vizinhos e até em propriedade de meu Avô materno, para interromper temporariamente aquele ciclo doloroso de fome estremada. Não foi fácil romper os princípios morais implantados em meu caráter pelos ensinamentos de minha doce Mãe a dona Aracy, mas a fome era cruel e pensando em meus irmãos, enquanto todos estavam com os ouvidos colados nos aparelhos de rádios, e os homens ais velhos reunidos nas calçadas fumando seus cigarros de palha com fumo de corda, meus Avôs José Belizário, lendo o Jornal o ESTADO de S. PAULO, Eu pulava as cercas e muros invadindo os pomares. Os cães de guarda me reconheciam como amigo e nem latiam. Sempre havia o Luiz Carlos para me auxiliar para carregar o que era coletado em minhas investidas. Como éramos pequenos passávamos despercebidos pelos transeuntes esporádicos. Nós sentíamos muita vergonha, pois o ladrão de frutas, e principalmente o de galinhas, sempre foi considerado um “pé de chinelos”, ou um sujeito desprezível. O ladrão de galinhas se pego nem era preso. Apanhava de chicote e tomava um bom banho de salmoura e era solto na via pública completamente nu. Que vergonha! Mas era um segredo só nosso e minha mãe fazia vistas grossas, apenas nos interrogando antes de preparar a comida, fosse ela qual fosse, se fora um presente de alguém. Ela fingia acreditar que um fulano de tal nos dera tudo em pagamento por um trabalho braçal realizado, o que às vezes acontecia. Mesmo assim, Eu e meus irmãos amamos ao extremo nosso Pai e nossa Mãe, que com suas limitações nos ensinaram a grandiosidade da vida com amor e respeito, mesmo na mais miserável existência entre os desprovidos dos benefícios de uma sociedade imperfeita. Quando o “seu TANGO” permanecia sóbrio, era a pessoa mais justa que conheci, um verdadeiro amigo e não havia melhor Pai ou Marido para minha Mãe. O meu Pai passava-nos completa segurança e falava de tudo que necessitávamos para viver bem. Dizia-nos que seria preciso entender as pessoas e não esperar sermos compreendidos, e que se um dia alguém diante de nossa porta, esbravejasse e nos ofendesse aos berros, não o agredíssemos, pois poderia ser alguém querendo pedir socorro, só que sem saber como fazê-lo. Quantas vezes Eu chorei escondido, pedindo a DEUS que modificasse as atitudes de meu Pai, para que abandonasse as bebidas e os amigos de copo e beira de Rios, onde com desculpa de pescar, enchiam a cara de cachaça. Nós todos queríamos o seu Tango sóbrio. Parecia-me viver em dois mundos paralelos, onde num período de tempo muito curto éramos felizes e cheios de amor em uma Família perfeita, e na maioria dos dias, vivíamos o terror das noites cheias de monstros terríveis que nos atormentavam constantemente. De uma fome indescritível, que tomava forma de um fantasma esverdeado, com uma gargalhada rouca, socava meu estômago por fora de meu corpo, e depois o monstro introduzia seus dedos nodosos e ressequidos em minhas entranhas que se retorciam e doíam atrozmente. Para aplacar a fome, que não nos deixava dormir, minha mãe nos oferecia uma pedrinha de sal grosso, uma colherinha de açúcar e bom copo d’água. Mesmo assim, a vida foi boa comigo, que comecei a trabalhar desde os meus primeiros anos de vida, inclusive tendo aprendido cuidar de meus Irmãos desde que nasceram. Tornei-me uma pessoa melhor assumindo uma posição de orientador. Ao ser traído numa de minhas ligações amorosas, pude decidir por partir sem me tornar um predador, poupando minha alma imortal. Se assim posso agir por entender e perdoar quem me rouba a exclusividade do amor de uma mulher, perdoar a mulher me furtou a Paz e a tranqüilidade de um futuro melhor junto de meus filhos, desejo receber o entendimento dessas crianças de que sou um verdadeiro Pai. Não chego a entender que minha narrativa tenha sido coerente, e que possa ser compreendido pelos meus mais próximos entes queridos. Hoje Eu não me arrependo por ter agido assim, mas houve um tempo em que o meu instinto animal-macho se manifestou e por pouco não reagi como um selvagem. Nos manuscritos em que relatei os fatos tristes desta vida tentei não baixar o nível e não ser vulgar, procurando fazer de minhas palavras uma oração de desabafo. Acredito que minhas palavras devam ser uma prece que me aproximem de DEUS, e ao mesmo tempo possam servir como terapia para suavizar as dores dos traumas vividos desde a minha pré-infância. Desde os sete anos de idade venho enfrentando momentos dolorosos de solidão absoluta. Mesmo no meio de parentes e no seio da Família, me senti muito solitário, já que sempre vive envolto nos meus dramas pessoais. A miséria que nos envolvia e a violência conseqüente, constantemente se mesclaram com os momentos de alegria e descontração. Eu sempre soube que ao voltar para casa o terror voltaria a se formar sólido por intermináveis minutos e talvez horas a fio. Eu nunca arredei pé de uma situação difícil enfrentei as ameaças com destemor de quem sabe que o máximo que alguém pode fazer contra nós é nos matar. E como sei que a eternidade reserva a Paz e a Graça de DEUS aos que seguiram os ensinamentos de Jesus Cristo, recebendo a inspiração do Espírito Santo de DEUS, suportei e suporto as adversidades sem os temores imponderáveis da morte física. No dia vinte e sete de fevereiro do ano dois mil, um domingo que assinalou o fim do horário de um período, nós todos conversávamos com a então minha sogra a dona Waldice Tavares Pedro, chamada carinhosamente de dona Maria, por ter sido casada com o Português Manoel Carmaneira em Rancharia, no interior Paulista. A conversa entre a dona Maria, minha ex-esposa Célia R. F. Las Casas Brito, meus três filhos e Eu, durou cerca de cinqüenta e cinco minutos. O maior período de conversação foi entre a dona Waldice e a Célia, porém foi durante os meus cerca de oito minutos com a velha senhora ao telefone, que as críticas e piadas surgiram dos outro quatro membros de minha Família. Eu fui abertamente criticado por falar ao telefone com minha sogra, como que isso fosse uma afronta, um exagero ou uma despesa desnecessária. Ainda bem que a dona Maria não ouviu as piadas e deboches cercados de ofensas desrespeitosas. Quero destacar que a minha ex-esposa Célia, não estimulou a atitude desrespeitosa e inconseqüente de nossos três filhos, mas,... Nada disse contra tal procedimento, que poderá resultar em prejuízo para Eles próprios. Naqueles poucos minutos, eu tentava confortá-la pela dor de ter de conviver com um filho que se tornara um alcoolista, caminhando rapidamente para um quadro degenerativo de perturbação mental e perda da saúde, com um quadro de cirrose hepática. Dentro desse espaço de tempo, todos eles falaram inclusive com o tio Milton, que se animava a fazer um tratamento e ficar confinado numa Chácara de Repouso e Tratamento de dependentes Químicos. Na minha vez de falar com meu cunhado e minha sogra, recebi a perturbação de grosserias e Piadas que ridicularizavam minhas palavras e o tempo usado na conversação com meus parentes ao telefone. Não foi um momento feliz e nem pude me concentrar no assunto principal, que consistia em bancar o tratamento do Milton, na região rural em Salto de Itu. A minha participação na conversa foi importante e decisiva para tentar salvar a vida do irmão de minha ex-mulher, mas poderia ter sido mais profícua se Eu tivesse me concentrado melhor. Tive de fazer noutro dia outra ligação e convencer o Milton a vir para nossa casa em Itaquaquecetuba, de onde Ele partiria com sua irmã para fazer o confinamento para desintoxicação financiado por mim. E só para constar, todas as despesas de nossa casa sempre foram pagas só por mim. E nunca reclamei disso, tendo inúmeras vezes ficado muito feliz ao falar com dona Maria, pois isto me alegrava e a fazia feliz. Sempre me deu satisfação falar com os mais velhos, pois Eles têm muito a nos ensinar. Além do que, devemos dizer aos nossos velhos o quanto os amamos, já que isto os faz felizes e realizados depois das batalhas e agruras da vida. E não precisamos lhes dizer com bajulações, mas sim com atenção e respeito que Eles percebem facilmente e apreciam. Aprendi sobre a solidão dos idosos e das pessoas doentes internadas por períodos prolongados, pelas experiências adquiridas durante meu internamento prolongado no Hospital das Clínicas de São Paulo em 1954, e depois pela vivência no Jornalismo Setorial na Rádio Bandeirantes e nos Diários e Emissoras Associados. Num dia de 1980, que não gosto de recordar, em meio à greve legal da TV Tupi, o senhor Osvaldo Amorim, solicitou que mantivéssemos a Rádio Tupãn (Tupi AM 1.040 de São Paulo) no ar e assim impedíamos o Dentel de tirá-la do ar em definitivo. Se o seguíssemos teríamos os salários atrasados colocados em dia e a garantia de emprego durante sua gestão como diretor da ‘’Emissora TUPI AM 1.040’’. Este senhor ao estilo e alguns ofídios que sugam o leite de uma mãe e dão a calda inútil para a cria chupar, tirou tudo que podia tirar de nossa aquiescência e no dia cinco de janeiro de 1981 nos colocou no olho da rua. Ao todo éramos mais de 62 funcionários, porém alguns ficaram mais evidentes na programação da Rádio Tupi AM e em conseqüência foram marcados pelo Sindicato dos Radialistas. Foram denominados como traidores e perseguidos pelos ex-companheiros: José Reis Neto, Humberto Mesquita e Alberto dos Santos Freitas, além de outros. A perseguição se deu de modo calado e lento. Ao se procurar outro emprego sempre se encontra um colega, que informa aos citados lideres que através de negociações e contatos sigilosos, impedem nossa contratação. Atitude extremista e própria de seres despreparados, que se ocupam do poder e não se dedicam à justiça, mas sim a torpe e mordaz vingança. Neste período da política brasileira, onde apesar da ditadura se fala em abertura e liberdade, os chamados homens de esquerda se escravizam diante falsos valores: inicio de um evidente racismo; desvios sexuais e esfacelamento da família, com reflexos em longo prazo no sentimento de ‘’patriotismo’’. Ao mencionar o senhor Humberto Mesquita gostaria de registrar para a história que o conteúdo de seu livro sobre a greve da Tupi é APÓCRIFO, isto é, não é autentico, já que falta com a verdade. Talvez o mentor de tal ‘’OBRA’’ não tenha vislumbre de sua pequenez mental, que não consegue entender os gigantescos interesses que causaram os estragos nos pagamentos de salários, as concordatas e as falências das empresas ASSOCIADAS. Sem esticar o assunto: a guerra surda entre os vinte e dois CONDÔMINOS e os herdeiros de Assis Chatoubriant, além de luta de grupos pela posse de um ‘’canal livre, de abrangência nacional, de TV.’’ Exceção feita à Assis Chatoubrint Bandeira de MELLO, os outros aqui mencionados têm o meu mais profundo desprezo, por suas insignificâncias e desprezíveis rasteirismos no trato da solidariedade humana. “Humberto Mesquita: jornalista e radialista minúsculo, é um ridículo homenzinho e um profissional de uma pequenez absurda. ’’ ‘’José Reis Neto: operador de som e, portanto um radialista inexpressivo que se destacou por ser uma pessoa grosseira e impulsionado por largo e reles habito de produzir futricagem entre os próprios colegas.’’ ‘’Alberto dos Santos Freitas: um radialista sem grande destaque como profissional, mas destaque como líder, por sua grande intolerância no trato com os patrões’’, mas sem capacidade de avaliar um procedimento isolado que não esteja alinhado com seus planos. ‘’ UM OBSTINADO SINDICALISTA causador de impacto na opinião coletiva dos sindicalizados, por sua veemência na cobrança dos direitos dos trabalhadores.’’ ‘’Osvaldo Amorim: criatura enviperada e falsa como o diabo. Seu sorriso, quase que escondido revela um alto grau de pedantismo e capacidade de trair até a própria mãe. Este grande corvo, tem por prática observar nossos gestos e costumes e assim conhecer nossas fraquezas e habito, e na espreita, retira sorrateiramente o pretendido. É comum, depois encontrá-lo surpreso com nossa desventura.‘’


(Além do José Reis Neto, Alberto dos


Santo Freitas, Humberto Mesquita, havia o


ridículo Snard Moral, um almofadinha


maníaco e pretensioso)


Em determinado dia, nos encontramos e como que não sabendo que eu fora considerado ‘’persona não grata’’, pelos radialistas, por atende-lo e que me despedira, como um servente ´pouco útil, me perguntou: você está desempregado... ainda!?


Que se tenham reservado seus lugares nas profundezas do inferno, para que sirvam de antepasto num banquete dos seres das trevas.


Outros, de tão insignificantes ou inexpressivos, nestes acontecimentos, não serão aqui lembrados.


Os dias que se seguiram, foram cercados de grande angustia e muitas privações. As longas e inúteis caminhadas; os sorrisos falsos e a falta de coragem de dizer modo de contrariar o sindicato; os amigos que se esqueceram dos favores e até o desprezo dos que nasceram, como eu, da mesma mulher e o meu compadre que ao primeiro grito, pulou ao mar, ao estilo dos ratos.


Mas nasci homem e como tal viverei e irei marcar uma trajetória para a eternidade.


Um proscrito procura refugio junto a um seu igual. E lá fomos buscar apoio.


O canalha e dissimulado embusteiro.


Acho que todos podem entender a expressão: CANALHAS COM AS MULHERES, já que todos temos a capacidade, se o quisermos, de poder envolver uma mulher e não lhe darmos nada do prometido e não a deixarmos em condições de reclamar o prometido. Assim o é WILTON TUPINAMBÁ FRANCO, porém como não sou mulher e apenas queria-lhe vender meu trabalho de jornalista (reporte policial) e de radialista (locutor e apresentador), fui procurá-lo. Nos primeiros dias nada de anormal, isto é fui tratado com respeito e pude apresentar um bom trabalho. Quarenta dias após ter iniciado como repórter policial e apresentador em ‘’O POVO NA TV’’ entendi o motivo de todos serem unânimes em considerar WILTON FRANCO, um grande ARTISTA. O homem teria por base a defesa dos direitos das pessoas em seu programa. Porém, o OBSECADO SEXUAL tinha determinado que pagassem para todos os novos repórteres cerca de cinqüenta por cento do salário real e tive de suportar esta situação por três meses. E ao final para receber apenas parte do que era devido tive que fazer um acordo na justiça do trabalho. Não posso precisar
se foi em 1974 ou 75, que WILTON FRANCO me foi apresentado, sua resposta ao meu: muito prazer, foi: sou filho de UMBANDA, e filho de UMBANDA NÃO CAI! VÊ SE VOCÊ procura um bom centro e... Depois vem me ver. Você tem possibilidades na TV! Até hoje não entendi e tenho a nítida lembrança de tê-lo considerado meio louco. Após a estranha apresentação, o diretor de programas, magro como um traço negro na vertical, de botas pretas de saltos altos, camisa aberta para mostrar um medalhão preso a um cordão também de ouro, saiu abraçado a uma jovem linda (era o que se pode dizer, muito boa) e após alguns passos, apenas virou a cabeça sobre os ombros e fez um gesto significativo de como dizendo; veja como estou de mulher, péssimo não? Sete dias depois fui fazer locução em ‘’off’’, no programa HEBE CAMARGO. Os vinte ou trinta encontros que mantive no palco da TV TUPI com esta apresentadora me fizeram ter a melhor lembrança que se pode ter de uma colega de trabalho. Ah o diretor da Hebe era o WILTON e além de meio louco passei a achar que seu trabalho ia além do razoável. De TV ele entende. É quase um gênio. E lá estava a DONA BOA, participando de programas dos Trapalhões. Não fazia nada, e nem precisava. Só de aparecer de BIQUINI era um show. Seu nome parece que era Ana Paula. E quer saber mais, não vou falar das muitas e muitas mulheres que vi beijarem intimamente o MAGRO. Nem falarei da lâmpada vermelha na porta de sua sala, isto já em 1982 Vila Guilherme. LÂMPADA VERMELHA acesa é sinal que o chefe esta trocando o ÓLEO, diziam todos.


Outra coisa surpreendente no diretor narcisista é o fato de manter como diretor de produção e financeiro em São Paulo o FRUSTRADO FELLIPE WEPPER, um bêbado sem educação. Até mesmo nas primeiras horas do dia, o danado já estava bem alto e todo irritado e bastava achar que alguém iria receber mais atenção que ele, tanto do WILTON como do WERSON FRANCO, para que desse coices até na sombra do infeliz. FELLIPE WEPPER, bêbado, ou não; grosseiro ou um neurótico, este EXU ENCARNADO praticou uma infinidade de injustiças.


O temido e odiado Fellipe, quase todos os dias, por volta das oito e trinta, adentra o corredor interno, vindo do pátio de estacionamento, ostentando a pança grotesca, mostrada pela camisa desabotoada e fora das calças. Queixo erguido, barba mau feita, ou sem fazer, já com aquele olhar leitoso dos bêbados e buscando um ponto atrás do objeto a sua frente. Rosto macilento, e voz pigarrenta inicia o dia ofendendo alguém. Um observador mais atento, nota seus ardis, gestos, sorrisos e mesuras ao cruzar com pessoas em melhores cargos. O velhaco não é respeitado nem por seus iguais, que usam da suas patifarias para atingir certos objetivos, apenas se valem de sua falta de caráter, temendo seguirem a trilha direta da injustiça e o vigiam. Certos de que podem ser atraiçoados pelo CARADURA.


Por falar em CARADURA e filhadaputismo, quero dizer que na TVS ou SBT, não se faz nada às claras e se procura sempre burlar a vigilância de alguém atingido por uma ação injusta, ou mais enérgica. Para que seu autor fique à sombra do anonimato. Isto tudo é reflexo da orientação vinda de cima do grande EMBUSTE que é o GRUPO SILVIO SANTOS, composto por 45 empresas geridas por testas-de-ferro, que encobrem a ação direta do gigantesco CAMELÔ, que locupletasse mais e mais da credulidade popular, explorando as fragilidades familiares, institucionais e comunitárias, geradas de uma crise sem fronteiras e alimentadas por um sistema de propaganda que mantém cada individuo no erro, submisso e comprometido com o vampirismo que o destrói. O fato deste ‘’sistema’’ sobreviver deve-se a “aparência legal’’ de um método de operação que proporciona impunidade aos criadores de uma forma ardilosa de negociar e que faz só um lado, e sempre o mesmo, obter vantagem.


Não entendo e não quero entender o motivo da inércia que impede a ação fiscalizadora e punitiva contra o engodo praticado pelos vendedores de mentiras em forma de CARNETS e a inexistência de um órgão ou autoridade que possa impedir a falsa promoção em torno da LIDERANÇA e do BAU, que prometem prêmios a todos que adquiram seus CARNETS e os paguem em dia. Não vamos também entrar no sistema interno denominado de subdivisões com numeração para separar certos movimentos de caixa: EMPRESA Nº 54, por exemplo. Mas creiam, mesmo que apresentemos aqui provas, escriturais co o sangue das vitimas deste onzenário, nada será feito, já que até aqui apenas se pode notar a permissividade que ladeia o esbulho gaiato aos domingos na televisão, invadindo sem respeito nossos lares, como o fazem os vagabundos e prostitutas nos bares e botecos suspeitos.


A luta para sobreviver sem emprego e perseguido por uma corja de canalhas e embusteiros de um falso sindicalismo de esquerda radical se tornara atroz. De radialista e jornalista, fui para a venda de bugigangas, geladinho, pudins, coxinha e bolinhos de carne com ovos.


Traído por amigos-chefes e diretores de Rádio, Teve e Jornais recebi o desprezo até de meu irmão, também Radialista, que não concordava que eu permanecesse trabalhando, enquanto a maioria, desconhecendo a verdade do movimento paredista, fazia greve. Só com esse embuste, o ‘’Senhor Abravanel’’ poder obter o “SBT’’ canal 4. Fiquei fora do rádio, da teve e jornais, até o dia 10 de junho de 1985, um dia, após orar a Deus por um emprego e sonhar com clareza com o endereço da rádio Difusora do Brasil limitada, sem nunca ter ouvido falar de tal lugar. Foi um verdadeiro milagre de fé, com revelação divina. Ma radio Difusora, conheci pessoas muito boas, de caráter impecável e alto grau de profissionalismo, como o locutor redator, professor e advogado Olavo Marques, o jornalista, político e empresário Arnaldo Sacomani, o novelista Waldemar Ciglione, o radialista, Márne Barcelos, o radialista, jornalista e astrólogo, Cícero Augusto.


Reencontrei o grande colega, Rubens Morais Sarmento, o locutor da voz rouca, Enzo de Almeida Passos, o diretor e apresentador, Dárcio Campos, o irreverente e inigualável, Cristóvam Barros de Alencar, o locutor e redator, Antonio Carlos dos Santos ou o ‘’Leon Santos’’. E ainda uma maravilhosa redação de trabalho e amizade com o Dr. Paulo Masci de Abreu, diretor, proprietário da Difusora, que depois de algum tempo passou a ser a ‘’Super Rádio Tupi’’. Foram dias muitos bons de coleguismo, realização profissional e luta por um sonho que não acabou, e preparação de arte de informar, educar, em_buter? E prestar serviço ao público ouvinte.


Mas, o que é bom durou só até o dia 15 de março de 1993, quando o próprio ‘’satanás’’ encarnado num homem de instinto perverso deixou o horário da madrugada e por força de um contrato “Leonino” para ele ocupou o horário das nove horas da manhã, até as 12 horas e da meia noite às 3 horas da madrugada.


Para este falso jornalista e radialista, não importa os seus registros profissionais, diploma de advogado e mandato parlamentar, entrar no ar, o pretenso diretor comercial da rede Tupi de comunicações, Luiz Carlos Patrício, e seus sequazes, tiraram do ar diversos e excelentes profissionais, entre eles o Adauto Francisco, o Jota Rodrigues, o radialista e empresário, Dario Costenaro, o policial militar e deputado estadual, Roberval Conte Lopes, e muitos outros. A farsa do programa policial de utilidade pública acabou com a briga comercial entre o ‘’capeta’’ e apresentador Afanásio Jazadge com o dono da Tupi, doutor Paulo de Abreu. É incrível como um homem pode ser tão medíocre e desavergonhado, como o foi este deputado Afanázio. Durante meses a fio, por força de uma liminar da oitava vara de justiça de Santana, aquele ‘’anfíbio da lei’’, se manteve no ar, ofendendo, mentindo, caluniando, injuriando, além de forjar falsas acusações a quem quer que se atrevesse respeitar as determinações patronais do Dr. Paulo Abreu. Todo o drama vivido por nós da Super Tupi, era um plano diabólico do Afanázio, para motivar a opinião pública, com o fito de obter votos nas eleições de 1.994. Um deputado fracassado, ele precisava criar uma situação, onde ele, Afanázio, figurasse como vítima. Em sua ambição desmedida, o hipócrita, chegou as raias da canalhice desavergonhada, fazendo ameaças aos funcionários da Tupi. Atacou o Dr. Paulo Abreu e sua esposa, ofendeu operadores de som e suas famílias, iludiu outros funcionários da emissora com propostas de proteção e emprego. Tão logo e técnico de som, e assistente de diretor artístico, Gerson Ferreira da cruz, uma grande capacidade criativa, mas um imperdoável extremista de esquerda e o discotecário, programador e comunicador Antonio Roberto Mega um excelente administrador de recursos humanos, aceitaram as imposições do insano estrategista de inquietação e desgaste emocional, tiveram uma vaga temporária na produção de sua empresa Comunicapress. Pensavam-se estar empregados e seguros se enganaram. Em dois ou três meses, no Máximo em quatro meses foram despedidos. O maquiavélico repórter policial e política, com seu ego repleto de ambição de poder e imunidade que lhe concedia a tão almejada impunidade, se recontorcia de desespero, pela possível perda de prestigio diante da repercussão da invasão do prédio da Super Tupi, em 22 de outubro de 1.993, quando aguardava no distrito policial a presença do Dr. Paulo de Abreu e do deputado estadual Dr. Wadir Helú. Prepotente e em desacordo com a realidade, Afanásio, vociferava na delegacia que iria fazer autuar em fragrante, e mandar recolher ao xadrez, por desobediência os funcionários da emissora de radio que ousavam obedecer o Dr. Paulo Abreu, contrariando sua vontade, que era ofender o dono da Tupi, sua esposa dona Lucy Rotchild Abreu e seus funcionários, Vagner de Carvalho, José Fernandes Manhã e Gésner Las Casas. Os funcionários da Tupi, apenas ‘’copiavam em outras fitas’’ o programa, previamente gravado do Afanásio, deixando de lado as ofensas. As fitas de áudio originais do programa do Afanásio, jamais foram alteradas ou danificadas pela equipe de operadores e editores de jornalismo da Emissora da Vila Guilherme. Eu momento algum teríamos nos voltado contra a programação do repórter policial, se não houvesse uma ordem superior para tal. Por isso, entendemos as agressões pessoais do deputado Afanásio Jazadji, contra profissionais que não tinham alternativas, senão obedecer e retirar as ofensas injustas aos donos da emissora. Além do mais, que o caso já estava sendo discutido na justiça. Por telefone vozes desconhecidas e ameaçadoras, diziam que era perigoso contrariar o deputado: em meio a impropérios, ameaças de atropelamento, de agressão a tiros e até sermos presos com drogas que seriam ‘’plantadas’’ em nossos pertences. Foram momentos de verdadeira tortura, com sobressaltos quando o telefone tocava, tanto é que foram registrados boletins de ocorrência no 9º distrito policial. Não houve alternativa: finalmente tivemos que entrar na justiça contra as ofensas do insano e auto-idólatra deputado e apresentador do programa de rádio. Não que desejássemos ter lucros com o episodio, mas sim, para punir severamente aquele desbocado senhor que se julgava o único dono da verdade é acima da lei que nos determinava respeito mútuo.


Não foram poucas as pessoas que nos advertiram para ter cuidado, pois algo estava sendo tramado contra nós.


Um dia o repórter João Carlos, o peninha, nos confidenciou que o Afanázio, preparava uma acusação caluniosa de extorsão no 5º distrito policial.


Não se poderia acreditar que um homem público com tanto prestígio, pudesse planejar tal crime contra alguém, que até ali era vítima de ofensas, calunias e injurias de uma mal direcionada e torpe vingança. Mas a revelação era verdadeira. Afanázio, pelo menos para mim, minha família e amigos, mostrava seu verdadeiro caráter de pessoa sem respeito à verdade e de falta de temor a Deus.


Fizera a falsa denunciação de crime, caluniando a quem pretendia impedir de processa-lo criminal e civilmente. Foi um momento muito duro em nossa vida de trabalhador constante, dedicado e honesto. Jamais poderíamos acreditar que alguém em tal condição social e política, pudesse ser capaz de tanta maldade.


Agora, eu acredito que haja alguém com coragem de ser injusto, a ponto de mandar prender ou matar um inocente. O homem que manda a policia matar, atirando antes e perguntando depois, que prega a pena de morte contra supostos criminosos, nada mais é que um criminoso vulgar que mente e faz seus próprios funcionários e correligionários prestarem falso testemunho. É preciso ter fé em Deus, para não se desesperar diante de um quadro real, onde um parlamentar, que se diz nos respeitar, planeja e pratica um crime. Mas´por outro lado está mesma fé nos faz ver e verdade de que tal homem tem sido apenas um oportunista, que soube, uns poucas vezes aproveitar sua popularidade criada pelo rádio. Mas que a agora, porém, sem saber avaliar os valores humanos e as responsabilidades de cada um agrediu e tentou incriminar a pessoa errada, pois se trata, sem sombra de duvida de um inocente. E ele, que acabou perdendo seu espaço de seis horas diárias no radio, é um despreparado para o cargo que ocupa. Deveria ter lutado com a ajuda da lei e da ordem na justiça, compreendendo a posição dos funcionários da SuperTupi. O mínimo que obteria seria permanecer no ar, talvez por um tempo menor, e a simpatia e o voto dos ouvintes e funcionários, além de seus familiares.


Agora Afanázio Jazadji está fora do ar, sem amigos, preocupado com a campanha eleitoral, sendo processado inúmeras vezes e sem ter como provar sua mentira.


Foi num dia de sábado em 9 de abril de 1994, e sob os efeitos da lua minguante, às 9 horas e 22 minutos que aquele desbocado e inconseqüente foi tirado do ar por ordem expressa do doutor Paulo Masci Abreu.


O nosso patrão e Radio Difusor, não suportou ouvir as inúmeras ofensas daquele vilão da comunicação e determinou ao Wagner de Carvalho, operador do horário, que parasse a fita do programa do insano comunicador. Quero confessar que quase chorei de emoção, quando percebi que após o intervalo comercial, continuava a apresentação de uma seleção musical.


Foram dias de verdadeira tortura mental, de pura inquietação de perturbação e pânico, com as ameaças e ofensas absurdas e monstruosas daquele covarde, que se escondia por traz de um contrato leonino, de uma liminar judicial e de sua imerecida imunidade parlamentar. Ah, meu Deus como sofremos, todos da rádio Tupi, e muito mais este repórter e locutor-apresentador, por entender a profundidade da injustiça praticada, com interesse eleitoreiro pelo radialista, jornalista, advogado e Político,que um dia cheguei a admirar e respeitar. Mas, tudo caiu por terra, pois vi com clareza a enorme covardia e vileza do mentiroso comunicador, que perdia seu tempo em agredir e tramar contra humildes trabalhadores, que poderiam ser chamados de colegas, não fosse a sua total falta de ética profissional. Eu havia rezado a Deus, e até feito uma novena para a Virgem Imaculada, para que aquela figura monstruosa fosse afastada de nós. E ainda pedi aos anjos, Santos, Jesus e a Virgem, que não permitissem que o Afanásio Jazadji, fosse reeleito. No dia 16 de abril, voltei ao trabalho, mas na rádio Difusora São Paulo, na rua da consolação, depois de 11? Dias de licença médica, abalado que estava e com hemorragia gástrica, pelas seguidas e injustas agressões do insandecido e desesperado pedinte de votos. Tamanha a baixaria que promovia no rádio, por qualquer motivo que envolvesse alguém com uma ocorrência policial, para ganhar notoriedade e angariar votos, que se poderia chamar o senhor Afanásio, de indigente e pedinte da comunicação. E ainda mais, o deixava na posição de desequilibrado, insano, tresloucado e desesperado perdedor. Mesmo tendo passado vários meses, depois daquele dia 22 de outubro, ou do sábado posterior a aquela sexta-feira de 1993, posso, hoje 28 de maio de 1994, lembrar, com clareza o olhar vidrado daquele homenzarrão suarento de gestos trêmulos, que invadiu a rádio Tupi, na Avenida Nadir Dias de Figueiredo, 1329, na vila Guilherme. Ele se fazia acompanhar de policiais civis, e trazia um mandato de busca a apreensão de fitas, e cerca de 60 delas foram levadas. Tanto na sexta-feira, como no sábado, o Afanásio, parecia um tresloucado homem tomado pela fúria e também embriagado, embora não cheirasse a bebida. Suava muito enquanto falava e, em determinado momento, quando lhe caçamos a palavra e colocamos o doutor Paulo Abreu, no ar o Afanásio, foi até o delegado doutor Antonio Bicudo, e pedir ajuda. Até, o fanfarrão e desbocado deputado, parecia um garotinho que procurava o pai, de forma lamurienta e chorosa para denunciar o irmãozinho menor, a quem queria punir por vingança sórdida. Na verdade, não sei dizer se chorava lacrimejando ou se era o suor escorrendo pelo rosto contraído pelo desespero de ser impotente diante das ordens do doutor Paulo Masci Abreu. Era vergonhoso! Em realidade, eu me envergonhava com o descaramento daquele individuo pegajoso, que insistia em permanecer onde não era querido, e por sua inteira culpa.


Era como um inquilino indesejado, ou uma visita inoportuna, chata e persistente. Um “mala sem alça, e um pentelho’’.


Trabalhando, amando e sendo amado, fui vivendo aqueles dias. Paguei dívidas, tive o meu telefone, finalmente ligado e, acabei tendo a maior prova de amizade que um homem pode ter de seus conhecidos. Vários deles se ofereceram para testemunhar, em juízo, de que eu jamais poderia tentar uma extorsão, única e exclusivamente por ter um caráter ilibado, e dono de um procedimento honesto. O fato é que o insano deputado, diante dos processos que nós todos da família, movíamos contra ele, tentou provar que eu tentara extorqui-lo em 30 mil dólares. Por ser uma deslavada mentira, e pela forma covarde que o fracassado radialista, planejou o ataque traiçoeiro contra minha honra, posso dizer, sem sombra de dúvida, que o senhor ‘’Afanásio Jazadji’’ é um DELINQUENTE, um CANALHA, um COVARDE e perigoso inimigo da sociedade e do povo que um dia o elegeu como seu representante. O padre de igreja católica brasileira, uma facção dissidente da igreja romana, Francisco Silva, o meu amigo ‘’padre Chico’’, disse que o canalha do AFANÁSIO, é capaz de plantar uma prova falsa para se vingar ou se livra de um adversário. Ou ainda, para ter ‘’matéria bombástica de polícia’’ em seu programa, é capaz de pagar seus asseclas para que coloquem maconha e qualquer outra droga, como cocaína nos pertences de alguém, e assim montar um flagrante. O desumano e escandaloso comunicador de rádio, assim vai destruindo vidas e sonhos de pessoas honestas, inocentes que nunca poderiam supor de onde partira o traiçoeiro ataque. O padre Chico. Garante que foi isto que lhe aconteceu quando de uma denuncia do deputado de que ele praticava o charlatanismo, exploração da crendice popular e toda sorte de atos ilegais em seu templo do largo Agente Cícero, próximo ao largo da Concórdia. Este homem sem caráter, com capacidade para praticar tais crimes, se torna muito mais perigoso quando imune às leis, por seu mandato parlamentar. È muito poder mas mãos de uma mente criminosa, de alguém que é capaz de tantas atrocidades e sem o mínimo de vergonha na cara por atos tão mesquinhos. Sei que estou sob risco sério de minha segurança pessoal, ao me comportar com este pernicioso anfitrião da maldade extrema. Mas, não me acovardarei, não cederei diante das ameaças, e serei leal ao princípio profissional de meu vínculo de trabalho. E o grande Deus, tem me ajudado muito. O capitão conte Lopes me chamou para apresentar seu programa na rádio Atual, e o melhor é que o doutor Paulo Abreu, consentiu.


Assim, hoje sou locutor redator e apresentador de três Emissoras de Rádio: DIFUSORA, TUPI e ATUAL. Isto, desde o dia 23 de maio de 1994. Já ia me esquecendo da Rádio Nacional de Brasília, onde tenho de apresentar noticias de São Paulo, numa rede nacional de rádio, com 40 emissoras em cadeia todas as manhãs. Portanto são 44 e não 3 emissoras que contam com o meu trabalho profissional.


Nestes dias do ano 2.000, e especialmente em fevereiro, entre os dias 27 e 29, domingo, segunda e terça-feira, respectivamente, choveu além da conta e cerca de quinze pessoas morreram em conseqüências de deslizamentos, enchentes e desabamentos de inúmeras casas. Paralelamente os homens da Política Brasileira não se entendem, e pretende reajustar o salário mínimo que é de apenas Cento e trinta e seis reais, -R$ 136 reais-, podendo ir até Cento e Oitenta reais- R$ 180 reais-. Enquanto isso, os Juízes e Magistrados, já tiveram uma ajuda de custo de R$ 3.000,00-Três mil reais- além de seus salários que são de mais de Seis Mil reais-R$ 6.000,00- por mês. O Brasil vive um período de injustiças sociais e desigualdades financeiras, que revelam a péssima e perversa distribuição de renda. Enquanto uns vivem nababescamente, outros morrem de fome e por falta de assistências médica e Hospitalar. Eu consigo sobreviver a esta crise por minha dedicação profissional, experiência no microfone e por saber aproveitar as oportunidades que geralmente aparece no nosso dia a dia. E principalmente por não ter aqui, os chamados grupos de protegidos de um diretor qualquer. No entanto o eu período de trabalho diário, ultrapassa uma jornada de treze horas. Isto possibilita um ganho de mais de R$ 4.000,00- quatro mil reais mensais-, que só recebo nuns sessenta dias depois de ter trabalhado inclusive aos domingos e feriados. Mesmo assim, estou só nesta vida, representando apenas um cheque no fim do mês para àqueles a quem me dedico. Mesmo os que me conhecem, jamais me verão chorar, e nunca poderão dizer que lhes pedi qualquer bem material em troca de minhas obrigações para com eles. Como sempre tenho vivido completamente só. Contrastando com os primeiros dias de meu relacionamento, em que minha companheira aceitava meus convites para passar o dia junto comigo no meu trabalho avançado de setorista Jornalístico, hoje ninguém quer me acompanhar. Estou só outra vez, mas certo de que terei a proteção de DEUS para as minhas ansiedades, medos e incertezas diárias. Aprendi a falar em oração com o meu grande DEUS, e receber de volta a inspiração necessária. Eu falo com ELE sobre minhas mais íntimas aspirações, dos meus planos futuros, dos meus sonhos de amor, reforçando o pedido de ter coragem para continuar lutando neste conjunto de injustiças para alimentar minha Família e manter o equilíbrio diante das adversidades. Contarei, apenas para o PAI de minha alma, sobre minhas dúvidas e pedirei que fortaleça minha determinação, coragem e orgulho por manter meu amor próprio. Desejo nunca mais chorar e implorar pelo amor que deveria ser me dado de livre e espontânea vontade pela mulher a quem me uni e pelos Filhos e Filhas surgidos dessa união. Quando o fiz, certo de estar atendendo um desejo recíproco e necessário num relacionamento, apenas pude expor uma fraqueza humana e não tive a chance de demonstrar a generosidade de meu amor pleno e verdadeiro. Então fui humilhado e achincalhado diante de meus próprios filhos, que não puderam aprender a lição de demonstrar seus verdadeiros sentimentos e fortalecer os laços Familiares. Em sendo assim, agora sou indiferente para com os que se tornam indignos diante de meu amor, negando-lhes meu carinho e até mesmo minha simples atenção. Poderei ter o meu destino nas mãos de tais pessoas, mas, jamais lhes pedirei que acreditem em minhas alegações, ou que me respeitem. Diante da maldade que supera o que é inteiramente justo, sem que se tenha oportunidade de defesa ampla e irrestrita, me calarei. Pretendo que com o meu silêncio se sintam constrangidos e procurem pensar nas possibilidades que são inúmeras. Sempre é necessário pensar em todas as possibilidades antes de julgar e avaliar todas as possibilidades em um acontecimento, e avaliar plenamente os todos os atos, palavras e até uma terceira versão dos fatos. Hoje é dia dois de março de dois mil, uma quinta-feira de calor intenso, com um céu azul e pouquíssimas nuvens. Chego a me surpreender pelo fato de me acostumar com a solidão. Solidão que perece me sufocar nas horas noturnas e nos dias de feriados e domingos. Eu venho de uma Família de muitas pessoas falantes e presentes umas nas vidas das outras em todos os momentos dos dias e das noites. Um simples resmungo na noite ou na madrugada, e os ouvidos atentos dos demais captavam a manifestação, bastando isso para provocar a pergunta se estava tudo bem. Hoje, mesmo presente num ambiente com muitos membros da Família, o foco nunca sou Eu, que mantenho a sustentação do Lar e a unidade da célula mater da sociedade. O fato inequívoco, é que como portador de uma limitação física na perna direita que é sete sentimetros mais curta que a esquerda, e com artrose no cólun do fêmur direito, tenho meus movimentos limitados. Isto me torna, na concepção de muitos um deficiente físico. Para estas almas miseráveis, espíritos ignorantes e vaidosos, sou uma figura esteticamente desagradável, e até uma vergonha para maioria deles. Para esses pobres coitados só tenho algum valor se os suprir com meu dinheiro suado e ganho com muito empenho profissional diário. Diante da maldade que supera o que é inteiramente justo, sem que se tenha oportunidade de defesa ampla e irrestrita, me calarei. Pretendo que com o meu silêncio se sintam constrangidos e procurem pensar nas possibilidades que são inúmeras. Sempre é necessário pensar em todas as possibilidades antes de julgar e avaliar todas as possibilidades em um acontecimento, e avaliar plenamente os todos os atos, palavras e até uma terceira versão dos fatos. Hoje é dia dois de março de dois mil, uma quinta-feira de calor intenso, com um céu azul e pouquíssimas nuvens. Chego a me surpreender pelo fato de me acostumar com a solidão. Solidão que perece me sufocar nas horas noturnas e nos dias de feriados e domingos. Eu venho de uma Família de muitas pessoas falantes e presentes umas nas vidas das outras em todos os momentos dos dias e das noites. Um simples resmungo na noite ou na madrugada, e os ouvidos atentos dos demais captavam a manifestação, bastando isso para provocar a pergunta se estava tudo bem. Hoje, mesmo presente num ambiente com muitos membros da Família, o foco nunca sou Eu, que mantenho a sustentação do Lar e a unidade da célula mater da sociedade. O fato inequívoco, é que como portador de uma limitação física na perna direita que é sete sentimetros mais curta que a esquerda, e com artrose no cólun do fêmur direito, tenho meus movimentos limitados. Isto me torna, na concepção de muitos um deficiente físico. Para estas almas miseráveis, espíritos ignorantes e vaidosos, sou uma figura esteticamente desagradável, e até uma vergonha para maioria deles. Para esses pobres coitados só tenho algum valor se os suprir com meu dinheiro suado e ganho com muito empenho profissional diário.










(texto extraído de um momento mais há frente deste livro narrativa de uma vida)


Hoje em dia, o que me atormenta são os dias de solidão absoluta. Certamente que digo absoluta por não ter a atenção de nenhum dos meus entes queridos, que são os meus Irmãos á quem me dediquei inteiramente; dos meus filhos e filhas aos quais ofereci o melhor de mim e tudo que possuía. Posso não lhes ter dado tudo que mereciam, mas lhes dei tudo que tive. Se me explico bem, direi que sempre fui excluído da vida de minhas ex-mulheres, tão logo se perceberam desencantadas da atração física que nos unia. O desencantamento lhes deu desculpas, as mais estapafúrdias para mim, porém altamente justificáveis para Elas e para as pessoas a quem contavam suas “estórias”. Estas Senhoras a quem dediquei parte de minha vida e muitos momentos de amor sólido, talvez nem saibam que nunca me amaram. Apenas, estiveram entusiasmadas pelo fato de se relacionarem com um comunicador de Emissoras de Rádio. Afinal, minha voz se propagava por milhares de residências nesta terra. Minhas crianças recebiam múltiplas informações sobre minha suposta infidelidade de suas queridas mães, mulheres inseguras que se sentiram trocadas pela minha profissão. E se diga de passagem, que a única pessoa que mantinha contato com “ELAS” (minhas crianças), eram suas mães, responsáveis por formar-lhes a opinião sobre quase tudo em suas vidas em início de manifestação. Os meus dias permilhados de trabalho, contatos surpresa no transporte público, encontros obrigatórios na área de serviço e reuniões esporádicas, são intercalados por lembranças sufocantes de criaturas que sempre amarei. Se estes episódios constantes são sufocantes é porque não os tenho mais ao meu lado. E cheios de um ódio injustificável, me desprezam, não me visitam inventando desculpas absurdas, não me telefonam ignorando que o nosso tempo se esgota e talvez percamos a chance única de conhecermos melhor. No passado, na aurora de suas vidas, eu tive de permanecer longe por prolongados períodos, e fui considerado um Pai ausente. Mas, se assim não fosse, não poderia lhes dar sustentação de vida. Qualquer desculpa que dêm se esvairá por terra, uma vez que se quiserem realmente encontrar o responsável material por suas vidas, ninguém os impedirá. E terão a maior justificativa do mundo para passar alguns momentos comigo: Eu sou o Pai de cada um dos dez filhos e filhas, a quem jamais reneguei que reconheci documentadamente e estou pronto para recebê-los de braços abertos. Quem poderá proibi-los de ter uma boa amizade com este homem, que agora quase senil, já se empenhou em lhes o melhor desta vida. Ou será que não se encorajam em acompanhar meu declínio material, agora que meus cabelos embranqueceram, a visão ficou menos aguçada, as mãos menos firmes e os passos já claudicantes mais lerdos. Eu sei o que passei com o meu velho Pai, o meu herói, e acompanhei cada passo dele até que o substituí nesta caminhada. Neste momento me recordo de um texto que me enviou a minha prima Mirlei de Lourdes Santos Abreu Sousa: Se um dia lhe der uma louca vontade de chorar,... Chama-me. Não lhe prometo fazer sorrir, Mas posso chorar com você,... Se um dia resolver fugir; Não se esqueça de me chamar. Não lhe prometo pedir pra ficar, Mas posso fugir com você. Se um dia lhe der uma louca vontade de não falar com ninguém; Chama-me assim mesmo. Prometo ficar bem quietinho. Mas,... Se um dia você me chamar e eu não responder,... Vem correndo ao meu encontro,... Talvez eu esteja precisando de você..., E ainda posso recordar de um texto de outra preciosa prima, a Márcia José Belizário Teixeira, que diz: Não dá para parar os dias... Que passam, e passam rápido demais, num piscar de olhos,... Se de um lado você olha no espelho e vê as marcas do tempo que a gente insiste em esconder, por outro você se lembra que tem histórias verídicas pra contar, momentos a serem lembrados com um sorriso gostoso nos lábios,... E você tem formas para enfrentar a passagem do tempo: com rancor, tristeza e mágoas ou com bom humor. A escolha é sua, ao ler o livro da sua própria vida com uma boa dose de doce alegria o que é muito mais honesto. Afinal, se estamos só lembrando é porque já ultrapassamos o problema. Vencemos a vida! Se a tristeza mora na falta de alguém que se foi, com um sorriso nos lábios, temos a lembrança para matar a saudade,... Então, vamos envelhecer, um dia de cada vez, com muito bom humor e tenha momentos de recordação feliz,...


E num dia de sexta-feira, e 18 de setembro de 2.009, ao abrir meu “E-mail” me deparei com uma mensagem de um filho que acreditava ter se distanciado de minha vida solitária nestes últimos anos. E lá encontrei sua mensagem, que acredito ter sido escolhida exclusivamente para mim: Os Imperdoáveis


(Hetfield, Ulrich, Hammet)


Sangue novo se junta a esta terra E rapidamente ele é subjugado. Atravessando constante e penante desgraça. O jovem garoto aprende suas regras


Com o tempo a criança é enganada Este rapaz subjugado fez errado Desprovido de todos os seus pensamentos. O jovem homem agüenta e agüenta, ele sabe Um juramento para si mesmo Que nunca a partir deste dia. Eles tomariam o seu destino


O que eu senti


O que eu soube


Nunca apareceram no que eu mostrei


Nunca ser


Nunca ver


Não ver o que devia ser


O que eu senti


O que eu soube


Nunca apareceram no que eu mostrei


Nunca livre


Nunca eu mesmo


Então eu os nomeio imperdoáveis


Eles dedicaram suas vidas


A tomar tudo deles


Ele tenta satisfazer a todos


Este homem amargo ele se torna


Por toda a sua vida o mesmo


Ele lutou constantemente


Esta luta ele não pode vencer


Um homem cansado eles vêem, não importa mais


O velho homem então se prepara


Para morrer cheio de arrependimentos


Este velho homem aqui sou eu


Vocês me rotularam


Eu rotularei vocês


Então eu os nomeio imperdoáveis (texto extraído do ORKUT do RAFAEL LAZKAZAZ)


Eu lhe enviei meu texto sobre a vida: FILHO MEU, para Você MEDITAR,... SEMPRE


Quem não tem para onde ir, vai em frente, pois os caminhos são todos os caminhos.


Em sendo a vida uma longa estrada, aí pela frente haverá uma encruzilhada, em que fatalmente nos encontraremos.


A vida é como caminhar por trilhas e atalhos desconhecidos.


É ser surpreendido com cada explosão de um novo fato inusitado.


É desvendar a vereda intransponível do pleno conhecimento.


É transgredir regras reais e corriqueiras, mas respeitar os limites invisíveis daqueles que vagueiam por paragens sem fronteiras, mas também interferir na ação dos que de observadores se tornam predadores e exterminadores da meiguice e singeleza das águas, das plantas, dos invertebrados, das plumas e do ar rarefeito da montanha.


Agora, te ordeno: "cala e ouve! É o tempo passando. Ninguém, mas ninguém mesmo voltará a viver o momento presente. Viva cada instante de sua vida como que seja o único. Viva, aproveite, ajude, divirta-se, ame, sorria e se preciso chore. Mas faça isso com sua Alma e coração, e os céus abrirão as suas portas para receber a emoção de uma vida que não é em vão.


As tuas lágrimas se juntarão às minhas nas águas do oceano e se dispersarão na névoa das manhãs de verão. E todos nos verão, no orvalho da relva verde, cujas gotas irão molhar os teus pés descalços,... Seja feliz agora e sempre.


Pense na Alegria do Nosso DEUS que nos criou para desfrutarmos do banquete da vida. Sorria, estamos no Paraíso!


Gésner las casas


Eu sempre quis recomeçar de uma forma justa e melhor para todos. Tenho buscado nos louvores a inspiração dos levitas para permanecer na presença de DEUS.


Recomeçar


Aline Barros


Pai, Ta difícil manter o caminho, Tenho andado em meio a espinhos, Nem sempre é tão fácil acertar.


Pai, Emoções descalçam os meus pés,


Me roubando em meio a cordéis,


Me enlaçam em minhas fraquezas.


Pai, Eu nem sei o que te falar,


Mas, eu quero recomeçar,


Me ajuda neste instante.


(Refrão)


Preciso da tua mão,


Vem me levantar,


Faz-me teu servo Senhor,


Me livra do mal.


Quero sentir o teu sangue curar-me.


Agora meu Senhor,


Vem restaurar-me. (2x)


Pai, Ta difícil manter o caminho,


Tenho andado em meio a espinhos,


Nem sempre é tão fácil acertar.


Pai, Eu nem sei o que te falar,


Mas, eu quero recomeçar,


Me ajuda neste instante.


(Refrão)


Preciso da tua mão,


Vem me levantar,


Faz-me teu servo Senhor,


Me livra do mal. (3x)


Quero sentir o teu sangue curar-me.


Agora meu Senhor, Vem restaurar-me. Agora meu Senhor, Vem restaurar-me...














gésner las casas Fim






Cópia reserva


Não tem sido fácil a vida de luta, para manter uma posição decente, no meio de sociedade. Os indivíduos invejosos, covardes, que pululam em torno de alguns poderosos são capazes de ataques surpreendentes, inesperados e jamais imaginados por suas vitimas. Deus, o grande criador de todas as coisas, esta atento aos nossos reclamos e com certeza, nos dá alternativas para fugis dos maus e de suas perseguições. Desde pequenos, e ao longo dos anos aprendi com a pratica, que a oração, ou a simples exposição de nossos fraquezas e anseios, nos abrem novas oportunidades e inesperadas chances de vida. È só falar com Deus.


Numa das coisas que me recordo com clareza é que minha mãe me passou um ensinamento, confirmado pelo meu pai e depois repetido com muita clareza no aprendizado do catecismo: “GANHARÁS O SUSTENTO, PARA TI E TUA FAMÍLIA, COM O TRABALHO DE TUAS MÃOS E O SUOR DE TEU ROSTO’’. E HOJE, VIVO ESTA REALIDADE, PARA A QUAL FUI PREPARADO PELA” Dona Aracy Belizário Las Casas, o seu Sebastião Las Casas Brito, o seu tango’’ e a catequista de Dois Córregos, senhorita Célia Magalhães e, que está na bíblia sagrada.


O tempo vai passando, inexoravelmente, às vezes lento e faccioso, mas a maior parte, mesclados de alegrias e agradáveis surpresas. Hoje 12 de setembro de 1994, primeiras horas de segunda-feira, se avaliar tudo que tenho vivido irei deixar aqui um retrato amargo da vida. Estamos numa época pré-eleitoral, onde os homens idealistas, são minoria entre os corruptos e gananciosos pelo poder e pela fortuna. Mas todos lutam deslealmente para chegar as do legislativo e do executivo. Desta cadeia de informações que a imprensa falada, escrita e televisionada, nos proporciona, captá-se apenas o que interessa a alguns homens que manipularam dos bastidores do poder “os escolhidos’’ para serem os lideres do povo enganado. A verdade sobre o caráter dos candidatos do legislativo e do executivo. A luta pelo poder é vergonhosa e, envolve ações desprezíveis de verdadeiros canalhas. E podem acreditar, eles estão entre os bons e maus. Um dia ouvi o deputado Wadir Helú, do “PPR’’, dizer que os homens de bem deveriam ter a coragem e a audácia dos canalhas, e é o que tenho percebido em quase todos eles, porém com pouca audácia e nenhuma coragem. Os canalhas agem com subterfúgios e usam a mão de outros para desferir golpes mortais. O tempo passou rapidamente, e agora em 16 de outubro de 1994, passadas as eleições de 3 de outubro, o povo reconduziu apenas uns poucos nomes de legislativo ao poder. A renovação parcial do poder legislativo do poder, se deu com grande abstenção. Os escândalos, muitos vezes montados, e os verdadeiros denunciados ‘’por vingança11, e divulgados pela imprensa podem ter completado o numero de representantes do povo, mas sem grande representatividade proporcional. A abstenção foi grande:


--Informação em dados do “TSE’’ Tribunal Superior Eleitoral, que me levam a quer que terei problemas.


O deputado Wadih Helú não foi reeleito, e o Afanásio, conseguiu ser reconduzido a Assembléia Legislativa.


Porém o equilíbrio pode ser mantido, já que o capitão Conte Lopes foi reeleito.


E ele é meu amigo.


Realmente, ele é meu amigo, e a prova me mantendo como jornalista - ancora de seu programa na rádio Atual.


Era fevereiro de 1.995 e como um passe de mágica, de ‘’R$198,00’’ (cento e noventa e oito reais) eu passava a ganhar cerca de ‘’R$1.500,00’’ (mil e quinhentos reais).


Por outro lado da direção da rádio Tupi começava a me pressionar de modo da pedir demissão, ou me submeter a uma escala de serviço, desumana para quem com dez anos de casa, mora no outro extremo da cidade de São Paulo e em outro município.


Não tive duvidas e pedir demissão oficialmente, através da carta datilografada e assinada sem ter comparecido aos escritórios centrais no Butantã.


Tão somente, fui me entender com o dr. Antônio Geraldo de Castro e Silva, advogado da rádio Tupi-Difusora do Brasil Ltda. Para receber o salário a que tinha direito.


Aí então, tive a grata surpresa de saber que o doutor Paulo Masci de Abreu, havia liberado todos os meus direitos, inclusive o ‘’FGTS’’, como o que eu tivesse sido demitido.


Enfim recebi os meus direitos da Tupi e passei a fazer os informativos do programa do padre Chico. E por um salário quase três vezes maior que o da rádio Super Tupi, ou seja R$545,00, porém a tranqüilidade durou pouco.


Logo vieram as despesas extras ‘’amigos e parentes’’, que antes me ignoravam e já me viam como ultima tábua de salvação. Um filho precisava ‘’disso’’, o outro ‘’daquilo’’, ou uma filha, material para construção de dois cômodos. E ex-sogra disse adeus às coisas materiais e ‘’este trouxa’’ arcou com as despesas materiais. Em síntese boas partes dos meus rendimentos ficaram enterradas no cemitério ‘’Caminho do Céu’’ de Itaquá.


A minha irmã Maria de Lourdes, a querida ‘’Lourdinha’’, pela centésima vez pediu socorro financeiro para pagar dívidas contraídas por causa de seu enorme coração, que a fez cuidar do mano Antônio José, o ‘’Toninho’’ e das despesas com o mano Brasil a cunhada CLEUSA e as sobrinhas JAMILLE e BRUNA. Além de não pagar a dona Luiza Aleixo, fez dívidas com o Marcelo Eli Coimbra e o senhor Jaime Gomberg, Ambos meus amigos e que trabalharam com empréstimo em dinheiro.


Também tive de pagar uma dívida de quinhentos reais com o Ceniswaldo, Já que a Lourdinha, poderia ter seu crédito abalado e, até a conta ‘’bancaria’’ encerrada. Como prêmio, filha de meu pai e da minha mãe me comunicou em novembro de 1995, que já havia contratado um ADVOGADO para processar estes ‘’HORRÍVEIS AGIÓTAS’’.


Quando lhe perguntei se não seria mais fácil pagar as dívidas para com quem um dia nos tirou do sufoco, que gastar dinheiro para negá-las, a “doce’’ Lourdinha desligou o telefone e dela, nunca mais eu soube até estes dias do fim de 1995.


Tudo que aqui vem sendo relatado pode não conter todos os fatos, mas é a pura verdade de minha vida! Embora a nossa situação financeira tenha melhorado muito em relação ao passado de um ano atrás, minha posição profissional é deprimente pelo desgaste que sofro nos ataque do deputado, capitão Roberval Conte Lopes Lima, na posição que assumo no “programa Ronda da Cidade’’ em defesa da Vida Humana seja de marginais de Vítimas e dos Policiais. Sou acusado de defender os “direitos humanos de bandidos’’. É deprimente ter de assistir a apologia à violência contra a vida e a liberdade de pessoas que supostamente praticam crimes. Eu testemunhei a casos em que pessoas foram presas e teriam sido espancadas e até mortas, não fosse pela presença da “IMPRENSA’’. E o que é pior, um infeliz “pedreiro’’, um dia teria sido autuado em flagrante por roubo, se não houvesse a nossa presença, numa suposta prestação de serviço, que nada mais era que uma campanha de alto-promoção de um político. O TAXISTA passou a noite com prostitutas e travestis e não tinha o dinheiro da féria paro o dono do carro. Inventou a estória do roubo e acusou o pobre infeliz Pedreiro de chinelo de dedo, roupas sujas e que esperava o seu irmão para ir ao trabalho de tê-lo roubado. A narrativa de casos Policiais no Rádio Tevê e Jornais pecam pela falta de elementos comprobatórios das acusações e verdadeiros envolvimentos das pessoas. A minha verdadeira profissão por dever de ofício, como a de todo Jornalista, é à busca pela verdade, para retratar nossa época e o comportamento humano contemporâneo. Coisa difícil, já que implica em contrariar interesses de poderosos e posições que vão desde cargos por simples salários, a empregos na polícia, no legislativo, no executivo e no judiciário. Sem contarmos os interesses de ricos empresários. A subserviência de alguns diante de seus poderosos chefes, é vergonhosa! Num passado recente ouvi o meu ex-diretor Paulo Roberto ou “A.F. ’’, Anselmo Formigari dizer que mentiria, inventaria, ou contaria a “ESTÓRA’’ que o Dr. Paulo determinou, já que era ele quem pagava o seu salário. Hoje, ainda me surpreendo com o fato de que conheci homens indignos que mentiriam e até matariam um inocente para satisfazer ao chefe, ou que já faltaram com a verdade para manter seus empregos de MERDA, para garantir um pequeno salário. Não me perdôo por ter colocado neste mundo, filhos e filhas que poderão sofrer uma cruel injustiça, ou pior, praticar-la contra um semelhante. Assusta-me tal possibilidade.


Volto aos meus tormentos, vergonhas e sofrimento, ao deparar com este pensamento de praticas injustas e impiedosas. A ofensa lançada no ar pela rádio Tupi, durante a briga do deputado Afanásio Jazadji, com o dr. Paulo Abreu, distorceu minha vida. Não raro, ouço alguém, por ignorância, perversidade ou para ser engraçado, ressaltar meu defeito físico, e ainda me lançar na cara às injúrias e calúnias, proferidas pelo indignado parlamentar.


A única coisa que consegui conquistar e manter nestes anos, foi o meu nome limpo no comercio, nome de pai de dez (10) filhos e repórter sério e, verdadeiro. Tudo jogado no lixo pelas inverdades do Afanázio! Hoje, dia 18 de abril de 1996, 23 horas e 45 minutos de quarta feira. Relembro tudo isso, uma vez que a angustia da incerteza, uma espécie de espada de Dâmocles, paira sobre minha cabeça e de minha família. O que aquele irresponsável fanfarrão proferiu em seus programas da rádio Tupi, agora me atingem com mais violência. Alguns idiotas tentam ser engraçados, e se passarem por superiores a nós nos humilhando e nos ofendendo em público, com exemplos usados pelo AFANÁSIO naqueles dias de 1994. Por mais que eu tente ignorar tais palavras e não lhes a formas da ofensa sugerida, é impossível controlar a emoção negativa que me ofende e retira o meu auto-respeito. Não consigo ser amigo, ou conviver com quem me nomina com os adjetivos excretados pela pústula sob as narinas do Afanásio.


Gostaria de ter a coragem, ou a falta de pudor de responder na lata olho no olho e no momento imediato a ofensa de que: ‘’MULA MANCA é a tua mãe’’! Ou então ‘’você é um viado que deseja sentar pelado no meu cacete, seu filho da puta’’.


Diante disto, percebo o grande prejuízo causado ao meu caráter pelas ofensas em publico feitas pelo deputado Afanásio. È desesperador saber que por toda a vida alguém irá me relacionar com aquelas ofensas e mentiras, desrespeitando o nome que demorei a construir, as duras penas.


As conseqüências das ofensas proferidas pelo Afanásio se sucedem: na rua alguém grita: oh, filho do Afanásio, seu mula manca, ou então ‘’LADRÃO de fio’’ e até ‘’CORNÃO’’ ; e no dia 12 de março de 96, fui exonerado de meu cargo junto gabinete do deputado Conte Lopes, pela minha irritabilidade pelas brincadeiras ofensivas sucessivas de outros funcionários do deputado. Agora, aos 55 anos de idade, só me resta juntar os pedaços de meu passado profissional e pedir aposentadoria, para me isolar do público radiofônico e conseguir que se esqueçam de mim, dos nomes que me chamaram, das mentiras que foram ditas sobre meu comportamento e até do meu verdadeiro nome. Alguém um dia comparou ‘’calúnia a injuria, enfim a mentira a um travesseiro de penas, aberto ao vento do alto de uma torre. Se poderá tentar recolher no dia seguinte todas as penas, mas, 20 anos após, ainda se poderá encontrar penas espalhadas em cantos escondidos por perto e também muito distante dali.


Naquela terça feira, irritado com as ofensas dos idiotas, que me dou ao direito de não mencionar seus nomes, critiquei sua estupidez. Aproveitei para dizer que não deveriam manipular os meus jornais organizados sobre a mesa da produção para o programa. Fui ao encontro de minha família e, um daqueles lacaios imbecilizados pela disciplina, subserviência e maldade policial militar, contou os fatos a sua maneira, ou simplesmente faltou com a verdade, com receio de que eu reclamasse de suas brincadeiras estúpidas. À tarde, eu minha mulher e os três filhos fomos ao gabinete do deputado para, de uma forma sutil, demonstrar que realmente estávamos em São Paulo numa consulta medica. Morando em Itaquaquecetuba, e com o alto índice de criminalidade registrado na capital, minha família necessitava de proteção para viajar cinco horas de ida e volta em trem metrô e ônibus, e, portanto, não mentira para sair mais cede da Rádio Atual. Naquele dia 12 de março havia chegado às 6 horas na redação, só meia hora atrasado e deixei o prédio da emissora do bairro do Limão, às 9 horas e 35 minutos, sem prejuízo para o programa do capitão Conte Lopes.


Não sei se digo que é uma tristeza ou uma merda esta situação. Ontem estava bem empregado e tinha crédito, hoje, desempregado e o dinheiro acabando e com muitas dívidas.


Dez ou doze dias após ter sido exonerado e comunicado por telefone, que não deveria mais apresentar o programa, a mesma doutora Helena Korona, me colocou em contacto telefônico com o deputado Conte Lopes, como que se fosse eu quem tivesse ligado para a assembléia legislativa. Ela é quem tinha ligado para minha casa. Ao ouvir minha voz, Conte Lopes, esbravejou furioso: ‘’eu não preciso de você para nada posso apresentar o programa sozinho’’. Você é um merda, que não presta para nada... eu não preciso de você. E vou determinar a doutora Helena e Neide, que não me passem mais ligações de ex-funcionários, você esta demitido... demitido. Vá à merda! E desligou!


Dia 20 de março de 1996, tomei a decisão de tentar qualquer outra coisa, menos trabalhar com este sociopata.


No capitulo onde falo da verdade dos fatos de minha vida, mudei a forma de relato e passei a citar datas para localizar no tempo e espaço pessoas e acontecimentos que poderão fornecer subsídios à estudiosos par que analisem corretamente nossa sociedade. Se estiver certo farei os cientistas políticos e estudiosos do comportamento humano, se surpreenderem com estes semi-deuses da política legislativa, imunes a própria lei que criaram.


Os deputados usam o dinheiro público em benefício próprio, ganham salários mensais seiscentos por cento a mais que os salários dos verdadeiros trabalhadores deste estado. Além de terem vantagens e benefícios inimagináveis.


As providencias para eu obter a aposentadoria, vão correndo paralelamente aos acontecimentos, nem sempre muito favoráveis para nossa família. E o tempo vai passando.







Este é um trecho de meu futuro livro, com RETALHOS D'ALMA: (Original) Gésner Las Casas Brito XXXXXX São Paulo, 14 de dezembro de 2.008, domingo=século XXI, neste dia, talvez pouco importe a Você, mas foi agora que iniciei passar a limpo ou digitar em meu computador as anotações que venho fazendo em cadernos de capa dura desde que entendi que o que restará de uma pessoa, serão apenas suas memórias e seus pensamentos que sejam anotados em linguagem compreensível a todas as demais pessoas. Tudo que aqui relato é a mais pura verdade de uma Vida, vivida com intensidade, se constituindo na minha verdade de uma existência imutável. A minha História começou a ser escrita naquele dia oito de outubro de 1.938, quando meus Pais se casaram no Civil e no Religioso. O Sebastião Las Casas Brito, e a Aracy Camargo Belizário enfrentaram a oposição declarada de alguns parentes de ambas as partes, com as explicações mais estapafúrdias para justificar aquela opinião unilateral. Eles ainda suportaram por longos anos a oposição velada de um grupo menor de parentes mais próximos que se opunham a união deles com perseguições e mentiras escabrosas. Esses parentes, notadamente algumas mulheres de ambos os lados, agiam sorrateiramente infernizando nossas vidas. Durante o transcorrer desta narrativa alguns nomes irão aparecer e poderei deixar insatisfeitas algumas pessoas ligadas a possíveis citados por mim. Por isso mesmo alguns nomes deverão ser omitidos, uma vez que os falecidos não poderão se defender e talvez Eu não possa provar uma verdade imutável que nos envolveu ocasionalmente um dia distante. Mesmo com a total falta de apoio dos mais abastados e melhor preparados para a vida o Casal "Las Casas Brito", criou cinco filhos, permanecendo juntos, aos trancos e barrancos, até a morte do primeiro deles. Hoje me sinto cheio de saudade de minha Família plena de amor e flicidade e que, às vezes me causava grande constrangimento, medo de ter um envolvimento falta, e uma angústia atroz por me sentir impotente para sanar um problema que, aos olhos humanos parecia tão fácil de resolver. Eu desejei inúmeras vezes ser um “ELIOTT NESS” e ter meios de destruir as destilarias e alambiques onde eram engarrafadas as nossas tragédias mais dramáticas. Quando se aproximavam as noites, ou então os finais de semana, meus pensamentos me conduziam ao desespero incontido, fazendo minhas mãos ficassem suarentas e trêmulas. Os meus pensamentos vagueavam por paragens de dias passados em tranqüilidade sem àquela embriaguês esquizofrênica e violenta que oprimia o desejo de viver de minha doce Mãezinha. Tão culta e plena de amor por todos nós, Ela se agarrava à uma FÉ obstinada de que um milagre nos livraria de tanto tormento. Sem a bebida alcoólica nosso mundo era maravilhoso, tínhamos a FAMÍLIA desejada por todos. Minha Mãe cantava alegre, enquanto realizava os afazeres da casa, seus bordados e se esmerando em nos educar. Meu Pai ficava sonhador e cheio de planos para o futuro, construindo um mundo melhor para nós. Porém, quando as dificuldades se apresentavam monstruosas fazendo faltar alimentos à nossa mesa, Ele se desesperava. desnorteado iniciava um período de embriaguês, que invariavelmente o conduzia à loucura de tentar destruir àquele mundo muito mau onde estavamos incluidos. Então eram praticadas as mais injustas e perversas punições contra quem Ele deveria defender se necessário com a própria vida. Um acordo não declarado nos impedia de pedir ajuda à quem já havia se declarado contra a união do Sebastião e da Aracy. E se percebia uma certa hipocrisia nas perguntas de que se havia alguma coisa que nos faltava para uma boa e dígna refeição ou se estávamos em paz. A barreira invisível estava imposta para nos impedir de pedir uma ajuda material ou moral. Em algumas oportunidades ouvíamos, claro que contra a vontade daquelas faladeiras, recados dados à minha Mãe para que Ela “largasse” do “bêbado do Tango”. Elas se propunham a nos ajudar se o meu Pai fosse excluído de nossas vidas. Sem essa providência a gente permanecia ao “DEUS-DARÁ", o que fazia recrudescer a revolta daquele homem revoltado e sem meios de superar a própria desgraça. Aí então o Tanguinho tomava um aperitivo, que se multiplicava com o passar das horas. E o monstro se assomava de seus olhos azuis, fazendo ficarem verdes e injetados de sangue ruim. Quem esteve ali naquelas oportunidades terríveis não era o meu Pai, mas sim um homem doente dependente químico que se transformava num carrasco cruel, perverso que só sabia aplicar métodos de tortura e ameaça de morte contra crianças e uma mulher indefesa. Na verdade aquele homem doente e desesperado diante de sua própria impotência para resolver racionalmente os dramas vividos por sua pobre Família, tentava se livrar da situação querendo eliminar a causa que erámos nós. Só que Ele não conseguiu nunca praticar o ato extremo. O Tango havia se tornado um alccolista desesperado que nos torturava, mas sua índole de ser humano bom o impediu de matar quem quer que fosse. Inconscientemente o seu Tango, nos feriu profundamente, causando traumas que permanecerão indeléveis em nossos subconscientes. Escrever é mais que uma terapia, é muito mais que um encontro com o passado e com os grandes Gênios da literatura. Escrever é uma arma poderosa que vai rasgando o presente e inserindo nele o passado imutável e o futuro improvável e incerto. Deixei o tempo passar lentamente, fazendo as emoções mais sentidas se acalmarem me distanciando do calor do momento de cada episódio real e inevitável. A areia que turvava o lago da vida foi se acumulando no fundo das águas, criando um limbo sobre as rochas sólidas que alicerçam o "Aquário da vida onde habita minha alma oprimida e impedernida". Garanto que não guardo mágoas, ressentimentos, ódios e espírito de vingança de quem quer que seja que me feriu de forma a me fazer sofrer nesta vida que é única. A minha História começou a ser escrita naquele dia oito de outubro de 1.938, quando meus Pais se casaram. O Sebastão Las Casas Brito, a Aracy Camargo Belizário enfrentaram a oposição declarada de alguns parentes de ambas as partes, com as explicações mais estapafúrdias para justificar aquela opinião unilateral. Eles ainda suportaram por longos anos a oposição velada de um grupo menor de parentes mais próximos que se opunham a união deles com perseguições e mentiras escabrosas. Esses parentes, notadamente algumas mulheres de ambos os lados, agiam sorrateiramente infernizando nossas vidas. Mesmo com a total falta de apoio dos mais abastados e melhor preparados para a vida o Casal "Las Casas Brito", criou cinco filhos, permanecendo juntos até a morte do primeiro deles.

 @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@ Este é um trecho de meu livro, RETALHOS D'ALMA, a ser publicado brevemente: (Original em Inglês) Gésner Las Casas Brito Sao Paulo, December 14, 2008, Sunday = century, this day, perhaps a little import to you, but has now started to pass the clean or type on my computer notes that you've been doing in terms of hardcover since I understood that that is left of a person, they are only your memories and thoughts that are recorded in language understandable to all others. Everything here is reporting the simple truth of a life lived with intensity, constituting the truth of my existence immutable. My history began to be written at the eighth day of October 1938, when my parents were married on Civil and Religious. The Las Casas Sebastian Brito, and Campbell Aracy Belizário faced vehement opposition from some relatives of both parties, with the most preposterous explanations to justify that opinion unilateral. They also backed by long years veiled opposition from a smaller group of close relatives who opposed their union with persecution and lies rugged. These relatives, especially some women from both sides acted surreptitiously infernizando our lives. During the course of this narrative a few names will appear and can leave some people dissatisfied linked to possible mentioned by me. That is why some names should be omitted, since the dead can not defend themselves and maybe I can not prove an immutable truth that occasionally involved in a day apart. Despite the total lack of support from more affluent and better prepared for life, Young Las Casas Brito, raised five children, staying together in fits and starts, until the death of the first one. Today I feel full of longing for my family full of love and flicidades and that sometimes caused me great embarrassment, fear of having no involvement, and a terrible anxiety because I felt powerless to remedy a problem that human eyes looked so easy to solve. I wished many times be a "ELIOTT NESS" and have the means to destroy the distillery and stills where they were bottled our most dramatic tragedies. As they approached the evenings, or weekends, my thoughts led me to despair unstoppable, making my hands were sweaty and shaking. My thoughts wandered stops in recent days to that peaceful, not drunk and violent schizophrenic who suppresses the desire to live my sweet Mama. As educated and full of love for us all, she clung to a stubborn FAITH that a miracle in the bookstore so much torment. Without the alcohol our world was wonderful, we had the family wishes for all. My mother sang happy, while doing the household chores, her embroidery and perfecting in the school. My Father was dreamy and full of plans for the future, building a better world for us. However, when the difficulties presented themselves doing monstrous miss food on our table, he despaired. bewildered began a period of drunkenness, which invariably led to the madness of trying to destroy that world very bad where we were included. So were practiced the most unjust and wicked punishment against whom he must defend if necessary with their lives. An agreement not declared it impossible to get help to those who had already declared against the union of Sebastian and Aracy. And if you could see a certain hypocrisy in the questions that if there was anything we needed for a good and decent meal or if we were alone. The invisible barrier was imposed to prevent us from asking for a moral or material aid. At times, we heard, of course, against the wishes of those gossipers, scraps given to my mother so that she "let go" of the "drunk the Tango. They were designed to help us if my dad were excluded from our lives. Without this step we stood by "their fate", which intensify the insurgency was the man angry and no means of overcoming its own misfortune. Tanguinho So then took a drink, which is multiplied with each passing hour. And monster looming in his blue eyes, making turn green and bloodshot bad. Who was there on those opportunities terrible was not my father but a man ill drug addict who became an executioner cruel, wicked man who knew only apply methods torture and death threats against children and a helpless woman. In fact the man sick and desperate in front of his own inability to rationally resolve the tragedies experienced by his poor family, trying to get rid of the situation trying to eliminate the cause that was us. But He never failed to perform the act extreme. Tango had become a desperate alcoholic at those who tortured us, but his nature to be good human stop him from killing anyone else. Unconsciously his Tango, hurt us deeply, causing injuries that will remain indelibly in our subconscious. Writing is more than one therapy, is more than one encounter with the past and the great geniuses of literature. Writing is a powerful weapon that is tearing this and putting it past the immutable and the future uncertain and unlikely . I let the time pass slowly, making the deepest emotions to calm me away from the heat of the moment of each episode real and inevitable. The sand that muddied the lake of life has accumulated at the bottom of the water, creating a limbo on the solid rock that underpin the "aquarium of life that inhabits my soul impedernida and oppressed." assure that no hard feelings, resentment, hatred and vindictiveness of anyone who hurt me to make me suffer in this life that is unique.
sábado, 17 de outubro de 2009 Meus Pensamentos Este original é composto de trechos de minhas leituras ao longo da vida acadêmica. Portanto não se trata de plágio, mas sim de textos meus embaralhados com de outros atormentados como Eu, em meus próprios pensamentos. Quando criança, ao viajar para a casa de minha avó, passava a noite inteira acordado, ouvindo o resfolegar da Máquina, que já fora a lenha e era agora a Diesel, e olhando pela janela do trem sentia o bater das rodas nas emendas dos trilhos. Olhava para o céu, para a mata, para a escuridão da noite, para ver aqueles seres que não se mostravam para qualquer um a qualquer hora. Alienígenas, duendes, Anjos, fadas, magos, ogros, elfos? Não sei tudo bem ao certo. Fiz recentemente essa mesma viagem, hipoteticamente. Dormi durante todo o percurso, pois para as coisas ditas "reais" necessito de uma boa noite de sono. Sei que quando puder novamente varar noites olhando pela janela de um ônibus em movimento, pois o trem não existe mais, aqueles seres estarão lá. E se esconderão quando eu olhar na direção deles. “Fui ao médico me dizendo deprimido. O doutor receita-me ir ver o grande palhaço Pagliacci que está na cidade, ao que (EU) o homem responde: Mas eu sou o Pagliacci!” "Milagres termodinâmicos… eventos improváveis… eu anseio por observar algo assim e, no entanto em cada par humano, milhões de espermatozóides avançam rumo a um só óvulo. Multiplique as possibilidades por incontáveis gerações. Junte à chance de seus ancestrais estarem vivos; de se encontrarem; de conceberem esse preciso filho, você: o pináculo do improvável… Mas o mundo é tão cheio de pessoas, tão repleto destes milagres que nos esquecemos deles…” "Difícil perceber o milagre da vida. Tudo que vemos no espelho, é conseqüência de um big-bang e de um universo em expansão. Pra que ansiar pelo improvável, se nós somos o resultado dele?" “Se você usar preto, estranhos muito gentis e irritantes virão tocar no seu braço e dizer que o mundo não acabou. Eles têm razão. Não acabou. Não importa o quanto você peça pra acabar. Ele gira e derrama azul pelo horizonte, manda ouro pela minha janela, me faz sentir feliz por três segundos, até eu lembrar... Ele gira e empurra as pessoas de suas camas para seus carros e escritórios... Uma avalancha de homenzinhos desmoronando pela vida... Todos tentando ignorar o que os espera quando tudo acaba. Ás vezes ele gira e nos joga uns nos braços dos outros. Abraçamos-nos apertados, excitados e sorridentes, estranhos atirados num piso rolante. Intoxicados pelo movimento, esquecemos os riscos. Quando o mundo gira... E alguém cai... Entorpecidos pelo choque, só ficamos olhando enquanto eles caem, ficando cada vez menores... Sumindo de nossas memórias até não serem mais visíveis.” sonhei esta noite. uma nuvem passa rápido sobre mim uma nuvem a cem ou mais metros de altura uma nuvem veloz uiva a faz ventar forte uma nuvem de saudade uma nuvem de almas e tempos que acabaram uma nuvem de mães, pais, filhos, irmãos, amigos, desconhecidos... Eu queria caminhar, só pelo prazer de poder andar como um rio viajando rápido para se encontrar com águas maiores não existem mais nomes a chamar e não há mais tempo uma nuvem e sua figura me tocam uma nuvem e sua figura me chamam por um nome que desconheço, mas atendo uma nuvem e sua figura me gela uma nuvem e sua figura não me ouvem quando peço para voltarmos uma nuvem e sua figura não se lembram de quando éramos crianças e tudo era melhor uma nuvem e sua figura não nos vê chorar? como um rio viajando rápido para se encontrar com águas maiores não existem mais nomes a chamar e não há mais tempo uma nuvem dos que não perdoaram uma nuvem dos imperdoáveis uma nuvem de emoções doloridas uma nuvem de histórias inacabadas uma nuvem de pedidos não aceitos uma nuvem de crianças crescidas Nós não queríamos dor,... queríamos amor. Agora só queremos mais tempo. Desça-nos. Desça-nos já. O que sinto, não é saudade. é solidão por não compreender a ambição voraz que aniquila o prazer de viver neste Paraíso. Que acordemos em travesseiros com cafés da manhã quentinhos e beijos no rosto... suplicamos em desespero, acordemos em Paz e cheios de Amor de verdade. GLCB sábado, 17 de outubro de 2009 Quem não tem para onde ir, todos os caminhos são caminhos MEDITAR,...SEMPRE Quem não tem para onde ir, vai em frente, pois os caminhos, são todos os caminhos. Em sendo a vida uma longa estrada, aí pela frente haverá uma encruzilhada, em que fatalmente nos encontraremos.A vida é como caminhar por trilhas e atalhos desconhecidos. É ser surpreendido com cada explosão de um novo fato inusitado. É desvendar a vereda intransponível do pleno conhecimento. É transgredir regras reais e corriqueiras, mas respeitar os limites invisíveis daqueles que vagueiam por paragens sem fronteiras, mas também interferir na ação dos que de observadores se tornam predadores e exterminadores da meiguice e singeleza das águas, das plantas, dos invertebrados, das plumas e do ar rarefeito da montanha. Agora, te ordeno: "cala e ouve! É o tempo passando.Ninguém, mas ninguém mesmo voltará a viver o momento presente. Viva cada instante de sua vida como que seja o único. viva, aproveite, ajude, divirta-se, ame, sorria e se preciso for chore. Mas faça isso com sua Alma e coração, e os céus abrirão as suas portas para receber a emoção de uma vida que não é em vão. As tuas lágrimas se juntarão às minhas nas águas do oceano e se dispersarão na névoa das manhãs de verão. E todos nos verão, no orvalho da relva verde, cujas gotas irão molhar os teus pés descalços,... seja feliz agora e sempre. Pense na Alegria do Nosso DEUS que nos criou para desfrutarmos do banquete da vida. Sorria, estamos no Paraíso! Gésner las casas domingo, 18 de outubro de 2009 SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO OBSERVADO, COM CERTEZA! UM PADRE DE UMA IGREJA DISTANTE observava sempre as pessoas que entravam para orar. A porta uma tarde se abriu e um homem adentrou a IGREJA O homem se ajoelhou, inclinou a cabeça, levantou-se e foi embora. Nos dias seguintes, sempre ao meio-dia, a mesma cena se repetia. Cada vez que se ajoelhava por alguns instantes, deixava de lado uma marmita. A curiosidade do padre crescia e também o receio de que fosse um assaltante, então decidiu aproximar-se e perguntar o que fazia ali. O velho homem disse que trabalhava numa fábrica, num outro bairro da cidade e que se chamava Jimmy. Disse que o almoço havia sido há meia hora e que reservava o tempo restante para orar, que ficava apenas alguns momentos porque a fábrica era longe dali. E disse a oração que fazia: “Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar, mas eu penso em você todos os dias. Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.” O padre, um tanto aturdido, disse que ele seria sempre bem-vindo e que viesse à igreja sempre que desejasse. “É hora de ir” - disse Jimmy sorrindo. Agradeceu e dirigiu-se apressadamente para a porta. O padre ajoelhou-se diante do altar, de um modo como nunca havia feito antes. Teve então, um lindo encontro com Jesus. Enquanto lágrimas escorriam por seu rosto, ele repetiu a oração do velho homem,... “Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar, mas penso em você todos os dias SENHOR”. “Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.” Certo dia, o padre notou que Jimmy não havia aparecido. Percebendo que sua ausência se estendeu pelos dias seguintes, começou a ficar preocupado. Foi à fábrica perguntar por ele e descobriu que estava enfermo. Durante a semana em que Jimmy esteve no hospital, à rotina da enfermaria mudou. Sua alegria era contagiante. A chefe das enfermeiras, contudo, não pôde entender porque um homem tão simpático como Jimmy não recebia flores, telefonemas, cartões de amigos, parentes... Nada! Ao encontrá-lo, o Padre colocou-se ao lado de sua cama. Foi quando Jimmy ouviu o comentário da enfermeira: - “Nenhum amigo veio pra mostrar que se importa com ele. Ele não deve ter ninguém com quem contar!” Parecendo surpreso, o velho virou-se para o padre e disse com um largo sorriso: - “A enfermeira está enganada, ela não sabe, mas desde que estou aqui, sempre ao meio-dia ELE VEM! Um querido amigo meu, que se senta bem junto a mim, Ele segura minha mão, inclina-se em minha direção e diz: “Eu vim só pra lhe dizer quão feliz eu sou desde que nos tornamos amigos. Gosto de ouvir sua oração e penso em você todos os dias. Agora sou eu quem o está observando... e cuidando! Jesus disse: “Se vós tendes vergonha de mim, também me envergonharei de vós diante do meu Pai.” E se você não está envergonhado, Jesus é sempre o melhor amigo. SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO OBSERVADO, COM CERTEZA! São Paulo, 25 de dezembro de 2.000= /século XX segunda-feira, 19 de outubro de 2009 Meus Filhos e Filhas: RAZÃO de Viver Ao lado d'água burbulhando vida, a música motiva minhas recordações e posso detalhar pensamentos que vicejam na opulência de minhas lembranças mais antigas. Objetos escolhidos com carinho, adornam o ambiente que aquece meu coração e refrigera min'alma impedernida. Reconhecidamente sou o Pai de dez seres humanos, cinco meninos e cinco meninas encarregados de perpetuar a vida sobre a Terra. Ao longo do tempo irei anexando suas fotos neste espaço, onde poderei exibir com orgulho meu desejo de viver para sempre neste Paraíso criado por DEUS. segunda-feira, 19 de outubro de 2009 Meus Filhos e Filhas: RAZÃO de Viver Gerly de Carvalho Las Casas, a primeira entre minhas meninas, e a primogenita entre os dez filhos, que sempre desejei registrar como Gerly Las Casas de Brito. Por imposição de pessoas mais velhas e por Eu ter fraquejado na hora do registro no Cartório, acabou sendo no formato inicial, o que desagrada a minha menina. Mas a GERLY, é uma filha muito amada, com ideais bem definidos, e com uma formação moral e caráter altamente elevado. Ela é muito dedicada aos irmãos, sobrinhos e aos demais parentes, além de aos seus alunos, já que é uma Professora maravilhosa e mulher linda e atraente. DANIELLE de Carvalho Las Casas, a quarta filha entre as meninas, sempre me trouxe alegrias e ternura imensa. Emoção que se ampliou muito com o nascimento de meu amado neto Guilherme José. O pequeno grande homem, gosta de estudar, ama a Família, por índole própria respeita os mais velhos e cultiva um relacionamento elevado com colegas e amigos que crescem em número todos os dias. Os animais têm um lugar especial em seu coração desbravador. Gésner de C. Las Casas, um Artista do ROCK respeitado e muito amado por seus Fãns e especialmente por este Pai orgulhoso. Também, me ofereceu a chance de perpetuar nossa vida com uma neta linda e inteligente, a Jenniffer. Uma linda menina que certamente se tornará uma mulher maravilhosa e me dará orgulho de suas realisações pela vida inteira. GÉSNER LAS CASAS ROCK, um grande homem que para este PAI orgulhoso será sempre um menino-Músico Cantor Compositor e Guitarrista Gésner Las Casas segunda-feira, 19 de outubro de 2009 Meus Filhos e Filhas: RAZÃO de Viver Rafael Las Casas de Brito, outro filho muito querido. E posso chamá-lo de caçula, já que foi o mais novo a chegar em minha vida. Também é Músico, Desenhista, Conicador, Administrador Bancário e desenvolve multiplas atividades operacionais na vida diária. Ele também me deu uma linda neta. A Júlia Matheo Las Casas, um presente de DEUS para nossas vidas. Um dos filhos mais emotivos e racionais que tenho. Seu equilíbrio emocional demonstra um amadurecimento para a vida que chega a ser invejavel, já que vive o momento presente com olhos no futuro. @X@X@X@ Letícia Las Casas de Brito, é a minha quinta filha entre as meninas no meu segundo casamento. Trata-se de uma jovem plena em ideais e desejosa de estabelecer fronteiras infinitas para desbravar o mundo. Meiga, feminina e dócil como toda mulher inteligentee e bela não perde a chance de dizer com sabedoria o que mais deseja com ardor de uma militante determinada. Ela foi desejada como filha, mesmo antes de ser gerada. Foi programada como a irmãnzinha que faria companhia ao outro filho mais velho de meu segundo casamento. Mesmo antes iniciar a pronunciar as primeiras palavras, essa menina dizia com suas palavras inventadas o que queria ter. Parapedir os chinelinhos, pedia o "NORSA"; o Rafael, era o "BRAVA" e não se fazia de rogada na hora do almoço. @X@X@X@ Gislaine Arly de C. Las Casas, a quarta filha entre as meninas. Ela nasceu sorrindo e demonstrava estar feliz por ter vindo ao mundo, que naquele momento me parecia enlouquecido. Eu tinha de administrar cinco empregos, a distância enorme entre a e o nascimento de um outro filho numa ligação extra-conjugal. (Mas, esta é uma outra história.) Falavamos da Gisliane Arly, uma de criatura cheia de confiaça em si própria, portanto independente. Essa menina não pode ser enganada, caso contrário se transfigura numa fera indomável, cuja manigestação dificilmente se pode controlar. Porém, estabelecida a confiança, se doa inteiramente. segunda-feira, 19 de outubro de 2009 Meus Filhos e Filhas: RAZÃO de Viver Gésner Las Casas de Brito Filho, com certeza uma criatura abençoada por DEUS. Trata-se de um jovem inteligente, um filho de quem me orgulho, pois sempre saiu-se triunfante nas empreitadas a que se dedicou. Tem multiplos conhecimentos e capacidade de aprendizado superior a média geral dos meninos de sua época. Filho dedicado, exagera no ciúme com tudo que o cerca, é incapaz de injustiças ou atitudes covardes. Com certeza será um vencedor e um forte candidato a deixar uma marca indelével na "História da Humanidade". Se praticar o altíssimo grau de amar que seu Espírito detem, com certeza será um "Gênio" em seu tempo. (Aqui na foto à esquerda com a querida AVÓ Maria-Waldice-) terça-feira, 20 de outubro de 2009 Meus Filhos e Filhas: RAZÃO de Viver Luiz Carlos Las Casas de Brito Sobrinho, um filho por quem lutei muito, até vê-lo formado um homem de bem. Mas, valeu a pena, uma vez que se a Alma não é Pequena, parafraseando Fernando Pessoa, SEMPRE VALEU A PENA. A ingerência externa em minha vida, colocou a existência deste menino em risco, mesmo antes do nascimento. A exemplo de outros meninos cheios de criatividade, Ele não apreciava ficar preso as regras e habitos que cerceassem seus movimentos. Portanto, criou inúmeros problemas aos Pais e Mestres. Possuidor de uma inteligência invejável, aprendeu com rapidez e criou métodos de assimilar novas matérias escolares, e habilidades artísticas, além de artezanatos multíplos. Pela habilidade com os dedos e agilidade de pensamento, se tornou um excelente Radialista como Sonoplasta e Operador de sons em gravações. É Pai de três lindo filhos, resultado do casamento com a jovem ANDRÉIA. Duas meninas e um menino: o mais velho é o Phelippe, a Alinne é a segunda e a caçula nascida em dezembro de 2.008, é a Wanessa. quarta-feira, 21 de outubro de 2009 Meus Filhos e Filhas: RAZÃO de Viver Wagner de C. Las Casas, foi o terceiro filho a chegar em minha vida. Foi num momento de muita luta diante de uma vida que me oferecia a maior angústia que um homem pode enfrentar. Até um mês antes de seu nascimento Eu estava empregado na maior empresa de comunicações do Pais. No dia de seu nascimento, em dezoito outubro de 1967, não havia sido estabelecido o valor que Eu receberia pela recisão contratual nos Diários e Emissoras Associados, e não tive dúvidas, chamei uma Radiopatrulha da Força Pública, e fomos para o Hospital Santa Terezinha em São Miguel Paulista. Depois de seu nascimento, fui caminhando para casa, pois não havia mais ônibus naquela hora da madrugada, e não havia dinheiro para coisa alguma. O Wagner me deu inúmeras alegrias e foi sempre um grande companheiro que me acompanhou a quase todas as partes por onde Eu andava. O meu menino, um dia me pediu que lhe comprasse um ônibus da Empresa Mogi das Cruzes, claro que lhe dei um carrinho de brinquedo. Anos depois Ele passou a querer operar a mesa de som da Rádio Tupi, onde Eu apresentava o Grande Jornal Falado Tupi. E o garoto com apenas sete anos de idade, me surpreendeu, tendo operacionado a mesa de som durante cinquenta minutos sob supervisão de Onofre Favotto. Hoje, o Meu garoto é um dos melhores Sonoplastas que conheço, um grande Estofados de Móveis e interiores de veículos. Me deu quatro lindo e inteligentes netos. O mais velho é o Vinicius; depois vem o Víctor; o Douglas Henrique e a caçula é a Lara Beatriz Alves Las Casas, nascida de um segundo casamento, com Laudiane Alves de Macedo.
X@X@X@ Andréa de C. Las Casas, a segunda filha entre os meus dez filhos muito amados, me faz muitíssimo feliz e realizado, pois me deu seis netos e netas inteligentes, lindos e educadíssimos. A Andréa, chegou muito perto de ser uma professora diplomada, mas na verdade tem o conhecimento e a cultura dos mestres ao tratar com os meus netos, que com certeza são pessoas iluminadas por DEUS. @X@X@X@ Meus filhos e filhas são flores que enfeitam os caminhos de minha vida. São pérolas caríssimas e rarissímas que enriquecem o meu mundo. Eles são a recompensa pelo meu trabalho dígno, diuturno e ininterrupito desde o princípio desta doce existência que agradeço ao Bom DEUS por ter me permitido desfrutar plenamente. Posso não lhes ter dado tudo que mereciam, mas lhes ofereci com prazer e satisfação tudo o que tive ao meu alcance.
@X@X@X@
 VERSÃO e INGLÊS do original de GÉSNER LAS CASAS 1º BRITO
                              RETALHOS D'ALMA 

Sao Paulo, December 14, 2008, Sunday = century, this day, perhaps a little import to you, but has now started to pass the clean or type on my computer notes that you've been doing in terms of hardcover since I understood that that is left of a person, will be only memories and thoughts that are recorded in language understandable to all others. Everything here is reporting the simple truth of a life lived with intensity, regarded as the extract of an unchanging existence. That I felt the anguish of life filled with uncertainties, fears and self-absorbed by terrifying legends created by the terrible ignorance of people lying and completely illiterate, always wanted to overcome that phase studying and looking for information that come from honest and fully informed. You can not imagine the sense of the word "SAUDADE" a time of life between the time a very happy and dark moments so striking that I shall never forget. It is contradictory, but a life that was enjoyed in all its fullness, as that the few good times were enjoyed as fresh water coming from the spout, flowing smoothly between stones in the midst of the Oasis at Palm Center in the inhospitable desert and filled with brutish beasts, and venomous vipers and treacherous that trod my existence. The good few moments were so striking that made be worth going through the hardships of life to be able to overcome the traumas, fears and achieve understanding and culture that enable me to forgive our executioner is no doubt, ignorance and disease caused by the uncontrolled use of alcohol. The memories haunt me to know that never return to live those wonderful moments that are gone and have become special to me, to whom survived. Special and unique to me at that time I lived intensely every moment of time that will never happen again. The days of sunshine and intense heat was overcome with great difficulty. Hunger, hunger perverse, sometimes controlled with a pinch of salt and a little sugar and a glass of cool water, began to be disrupted by small strokes against the houses, orchards and gardens nearby, as our own parents had not developed enough imagination to find a way to escape from absolute poverty in which we found. And on the other hand, wealthy relatives in culture and full general, ignored any principle of solidarity, in denying any kind of help. The contempt was obvious and cruel, making us feel embarrassed to approach these. And with time, the search for fishing and hunting in the forests of two streams, which was repeated daily with sure we were subjected to extreme torture and cruelty, without being infected with these human evils of our own relatives who disapproved of the marriage of Tango and Aracy. The largely responsible for my search of the liberation of ignorance that enveloped us was my sweet Mama cultured The owner Aracy who miss a day without even meeting the children and Lhasa spoke of the practical life of philosophical theories, religions and dogmas that were taboo for the enslavement and the means used by the barbaric policies and shameful slavery. Noting my fears and anxiety that preceded the terrible moments of absurd beatings, my mother told me soberly that we should not panic, because the wickedness of those about us may not exceed our own death that occurs only once. No one can more of what is permitted by our own merits, and what we can bear. And we said many times, someone evil could kill us only once, and no more. The torture and suffering can only be achieved by the instant and endure its effects, which may be hallucinating, but will no longer haunt us when we caught up and our essence is thrown to the ends of the universe. Understanding those lessons, today I come to be ashamed of ambitious people and without any sense that makes them control their own actions. If these people, our own family had supported and helped my parents, the Taylor Las Casas Sebastian Brito Tango, would not have the ingrained habit that made him lose all sense of his own razão.O I want to say that is ashamed by "THEY", people of my blood, before which they can at any time to witness and understand your prose. I want to highlight that fact does not omit any that come to mind me because I keep as trophies of war for life marks deep in my character, sometimes troubled and disturbed. The memories I relate to the "quince" the aunt's house Guiomar, sister of my mother and married to the uncle Feliciano. That our uncle Feliciano, understand storage and processing of sili cereals, and ended up being charged with a dairy and milk pasteurization, where we were blessed with products never before dreamed of by our family. Even if they say "Atheist" Uncle Feliciano was a different person from the others. The father of Lourdes, Mirlei MARI's helping other people and practicing solidarity indifferent to who would be benefited from his charitable actions. There was still our trips to the cane fields of the estate and the orchard of the house of my grandfather Dr. Jose Belizário Son, where many times we kill that bloody hungry the stomach was hurting and throbbing temples. My grandfather had determined the planting of banana between two groups of Coffee, Coffee plantations by separating an area of about two hundred feet away, until a few kilometers in length. Roxinho The beans were planted and Carioquinha between rows of coffee and corn, both common to poultry and livestock, as well as Popcorn. As the production of corn was always higher than expected, Dr. Belizário sold production for your Mazieiro, a Man good with a strong Italian accent, who was the owner Monjolo, where was the corn. My Grandma Dona Francisca Camargo Belizário had to favor us with food only when my Grandfather Belizário doctor was away from home for its meetings Policies and Freemasonry. This is why He did not allow foster Genro hated, it was my Father's Drunk Tanguinho. The Grandma Francisca, when on rare occasions, came to visit alone brought a huge basket of woven bamboo filled with corned beef , sausages, cheeses and butters. In addition, the frames had two pans with a lot of rice and beans, pasta, chicken, beef and fish, which were purchased in a boarding house within walking distance of Casa Grande City and Two Streams Site where we lived. They were saying these things in front of us children, but we heard the two talk softly and metaphorically. We understood everything, and my mother had to guide us to know what to say to my Grandfather came to namely, the aid that was offered to us in secret. In the Cachoeira and Monjolo, where the well had fallen down a tree, whose bark was like the back of an alligator, I and my brothers were taking bath in hot and sunny afternoons of Two streams. In addition to hunting, picking fruit in the foot, eggs and chickens (steal) at grandma of my grandparents and neighbors, we also learn rudimentary by improvised fishing Cameroon, Plecos, Traíras, Catfish, Lambaris and hunting in the woods nearby. But we had to act quickly and quietly, as any fruit, vegetable, eggs and poultry that apanhássemos should be selected by one adult who always posed as the owner of the thing or the right to choose what and how much we could use. I understand that some people are like that. They are hypocrites, evil, arrogant and despotic to the point of believing it has authority to allow themselves to determine who can survive in this world. Storeroom to keep the corn, coffee and other crops, a sleeping cat that only Bravo ate what was given by my hands. But the Angora spray very hairy admitted was not touched. So I, if I heard his voice rang out squeaky tight between his teeth showing. It was a "ssssschiiiiiiiii" prolonged and frightening. The animal was suspicious and left only one I bring both missing a foot to my hand to reach it. Sometimes the "Pussy Dark beige color and chocolate" disappeared in the woods or the nearby lands, was elongated in the bush as they said the shifting without a trace for a few days, and the Grenadier and kill rats and made the party. The most interesting is that the Angora Pussy and not kill or eat the chicks and puppies of other poultry. But He loved to eat cockroaches and butterflies, addition to the Rats, Lizards and Grenadier. When he returned, the feast of the GVP and had appeared live bugs running around our house, and many deaths around the yard. If we do not retire once the spoils of battle and buried the Feline Rodents, Grenadier birds slaughtered and the Angora, at the end of the killing, he came back and ate one by one, and then slept lying there on top d'a beam under the roof of the Storeroom, after licking around. Terreiros The drying coffee beans type Conilon & Bourbon beyond the lands of my grandfather José Belizário Son, in two streams, were of a reddish color and its smell was "bittersweet" I like the sweet cider with grated coconut in syrup of brown sugar that my Mother was like no, this is that the girls who visited the Lands of Belizário Grandpa, did play a little house and the cakes were Mentirinha of red earth, the terraces of dry Cafe Out of the harvest trees around were enfolharadas. And the hard ground did not offer life or for the Capim da Lapa. But they had to be swept every day, twice. One morning and one in the evening. If one turned there stepped Chicken soup, that same chicken accustomed to getting into a back yard and always searching for small insects and also of colored stones that only they sight the land or sand. Amid the leafy trees observed the abundant flora and fauna, of which we enjoy from the sale of copies to housewives nearby. Sometimes we gathered a few Ciders and then leave them in a light brine, when grated, for about three days, my dear Mother was sweet cider with grated coconut. The Citron is a species Orange very sour if treated with proper technique and care is delicious. Wild animals never sell, but the larger birds we passed through the arms and before eating them with the cast iron pans. However, plants such as ferns, bromeliads, orchids and pendants, also called "parasites", and fruit or seeds of leafy trees suffered from our actions. In search of small seedlings, new shoots and seeds to trade with the neighboring house there, not causávamos any damage . I remember your parents as people sweet and happy that we were taught to believe in tomorrow while we prepare for the future it is today. I still got a wedding photo of my dear children, because "skanner." My History began to be written at the eighth day of October 1938, when my parents were married on Civil and Religious. Sebastiao Las Casas Brito, and Campbell Aracy Belizário faced vehement opposition from some relatives of both parties to provide additional preposterous to justify one-sided opinion. They have endured for many years to covert opposition from a smaller group of close relatives who opposed their union with persecutions and lies rugged. These relatives, especially some women from both sides acted surreptitiously infernizando our lives. During the course of this narrative a few names will appear and can leave some people dissatisfied linked with possible cases cited by me. This is why some names should be omitted, since the dead can not defend themselves and maybe I can not prove an immutable truth that occasionally involved in a day apart in the past. Even with the total lack of support from more affluent and better prepared for life, Young Las Casas Brito, raised five children, staying together in fits and starts until the death of the first one. The most beautiful memory of my childhood refers to a time when we heard the recommendations of my Father who was always confirmed by the reports of a longer duration of my Mother and how she spoke. Sometimes it became repetitive, understanding that we had not capitate its guidelines, which sometimes occasioned by complaining about his talk, though that very mild, sweet and covered with great tenderness. One day one of my brothers asked, almost shouting, that she gave him a beating, but stop talking. That led to a scolding just laugh and there came new explanations for their educational purposes, since we could not tell the whole life with his presence. We should prepare ourselves to face the complicated times of life, learning how to do at that moment it. There was complete harmony between "They" as the Tango was sober. And once or twice a month to the liquor gradually transformed. In the early years he came drunk with bloodshot eyes and listen to us enough to burst into tears and lamentations. We were very young children who ran scared to offer support for our hero. Then came drinking with gnashing of teeth, vomiting followed by crying and apologies for his weakness. So before we answer him fast asleep and snoring like thunder rumbling in our room sleeping. The worst phase came after five years of age with complaints, interviews and serious threats that were soon becoming a reality. Like the police torturers and Army have done with "He" who was accused of insubordination, has practice with me. It was question and answer when I was sent me to shut up calling me "Sloth and an illegitimate black child." Although I have blue eyes and pale skin with rosy hue, my Father adjectival me to offend the honor My mother's, suggesting a marital betrayal. Immediately I said nothing and suddenly heard a loud voice that in a threatening tone stating that I told the truth. So the whole truth. words that were accompanied by threats of death and display of a bridge failure kitchen knife. O Lord my God ... How was agonizing and frightening moment that unusual and unbelievable as it feared that to who should protect us if necessary with their lives. I trembled from head to toe, but standing firm otherwise who would suffer the consequences would be my Mother The torture went on forever with orders of speech and silence, until suddenly the focus of aggression changed and we had to find a document or any clothes. It seemed crazy not to His Father, but ours, because we ran like cockroaches pursued by hungry chickens. But we were happy to distance ourselves from our Father angry. And it was enough take some Tango and fell asleep sitting at the table, and must lead you to the bed where it ended the night with snoring and sleep periods. On one occasion I was studying on a Sunday with the same old and well looked after and color of mahogany, rough in our kitchen roof too low when my father woke up and realized that there was nobody else that we have under the effects of the large amount of liquor he had drunk came up to me babbling offenses. What could you say but the truth? "It was very hot and the sun falls directly on the old clay tiles, producing an immense heat. We were without shirts, while the Sweat ran through our bodies very slim. My mother took that "He" entered the blackness of the room below the roof and windows closed and very small, though still at lunch, and fled with my brothers to the house of one neighbor. My mother forced us to keep the window closed, in a futile attempt to hide our misery and scandals in the Family. The woman who took pity all witnessed the situation and served a good meal, not knowing that at home there was nothing to eat, my brothers and my mother who of course refused. Infuriated, drunk and upset by their inability to meet our needs and monitored at all and told me he would kill hanged by his belt to hide that immediately caught the blackened rafter roof of the old kitchen. I asked aloud that God would make my neck stand or "IT" send an angel to hold the chair in place. As He replied that if my neck resisted the strap of his leather belt I would be stabbed. I was obliged to up the only chair with his hands paralyzed by fear, had stuck his neck by a leather belt already attached to the underside of the roof rafter blackened by wood stove. Tango cried out and gave a minute to see my mother and my brothers going into home to hang myself after kicking the chair beneath my feet. At this time the heavy old wooden gate of law in tabuas cross-shaped chess was unlocked and creaked on rusty hinges. I, with my mouth completely dry, almost shouting said quickly, swallowing air, that someone was coming and Tango opened his eyes, dropping his knife and snapping the belt around my neck. Then he returned to the room and I went to see who it was. It was my cousin Mirlei of Lourdes the angel God sent to save me from that torture and possible death by hanging. Minutes later my family arrived and nobody noticed what had happened there. A week later, alone with my mother told him the episode, and she said she believed that My Father never do any harm, so it should forget it forever. I wish to reaffirm my love and respect for my parents, who were wonderful people, but unprepared for the struggles of life as people who had had children. Because of these episodes of torture cruelty and I sleep deep and prolonged, it is difficult to get someone to wake me. In my ignorance of the boy I knew that sleep and dreams were pleasant refuges, while the reality was brutal and full of torment. My story would become boring and gloomy if I do appear in these pages all the episodes where torture dark hours preceding and successive days of extreme hardship with grace all the material goods necessary to live with dignity. So I want to report a period that could present me with the presence Paterna, bearing his Tango, My Father Sebastian Las Casas de Brito to walk by this Brazil in search of Reports to the Program Flávio Cavalcante. I chartered the "yellow Chevrolet OPALA" of Dejair Morilla, and hired as a driver. We visited several places in several Brazilian States, playing a lot. My father was always a good counter "tales and jokes" about everyday life. That is his secret to make us laugh at the unexpected truth in the outcome of each story reported very seriously. The difficulties and other implications of Investigative Reporting generate a "stress" natural, which dissipated over the next route Tango hearing his talk of things naturally playful and seemingly impossible to happen, but they do happen and are a comical and unexpected outcome. There were four or five years of living in a comfortable car, exotic restaurants in beautiful cities in poor neighborhoods and slums in search of the truth of the matter left behind by mainstream media. Sometimes we began a journey talking a lot, but fired a sexy singing which sometimes ended with my Dad moaning and pleading with outstretched hands. When you ask that it was just the answer tore our laughter, "I'm Feeling A Freshness, ... coming from the Window Open this hot car." The trauma disappeared, the vice of drink was monitored and found that parent and child can live together despite a troubled past and traumatic. And it takes large sums of money. First of all you need to forgive and accept life as a gift is offered without concealment or attempts to sweeten the pill of clay. My father lamented the first and only time drinking as much liquor, "... it seems that the son came to an end ... I think there will not be able to leave this ... I should not have drunk so much that encarquei inside, ... now I think it's too late. "It was that last time we met in the car Dejair Morilla, when we were going to the Hospital Beneficence Portuguese Doctors to try to reverse the decompensation caused by eating a canned beans, that "HE" had eaten the day before against the will of my Mother when my mother called me at twenty-two hours saying that my brother was in bed unable to move around, turn the Dejair and went into high gear for Itamonte Street, from which we removed to the hospital. I was apprehensive, but knew disguise front of a painting seems very serious to him expressing my confidence that He overcome this difficulty, and most would return home whole. Her lips and chin were too pale, cold hands and there was almost no knowledge of its own legs, forcing us to support it firmly to the Opal yellow "He knew that there are already five years. The alcohol only weakened his body, but who killed him was the canned beans, as the last drop of venom from a strong cumulative effect. My father left us on the eve of a Christmas that would be rich and full of joy because we were and employees and the Tango and the owner Aracy already living in brand new house in Vila Medeiros. I never have met at the New Year for the fellowship in the Family. Today I know that I hold no grievances or hates my Father, for I overcame the Indeed all the trauma never relate the good and sober man with alcoholic drunk in that tormented him. But in all this was a great craftsman my sweet mother who warned us that "He" did not want to do bad at all, because he loved us very much. Only was a desperate unable to offer us what we deserved, as it gave us all the fruit of his work, which was insufficient for a family of seven people. So much so that when we start to work and ensure all our needs, the old Tango rid itself of the rum. But it was too late to "He" at all. Writing is more than one therapy, is more than one encounter with the past and the great geniuses of literature. Writing is a powerful weapon that is tearing this and inserting in it the unchangeable past and the future uncertain and unlikely. I let the time pass slowly, making the most heartfelt emotions calm down, away from the heat of each episode real and inevitable. I guarantee that no hard feelings, resentment, hatred and vindictiveness of anyone who hurt me to make me suffer in this life that is unique. I think who can overcome their own tragedies or out of dark periods in a life difficulties and traumatic pain, no longer victim to start a new life and free. This is more than forgive those who hurt us inadvertently or purposely evil. It is fully forgive himself for having been the victim of an occasional unavoidable situation. When we cultivate a pain ingrained in our minds weakened, we have become professional victims, assuming the role of martyrs who expect to be saved by any one hero. Or being hailed as a saint of any kind that will work miracles after his death. The anger, hatred, bitterness and resentment, just in pain renewed every moment of life in pain . A torment that can be eliminated with the real forgiveness. No need to reconcile, but we must forgive and be forgiven truly for our own good. These negative feelings of hatred and revenge do not reach those who hurt us, but to ourselves a knife and seriously ill. If you understand me, perhaps a tormented as I, or a madman in search of a lost path, but is a survivor of the pain that will live happy and healthy. When I read twenty-two volumes of Sigmund Froyd, on the psychology of human life, my mind seemed to open. I might begin to understand people's behavior, and control my own impulses, instincts and feelings. I realized that my gestures and verbal expressions lighter, say my intentions to unknown even to myself. I found that most people are slaves to their material ambitions. How little or nothing can disguise his ambitions and desires wrapped in poor attitudes cowards. Many of these human attitudes have hidden desires shameful, despicable and even heinous crimes, designed to reach other people and control them, manipulate situations that encourage them financially and to achieve total domination of power over everyone around him. Then I read the "Third Vision Lamg Zamp Hampa, and learned things that I dare not reveal . Now, and for a long time, I can see beyond appearances. If I dedicate myself fully, even not knowing anyone personally, I can understand almost everything about his feelings, and you know what I want to define your moral personality. In short, 'm wrong if you want and generally get fooled by believing that one can be different and that everyone should have a chance to prove their honesty. I just do not interfere with their actions, unless you accept my arguments, which can acquire great importance. Just know that these people are and where they are, in detail, anywhere and I have full understanding of the situation, but I always fooled by bad intentions or because they think they could improve their procedure or just because I love these exploitative and selfish people. I understand that thoughts are energy and energy can be transformed into matter, if well directed to another receptive mind. Because he suffered in childhood and pre-teens and suffered intense attacks tortured me physically and mentally, at certain times I have experienced states of mental confusion that caused some hallucinations. So much so that at seventeen years old, so in Il nine hundred fifty-seven, while it for polishing a set of dentures in Dental Laboratory, in the Plaza Vista Alegre, and Radio on Geraldo José de Almeida narrating a football match, which was round was not friendly, in between Brazil and Sweden, an unusual event happened. Derrepente the electric light was cut off, the engine Nevonne polishing, turning by the continued momentum of rotor and the atmosphere was taken by a strange vibration that was destabilizing my vision. Without getting support in the environment that seemed to break or have their distorted forms of varying shape and size, I went to the balcony where I saw a metallic object full of screws rounded heads that united huge parts of a super bright screen. By observing the object, an electric wave broke off the bottom of what appeared to d'float a few meters from the short wall of the external laboratory, and the energy hit me between the eyes. My back and calm seemed to receive a mental or brain that gave me strength to understand and accept as normal the phenomenon, until now, unusual for me, I had never heard of similar event. From that moment on I began to remember that one day in my childhood I wanted to be talker, or SPEACKER, as I said at the time my dear Mother ARACY owner. The hard part was to get to Rua Paula Souza, 181 on the fourth floor there in the Central Market Cantareira. I met Rubens Moraes Sarmento an election rally pro Physician Dr. Adhemar Pereira de Barros, a fierce electoral battle with Professor Quadros da Silva Quadros for governor of Sao Paulo. After a talk with the Sarmento, said a junk car in Microphone Brazil's most famous at that time. What I did not know was that the Director of Brodkasting was listening to us. He arrived smiling and full security. But I ignored entirely, at least I thought so. The Henry Lobo-host Announcer, Narrator -Editor and Director of the Issuer which had seventy-five percent of the audience and was National Leader in Sao Paulo I underwent a test of voiceover narration and I approve entirely. very seriously told me that there was only one problem: I have to start immediately . That is, would present music and advertising, as well as interview the composer Adelino Moreira and singer Nelson Goncalves that night. to scare me and scared me, said the Directors of Varig and Radio Bandeirantes were listening to the program. But , I faced the challenge and ended up being helped by my new Director. It was very good, but before you get to meet the audience I had his shirt and underwear and my wet pair of socks in cold sweat. In Radio Bandeirantes "PRH9" I started to experience the true happiness with friends, with great loyalty and trust. The start was the seventh day of September 1957, and in December of that year was the celebration party of officials of the Issuer who are planning to have a TV Channel Dedicated and already knew would be "13." The party of Dr. João Jorge Saad, was magnificent with gifts for all employees and their families. He had a lot to drink and eat a variety of envy to the most wealthy of the time. Friend is friend and the best are those which do not care to honor the first place. They are present and our memories and in the collective unconscious, so they can be cited at any time without worrying about forgetting them. But that is theirs seek help when they need it. THEN: "If we could be aware of how our life is fleeting, perhaps we think twice before throwing away the opportunities we have to be and make others happy! You will have to embrace everyone you know! Embrace your relatives, friends, enemies, everyone! The hug is my favorite sign of affection and love. It can mean so much and so many things at once. It can mean a sign of love, friendship, comfort or all together, and desire to have someone close to that of your body and perhaps forever in your heart! I especially felt at home talking happily with Morais Sarmento, the Lourival Pacheco, with Silvio da Silva, with Vargas Alves, the Muybo Cury, the Jhony Saad, Dr. Alberto Saad, Jose de Souza, Humberto Marçal, Christmas Calina, Alexandre Kadunke the Samir Razuk the Renato Galon, Enrique Lobo, Teodoro Baptista, Ronaldo Baptista, Atilio the rich, Mauro Pinheiro, Fernando Solera, Geraldo Bretas the Moacyr Bombik the Jose Barbosa, Pedro Luiz, the Antonio Pimentel de Carvalho, Luiz Carlos Las Casas de Brito (my brother carnal), Jose Carlos Romeo, Enzo de Almeida Passos, Sergio Galvão (Sergio Antônio Brandão Galvão), Jose Simões, the Emídio Peace Liborio and dozens of other friends who will surely be in my memory forever. The highlight is and will always be for the accountant and fellow of the Management Control Altílio de Oliveira, who organized everything from the guests and their gifts, drinks, dishes for a special lunch and even snacks for latecomers. We were a real family in the Radio Communication that appeared very strong in São Paulo. I want to say that I was very happy then, and I admit having known the true happiness of those friends, who were more than colleagues. They were all members of my family in Radio Training. That friends and colleagues ever humiliated me about my physical condition, financial, cultural and family origin. When I was offered a lot of sympathy, guidance, support, and stimulate me in studies and determination to achieve perfection in my duties behind the microphones.
Outro destaque das páginas de "RETALHOS D'ALMA":

Se consigo viver com esta dor física que me atormenta constantemente, posso conviver com a dor moral e mental que as vezes me faz perder o fôlego. Pergunto-me constantemente como pessoas conseguem odiar àquele que lhes dá amor, superando uma deformidade física que causa dor intensa e limitação de movimentos simples e tão comuns e necessários para uma vida normal, que tenho mantido com sobriedade. Foi a subnutrição e a fome na pré-infância, infância e na adolescência, que fizeram meus ossos fracos. Nem por isso Eu alimentei rancores ou neguei amor aos meus pais e irmãos, às mulheres e aos meus Filhos & Filhas, apesar de que me surpreendi com uma rejeição de amigos, Parentes e antigos colegas de Escola e Trabalho. Apesar desta limitação, sei que a vida poderia ser muito melhor se me fosse dado o amor e a compreensão que me devem meus amigos e Familiares. E por que culpa-los, se não souberam ou não quiseram fazer mais e com perfeição? No entanto, diante de tanta indiferença, ainda me questiono: "Quem condenaria um Pai que não é capaz de dar tudo que seus filhos necessitarem ou desejam?" Eu não poderei julga-lo,... apenas poderei amá-lo, e se conseguisse, ajudá-lo no que pudesse. Nesse ponto reside a distância entre o homem e seu Cão. O homem observa, enquanto o cão vigia. O homem pondera em defesa de seus direitos, e seu cão ladra e morde em defesa de seu Território. Se me restar algum tempo de vida, nunca terei feito o bastante enquanto não mudar para um melhor Aqueles quem amo. A grandiosidade de uma Alma, se mede pela sua Capacidade de perdoar. A Bestialidade de uma fera se mede na ferocidade de um ataque. A perversidade de uma alma infeliz e endemoniada se pode medir pela sua Capacidade de causar o infortúnio ao seu redor. Se pudéssemos observar o íntimo de tais almas, veríamos os Andrajos que lhes cobrem os corações. Comprazem-se com a dor e o amargor de viver, como se Fossem Vítimas profissionais. Não reconhecem os fracos e as pessoas que necessitam de ajuda. Apenas refletem também a maldade e os andrajos de suas pobres almas. Como Almas Perversas se consomem no próprio veneno que destila seu ódio. Acusam os outros de maldades, enquanto não esquecem seu imenso rancor. Se parassem para pensar perceberiam que o erro alheio, ou engano, não foi tão grave que justificasse tanto odio ou punição. Onde reside uma maldade? : Na tua piada infeliz, que só pretendia me fazer rir, ou em minha mente, que interpreta como quer as tuas palavras? Cuidado alma perversa. Teu ódio gera uma energia negativa, que pode destruir teu próprio corpo. No embate entre o mar e a encosta quem perde é o Marisco que s desmancha contra as rochas. Até quando Você acredita que o rochedo agüentará as investidas do mar bravio? Se até uma suave brisa sobre as águas, afaga tua face, agita teus cabelos, ondula e pode mudar o espelho d'água do lago e até as formas das dunas, imagine o poder do vento em uma tempestade. Só por um grande amor, ou para se salvar uma vida Eu agrediria NATUREZA. No entanto, pessoas muito amadas por mim, resolveram derrubar Dois Coqueiros no meu Jardim de casa, e acabaram mutilando terrivelmente um Salgueiro Chorão na calçada de minha casa, em Itaquaquecetuba. Ao chegar do trabalho ao meu Lar, em 27 de fevereiro de 2000 após ter trabalhado até as doze horas, ao me deparar com uma moto-serra dilacerando as plantas, que cuidei com carinho desde que as sementes germinaram, chorei por dentro silenciosamente, e pude experimentar sentimentos antagônicos. Primeiro, uma dor de perder uma presença viva dos vegetais que tive em minhas mãos como simples sementes. E por outro lado o alívio por ver minha Família alegre por se Livrar das Árvores plantadas por mim, para enfeitar nosso lar e tentar melhorar o oxigênio que respiramos. Permaneci em silêncio e envergonhado com a maldade de meus Filhos e da Mãe deles. Eles determinaram, pura e simplesmnte a morte daqueles frondosos vegetais. O coqueiro com mais de dez metros de altura nos oferecia sua sombra há mais de vinte anos e abrigava maritacas e outros passarinhos que faziam ninhos no Chorão Salgueiro e no coqueiro menor. Os doces frutinhos amarelos eram dos Coqueiros, carnudos chegavam a ter o tamanho de uma seriguela Grande. Suas folhagens, ao sabor do vento produziam um som que era música para os meus ouvidos. Os pássaros cantavam e faziam festa nas copas das folhagens e galhos. A Natureza de DEUS fez as plantas pequenas, naquela ocasião, chegarem mãos, minhas. E Eu, as transportei com minhas próprias mãos e, com a minha familia escolhemos o lugar onde colocaríamos suas raízes. Cuidei delas e as vi crescer ao longo dos anos, para descobrir depois que o desejo de destruí-las era uma disputa para saber de quem eu gostava mais: se da minha esposa, de minha filha e meus filhos, ou das árvores. Hoje, reconheço que fui covarde e permiti tal atitude, que mesmo amando todo mundo Deveria ter impedido o sacrifício das plantas, que por um longo período motivaram-me conviver com a Natureza. Só DEUS pode me perdoar, pois a Lei e a Humanidade com certeza não me perdoarão jamais. E o pior, reconhecimento, carinho e afeto daqueles a quem pretendi agradar, me calando, não recebi. Além do que não tenho mais uma sombra gostosa das plantas, os pássaros cantando, o revoar de Abelhas e Borboletas e o perfume das Orquídeas e outras flores que cresciam sob uma proteção da Luz forte do Sol pelas Folhagens que filtravam o calor do dia. O prejuízo foi grande para todos, mas eu perdi a PAZ que me possibilitava sonhar com um mundo melhor. Calado e com uma lágrima oculta, prometi que vou observar TODOS OS DIAS aquele pedaço de terra onde ainda restam de plantas rasteiras, e se encontrar com um coquinho brotando, vou transplanta-lo para um lugar seguro, onde um frondoso Coqueiro PODERÁ vir a ocupar o espaço que a Natureza lhe reservou. Talvez brotem alguns outros coquinhos e terei um lugar para cada um crescer e abrigar pássaros, borboletas, abelhas, orquídeas e oferecer oxigênio e sobra para muita gente. Neste episódio de minha vida, pude recordar de um período próximo de 1.946, onde a floresta virgem fazia parte do meu dia a dia. Se Eu olhasse por qualquer janela ou porta de casa lá estavam, Árvores frondosas, pequenas, brotinhos ou pequenas mudas enverdecidas pela abundante Clorofila e entrelaçadas pelos Cipós e Trepadeiras, que cresciam em busca do Sol Dourado. Com muitas flores, outras com folhas multifacetadas e com maravilhosos coloridos e extravagantes. No chão, as folhas caídas, amarelecidas, apodrecendo, exalavam um odor cáustico e de certo modo Inebriantes em perfumes variados, que me conduziam há tempos remotos de recordações imprecisas. Na Selva de Mata Virgem, Eu vira animais lindos, que poderiam se tornar perigosos, em ocasiões raríssimas, e que na verdade eram caçados para servir de alimento para poucos, ou simplesmente exterminados por sádicos senhores que adoravam, como membros da sociedade local, exibir seus troféus de caça ilegal. Nas noites de Lua Cheia o Curiango e a Coruja, trinavam em parceria com outras aves noturnas, intercalando com insetos e outros animais. Mesmo com certo romantismo, uma mata fechada, entrelaçada de galhos e folhas, imprimia uma louca sensação de medo e terror absurdos, me causando um pavor alucinante, que no entanto conseguia controlar. A mata local estava abafada e o meu suor salgado, ia escorrendo lentamente desde os meus cabelos já encharcados, molhava minha camisa de tecido de algodão branco, que aderia ao meu torax. Os sons dos Meus Próprios Passos, ora ribombavam como um tambor surdo contra o solo enraizado, ora refletia o estalar seco das folhas esmagadas pelos meus próprios pés. Os sons pareciam se multiplicar e se ampliar assustadoramente. Mas, mesmo assim, eu não temia os mistérios da Floresta, que se formava num Parque Natural e num Jardim Zoológico aberto e completamente livre da interferência nociva da espécie humana. Bastava qualquer um de nós espreitar demoradamente entre as folhagens e os bichos mais variados e os mais lindos pássaros apareciam despreocupados em busca de alimento. À Beira da Represa da Companhia Paulista de Força e Luz, de Dois Córregos, se poderia avistar Porquinhos do mato, capivaras, tatus, Cágados e Tartarugas. As plantas em profusão, e numa Variedade imensa, faziam a alegria das Aves Aquáticas, dos Peixes de vários tamanhos e dos Pássaros, que também eram pescadores. No entanto, cerca de quarenta anos depois no dia 27 de fevereiro de 2.000, um domingo que assinalava o fim do horário brasileiro de verão, me oferecia um calor semelhante ao de um deserto e pior que aquelas Condições naturais em Dois Córregos. Com temperatura de 27 º graus, umidade relativa do ar semlhante a de um deserto, em 20% às dezenove horas, depois de uma chuva forte e muito rápida, o ar ficou abafado. O suor gelado escorria pelo pescoço, encharcando meu colarinho, com o intenso mormaço me sufocando. Minhas lembranças me levaram às pessoas que me cercam e muita das vezes me olham de soslaio. São pessoas rudes de Almas, criaturas sem um pingo de gratidão, sem respeito para com uma vida alheia. Pessoas que chegam a ser perversas, sem reconhecer que receberam tudo de bom de alguém, que lhes dedicou carinho, investiu em sua formação educacional e lhes ofereceu carinho e amor. Não seria necessário pagar por nada disso, mas não precisavam se mostrar ofendidas com um ligeiro deslize ou desatenção. E era tão pouco para se rebelarem ao ponto de odiar quem lhes ofereceu garantias em toda suas vidas. E, além do mais, à alguns a quem lhes dera a própria vida. Se me faço entender: meus próprios filhos.Ainda hoje sinto os efeitos da indiferença de parentes próximos, amigos íntimos e dos apenas conhecidos, que convenientemente se mantiveram afastados naquelas horas amargas e tão difíceis. Foram momentos desesperadores, com grande sofrimento moral, sentimental e material. Acredito que de todas as torturas, a mental é avassaladora e inesquecível, perdurando para sempre em nossas lembranças perenes. Hoje, passo por um processo semelhante que me causa grande dor e sofrimento pela ausência de meus entes queridos mais próximos, que parecem ignorar a passagem inexorável do tempo que quer nos punir por nossas sandices e irreverências, ignoradas por nós mesmos. Quando as horas soturnas se aproximam, ou quando dominam meu espaço noturno, mesmo à luz da Lua a nostalgia consome minhas entranhas, causando a sensação horrorosa de abandono eterno. Não fosse a minha Fé e DEUS, Eu me perderia na imensa solidão das noites indormidas, onde se pode ouvir o próprio coração e a pulsação do sangue quente fluindo rapidamente pelas minhas veias dilatadas além do normal. Ingratos e insensíveis filhos e filhas que o meu desejo jovem com emoção controlada e educacional, estimulara meus sentimentos de amor e carinho para uma procriação apropriada no tempo adequado, e me ofereceu a satisfação de viver com responsabilidade de Pai, hoje me abandonam sem me dar o direito de contemplar seus sorrisos ainda jovens. Nunca abandonei a qualquer um de vocês a fome horrível que enfrentei em minha infância cheia de espancamentos e de um terror inominável. Era um absurdo ter medo e pavor indescritíveis daquele que deveria nos defender com a própria vida, se necessário fosse. Nunca obriguei qualquer um de meus cinco filhos e cinco filhas a casarem contra sua vontade. Apenas os ensinei a assumirem responsabilidades por seus atos materiais e atitudes emocionais, qualquer uma que fosse. Com este ensinamento, Eu não os obrigo. Eles se obrigam!


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Mais um trecho de meu livro "RETALHOS D'ALMA":


Mais um trecho de meu livro "RETALHOS D'ALMA":


Mas creiam, mesmo que apresentemos aqui provas, escriturais com o sangue das vitimas deste onzenário, nada será feito, já que até aqui apenas se pode notar a permissividade que ladeia o esbulho gaiato aos domingos na televisão, invadindo sem respeito nossos lares, como o fazem os vagabundos e prostitutas, nos bares e botecos suspeitos, que proliferam por todas as grandes cidades do Mundo inteiro. A luta para sobreviver sem emprego e perseguido por uma corja de canalhas e embusteiros de um falso Sindicalismo Xiita de Esquerda Radical se tornara atroz. De Radialista e Jornalista, fui para a venda de geladinho bugigangas, pudins, coxinha e bolinhos de carne com ovos. Eu já fizera isto quando criança em Dois Córregos depois que parei de Desfrutar das frutas e galinhas de meus vizinhos e Avós, durante minha infância conturbada. Traído por ex-amigos-chefes e diretores de Rádio, Teve e Jornais, por ter sido consciderado um "fura-greve", recebi o desprezo até de meu irmão, também Radialista, que não concordava que Eu permanecesse trabalhando, enquanto a maioria, desconhecendo a verdade do movimento paredista, fazia greve. Só com esse embuste, o "Senhor Abravanel'' pode obter uma Concessão de Uso do Canal Exclusivo ''SBT Canal 4". Fiquei fora do Rádio, da Teve e Jornais, por dois anos e vinte e cinco dias até o dia 10 de junho de 1985, um dia, após orar um Deus por um emprego e sonhar com clareza com o endereço da Rádio Difusora do Brasil Limitada, sem nunca ter ouvido falar de tal lugar. Foi um verdadeiro milagre de fé, com verdadeira revelação divina. Na Rádio Difusora do Brasil Ltda, conheci pessoas muito boas, de caráter impecável e alto grau de profissionalismo, como o Locutor, Redator, Professor e Advogado Olavo Marques, o Jornalista, Político e empresário Arnaldo Sacomani, o novelista Waldemar Ciglione, o Radialista Gaúcho , Marne Barcelos, o Radialista, Jornalista e Astrólogo, Cícero Augusto. Reencontrei o grande colega, Rubens Morais Sarmento, o Locutor da voz rouca, Enzo de Almeida Passos, o diretor e apresentador, Dárcio Campos, o irreverente e inigualável, Cristovam Barros de Alencar, o Locutor e Redator, Antonio Carlos dos Santos ou o " Leon Santos''. E ainda uma maravilhosa relação de trabalho e amizade com o Doutor Paulo Masci de Abreu, diretor, proprietário da Difusora do Brasil Ltda, que depois de algum tempo passou a ser a "Super Rádio Tupi''. Foram dias muitos bons de coleguismo, realização profissional e luta por um sonho que não acabou, e preparação na Arte de Bem Informar, Educar, Entreter e Prestar serviço ao Público Ouvinte. Eu já havia tido uma larga esperiência em amizade com famosos do mundo das Artes, Comunicação, Musicas, Literatura e Jornalismo conhecendo pessoas como Hebe Camargo, Inezita Barroso, Perci Ayres, Lolita Rodrigues, Ramos Calhelha, Franco Netto, Georgea Gomide, Moacyr Francir, Corifeu de Azevedo Marques, Baltazar Fernandes o Cabecinha de Ouro, Pual Anka, David Nasser, Elizete Cardoso, Herivalto Martins, Vinícius de Moraeis, José Vasconcelos, Hoero Silva, Silveira Sampaio, Fernando Silveira, Carmem Silva, Juca Chaves, Silvio Caldas (o ciumento), Orlando Criscuolo, Nicolaw Chaui, o Delegado e Radialista Amoroso Neto fundador da Interpol Brasileira, e muitos outros nomes como o Rei das Multidões Orlando Silva, tive de amargar um relacionamento Profissional complicado com um político prepotente e ensandecido pela ânsia de poder Político. Mas, a trânquilidade na Vila Guilherne só durou até o dia 15 de março de 1993, quando o próprio "satanás encarnado" num homem de instinto perverso deixou o horário da madrugada e por força de um contrato "Leonino para ele", ocupou o horário das Nove horas da manhã, até ao meio dia e meia da noite às 3 horas da madrugada. Para este despótico falso jornalista e radialista, não importava os seus registros profissionais, diploma de advogado e mandato parlamentar, entrar no ar é o que Desejava. O pretenso Diretor Comercial da Rede Tupi de Comunicações, Luiz Carlos Patrício, e "et caterva", tiraram do ar diversos e excelentes profissionais, entre eles o Adauto Francisco, o Jota Rodrigues ou o Jota Santos, o Radialista e Empresário, Dario Costenaro, o Policial Militar e Deputado Estadual, Roberval Conte Lopes, e muitos outros. A Farsa do Político Profissional em fazer um programa policial de Utilidade Pública acabou em uma briga entre o comercial "Capeta-apresentador = A. J." COM O Dono da Tupi, Doutor Paulo de Abreu. É incrível como um homem pode ser tão medíocre e desavergonhado, como o foi este deseducado ex-deputado que ignorou que não era persona grata. Se digo estas palavras sobre este ex-deputado é por ter sido ofendido e denegrido públicamente por "ele" naquela ocasião sem poder me defender, pois seguia uma ética profissional. Minha manifestação nada mais é que uma retorsão pelas agressões verbais que sofri sem poder me defender ou responder na ocasião. Não temo qualquer ação contra as minhas afirmações pois estou, munido de provas das agressões injustas que sofri por imprudente agressor que é àquele inominável senhor, que agora se fizer qualquer ameaça PODERÁ ser processado por minha família e outras Vítimas que padeceram com sua Verborragia. Propositadamente estou omitindo o nome daquele "Cidadão que é um Tresloucado", já "ele" não merece notoriedade, da qual se aproveitaria para auferir votos neste ano eleitoral. Porém, uma Nossa História será implacável com loucuras e seus Desacertos, pois tenho tudo registrado de forma indelével, que oportunamente virá a Luz do Conhecimento Popular. E ele "nada PODERÁ" fazer para se imunizar da nódua que mancha seu nome, que jamais voltará ser Aclamado pelos nossos Eleitores.


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A VERDADEIRA LUTA






O “SENHOR DEUS” é a minha porção; Eu disse que observaria as Tuas Palavras”. (SALMO 119.57): A ganância tem dividido e acabado com muitas Famílias. Quando se trata e dividir a Herança, o que mais pesa é o interesse próprio. Sempre há alguém desejando a melhor área; a casa ais valiosa e, para isso, mentiras são forjadas; peritos subornados, e até obras de feitiçaria realizadas. É lamentável ver as pessoas que não conhecem o SENHOR DEUS se deixarem envolver pelo gênio do mal. No entanto, o mais triste é ver servos de DEUS procedendo do mesmo jeito e da mesma maneira. O Salmista fez a sua decisão à sua própria herança, que seria O SENHOR DEUS. Quem também, assim o fizer verá qe tomou a iniciativa mais acertada, certo, a mais feliz e produtiva. Primeiro, porque o SENHOR pelejara e seu favor e a esmo que às ocultas, sejam tratados planos para prejudicá-lo, a verdadeira Justiça entrará em ação imediata e operará em seu benefício. (SALMO 37.32,33).Segundo, porque de DEUS vem a verdadeira recompensa para todo àquele que por Amor a "ELE" e ao Evangelho deixa qualquer coisa mundana. Tudo deve ser entregue e Oração nas Mãos de Quem julga com retidão. (SALMO 9.4.) Além disso, se Você eleger o SENHOR DEUS como a sua porção, terá a maior Herança de todas, pois "ELE" não tem limites para seus escolhidos. Ainda que os seus pares o tenham defraudado, o ALTÍSSIMO irá recompensá-lo de modo mais abundante do que Você teria e seu quinhão roubado por outras pessoas. Ter o SENHOR DEUS como Herança só Traz benefícios, pois o inimigo nas trevas jamais conseguirá tirar uma parte, por menor que seja. É bom pensar nisso e eleger o PAI de nossas Almas com a sua porção.






Coitado daquele que se deixa influenciar pelo espírito do erro e toma o que é de alguém, ele estará para sempre nas mãos do inimigo, que zombará para sempre de sua ganância. O que o diabo dá ou permite que se consiga com as mãos sujas, ele toma com juros e correção monetária. Nunca queira receber favores do inimigo que zombará de ti. É melhor morar numa casa cheia de goteiras do que ter o Espírito da prostituição morando dentro de Ti.






A Palavra escrita pela inspiração do Espírito Santo de DEUS, contida na Bíblia, nos adverte que a luta é nossa e contra os principados, contra as potestades, os príncipes das trevas, isto desde séculos passados, e as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais, consta em "Efésios: 6.12. Não precisamos ir aos tribunais humanos para recuperar o que algum ente querido nos toma. Basta ir ao tribunal de DEUS e condenar os verdadeiros ladrões que usam os nossos familiares para nos prejudicar. Quando ocupamos o nosso verdadeiro lugar, conseguimos o nosso e o poder de DEUS para fazer vir à nós o que nos pertence verdadeiramente.






E qualquer situação, não deixe de observar a PALAVRA DE DEUS. Se Você orou e sentiu Paz, mas o que faz está no erro é condenado pela Escritura Sagrada, essa Paz é falsa e passageira. Nunca aceite nada condenado pela "Bíblia Sagrada" ou pelo Evangelho de Cristo. Por mais certo que pareça se não é apoiado pela Palavra de DEUS, não aceite. Só vence quem tem o SENHOR DEUS como seu Pastor.






EM JESUS CRISTO, COM VERDADEIRO AMOR FAMÍLIAR!



GÉSNER LAS CASAS